Fusão da Azul com a Gol reflete nos céus da Embraer (EMBR3); ação sobe com otimismo em relação à redução de risco de crédito
Papéis da Embraer (EMBR3) chegaram a ter uma alta de 2% no pregão de hoje; a animação inclui possível venda de novos jatos
As negociações para a fusão da Azul (AZUL4) e Gol (GOLL3) deixaram no ar um certo otimismo para parte do mercado financeiro que está mirando um outro lado: as ações da Embraer (EMBR3). Os papéis da fabricante brasileira de jatos oscilam no pregão desta sexta (17) e chegaram a ter uma alta de 2% justificada pela possível união das companhias aéreas, de acordo com relatório de análise do BTG.
O sobe e desce da Embraer hoje é impulsionado pelos benefícios financeiros que tal fusão pode trazer para a fabricante. Um acordo com a Azul daria à Gol uma melhor condição financeira para que ela arque com as dívidas, incluindo os recebíveis que a empresa possui em aberto com a Embraer.
O mercado estava cético em relação aos pagamentos desses recebíveis, fato que influenciava na precificação de ações da Embraer. Mas, agora, a situação mudou e o ceticismo deu lugar a uma certa confiança de que os acertos de contas vão acontecer.
“O cenário mudou abruptamente após a Azul ter declarado sua intenção de se fundir com a Gol, o que deve facilitar tanto o acesso das empresas ao mercado de capitais e quanto reduzir seu risco de crédito”, apontam os analistas no relatório do banco.
O BTG segue confiante em relação à Embraer “dado seu sólido momento de ganhos e ambiente industrial favorável”. A ação EMBR3 abriu o pregão de hoje a R$ 60,10, chegou a valer R$ 60,59, e era negociada a R$ 59,85, por volta das 15h30 de hoje, uma queda de 0,47%. No fechamento, a ação caiu 0,42%, a R$ 59,88.
Embraer: venda de novas aeronaves no futuro
O documento ainda vislumbra a possibilidade de que novos pedidos de jatos sejam feitos pelas duas companhias aéