Itaú BBA deixa de indicar a compra de Yduqs (YDUQ3) e Cogna (COGN3) e revela as ações favoritas em educação
De acordo com o BBA, a alta das taxas de juros terá um impacto negativo considerável na lucratividade das empresas do setor este ano, especialmente no lucro e no fluxo de caixa

O ano de 2025 não será fácil para o setor de educação, principalmente para Yduqs (YDUQ3) e Cogna (COGN3). Nesta segunda-feira (27), o Itaú BBA rebaixou as ações das duas companhias de “outperform” (compra) para “market perform” (neutro).
Os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amâncio afirmam que a decisão reflete a desaceleração no crescimento, a pressão inflacionária, incertezas regulatórias no ensino a distância e um ambiente macroeconômico desafiador.
De acordo com o BBA, a alta das taxas de juros terá um impacto negativo considerável sobre as empresas do setor este ano, especialmente no lucro e no fluxo de caixa.
A magnitude desse impacto, no entanto, deve variar entre as companhias, a depender do nível de endividamento e da capacidade de gerar fluxo de caixa operacional.
A redução do número de matrículas, principalmente no ensino a distância, afetou o crescimento projetado para 2025. Com isso, os números de captação ficaram abaixo das expectativas, criando um ponto de partida mais fraco para a performance do setor.
No caso de Yduqs e Cogna, os desafios estão relacionados à dependência do setor de ensino a distância, que lida com incertezas regulatórias e margens menos favoráveis
Leia Também
Em contrapartida, a Ânima Educação (ANIM3) se destaca com uma recomendação “outperform”, equivalente a compra — impulsionada pela avaliação interessante e pela melhoria nos preços e no fluxo de caixa desde o segundo semestre de 2023.
Cogna (COGN3) e o impacto dos juros
Para a Cogna, o banco cortou o preço-alvo de R$ 3,00 para R$ 1,50. O valor representa um potencial de valorização de 9,4% sobre o fechamento anterior da ação.
Para este ano, os analistas do BBA projetam uma receita líquida de R$ 6,590 bilhões para a empresa e uma queda de 18% no lucro líquido ajustado, atingindo R$ 305 milhões.
“Apesar da melhoria significativa da empresa na alavancagem financeira ao longo de 2024, apoiada por uma melhor dinâmica de capital de giro, o aumento acentuado nas taxas de juros deve impactar os resultados financeiros, que prevemos que aumentarão em 8% ano a ano em 2025”, afirmam os analistas.
Projeções para Yduqs (YDUQ3)
O BBA estima que, para a Yduqs, a base de alunos se mantenha estável em 2025. Já o segmento presencial terá aumentos nas mensalidades para alunos veteranos, enquanto o ensino digital deve enfrentar desempenho abaixo do esperado devido à concorrência.
A projeção é de uma receita líquida consolidada de R$ 5,528 bilhões para a Yduqs em 2025, com um crescimento de 4% em relação ao ano anterior.
A expectativa é de um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado de R$ 1,859 bilhão, com uma margem de 33,6%. Já o lucro líquido ajustado de Yduqs deve chegar a R$ 360 milhões em 2025 por conta de taxas de juros mais altas.
O preço-alvo para a ação da companhia foi cortado de R$ 20 para R$ 11, o que representa um potencial de valorização de 15% sobre o fechamento de hoje de YDUQ3.
“Por outro lado, o forte desempenho da receita no segmento premium deve impulsionar uma maior alavancagem operacional. Este desempenho positivo deve aumentar a participação do segmento premium nos resultados consolidados, melhorando o mix e levando a uma leve expansão da margem”, afirmam os analistas do Itaú BBA, em relatório.
SAIBA MAIS: Onde investir em 2025? Este e-book gratuito mostra quais são as melhores ações, fundos imobiliários, títulos de renda fixa, ativos internacionais e criptomoedas para comprar agora
Ser Educacional (SEER3), Cruzeiro do Sul (CSED3) e Vitru (VTRU3)
O Itaú BBA manteve a recomendação de compra para a ação da Ser Educacional (SEER3), mas o preço-alvo foi reduzido de R$ 6,00 para R$ 4,50.
Para os analistas, a empresa tem mostrado bons resultados com seu portfólio de cursos de alta qualidade. Com isso, a expectativa do banco é de um crescimento na receita líquida em 2025, que pode atingir R$ 2,974 bilhões, um aumento de 9% em relação ao ano anterior.
O crescimento será impulsionado por taxas de rematrículas mais altas e aumentos nas mensalidades, além da expansão no ensino a distância e nos cursos de medicina.
Para Cruzeiro do Sul (CSED3), a recomendação foi mantida em neutra, com o preço-alvo reduzido de R$ 8 para R$ 5. A instituição de ensino superior deve apresentar um crescimento modesto nas matrículas em 2025 devido à competição acirrada.
No entanto, espera-se que a companhia consiga realizar aumentos de preços e melhorar seu mix de cursos, com maior ênfase em escolas de medicina. A receita líquida consolidada prevista é de R$ 2,114 bilhões, representando um aumento de 7% ano a ano.
A recomendação para Vitru (VTRU3), por sua vez, segue de compra, mas o preço-alvo também foi reduzido de R$ 18 para R$ 12. A empresa deve ver um crescimento de 10% nas matrículas, impulsionado pela maturação dos polos de ensino a distância.
A proporção de cursos com mensalidades mais altas também deverá melhorar o mix de cursos e sustentar um preço médio elevado. A previsão de receita líquida consolidada para 2025 é de R$ 2,263 bilhões, com crescimento anual de 7%, segundo o Itaú BBA.
Marfrig (MRFG3) avança na BRF (BRFS3) em meio a tensão na fusão. O que está em jogo?
A Marfrig decidiu abocanhar mais um pedaço da dona da Sadia; entenda o que está por trás do aumento de participação
SpaceX vai investir US$ 2 bilhões na empresa de Inteligência Artificial de Elon Musk
Empresa aeroespacial participa de rodada de captação da xAI, dona do Grok, com a finalidade de impulsionar a startup de IA
Taurus (TASA4) é multada em R$ 25 milhões e fica suspensa de contratar com a administração do estado de São Paulo por dois anos
Decisão diz respeito a contratos de fornecimento de armas entre os anos de 2007 e 2011 e não tem efeito imediato, pois ainda cabe recurso
Kraft Heinz estuda separação, pondo fim ao ‘sonho grande’ de Warren Buffett e da 3G Capital, de Lemann
Com fusão orquestrada pela gestora brasileira e o Oráculo de Omaha, marcas americanas consideram cisão, diz jornal
Conselho de administração da Ambipar (AMBP3) aprova desdobramento de ações, e proposta segue para votação dos acionistas
Se aprovado, os papéis resultantes da operação terão os mesmos direitos das atuais, inclusive em relação ao pagamento de proventos
Acionistas da Gol (GOLL54) têm até segunda (14) para tomar decisão importante sobre participação na empresa
A próxima segunda-feira (14) é o último dia para os acionistas exercerem direito de subscrição. Será que vale a pena?
Braskem (BRKM5) volta ao centro da crise em Maceió com ação que cobra R$ 4 bilhões por desvalorização de 22 mil imóveis
Pedido judicial coletivo alega perdas imobiliárias provocadas pela instabilidade geológica em cinco bairros da capital alagoana, diz site
É hora de adicionar SLC Agrícola (SLCE3) na carteira e três analistas dizem o que chama atenção nas ações
As recomendações de compra das instituições vêm na esteira do Farm Day, evento anual realizado pela companhia
MRV (MRVE3) resolve estancar sangria na Resia, mesmo deixando US$ 144 milhões “na mesa”; ações lideram altas na bolsa
Construtora anunciou a venda de parte relevante ativos da Resia, mesmo com prejuízo contábil de US$ 144 milhões
ESG ainda não convence gestores multimercados, mas um segmento é exceção
Mesmo em alta na mídia, sustentabilidade ainda não convence quem toma decisão de investimento, mas há brechas de oportunidade
Méliuz diz que está na fase final para listar ações nos EUA; entenda como vai funcionar
Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa
Governo zera IPI para carros produzidos no Brasil que atendam a quatro requisitos; saiba quais modelos já se enquadram no novo sistema
Medida integra programa nacional de descarbonização da frota automotiva do país
CVM adia de novo assembleia sobre fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3); ações caem na B3
Assembleia da BRF que estava marcada para segunda-feira (14) deve ser adiada por mais 21 dias; transação tem sido alvo de críticas por parte de investidores, que contestam o cálculo apresentado pelas empresas
Telefônica Brasil (VIVT3) compra fatia da Fibrasil por R$ 850 milhões; veja os detalhes do acordo que reforça a rede de fibra da dona da Vivo
Com a operação, a empresa de telefonia passará a controlar 75,01% da empresa de infraestrutura, que pertencia ao fundo canadense La Caisse
Dividendos e JCP: Santander (SANB11) vai distribuir R$ 2 bilhões em proventos; confira os detalhes
O banco vai distribuir proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, com pagamento programado para agosto
Moura Dubeux (MDNE3) surpreende com vendas recordes no 2T25, e mercado vê fôlego para mais crescimento
Com crescimento de 25% nas vendas líquidas, construtora impressiona analistas de Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander e Safra; veja os destaques da prévia
Justiça barra recurso da CSN (CSNA3) no caso Usiminas (USIM5) e encerra mais um capítulo da briga, diz jornal; entenda o desfecho
A disputa judicial envolvendo as duas companhias começou há mais de uma década, quando a empresa de Benjamin Steinbruch tentou uma aquisição hostil da concorrente
A Petrobras (PETR4) vai se dar mal por causa de Trump? Entenda o impacto das tarifas para a estatal
A petroleira adotou no momento uma postura mais cautelosa, mas especialistas dizem o que pode acontecer com a companhia caso a taxa de 50% dos EUA entre em vigor em 1 de agosto
Nem toda boa notícia é favorável: entenda por que o UBS mudou sua visão sobre Itaú (ITUB4), mesmo com resultados fortes
Relatório aponta que valorização acelerada da ação e preço atual já incorporam boa parte dos ganhos futuros do banco
Azul (AZUL4) dá mais um passo na recuperação judicial e consegue aprovação de petições nos EUA
A aérea tem mais duas audiências marcadas para os dias 15 e 24 de julho que vão discutir pontos como o empréstimo DIP, que soma US$ 1,6 bilhão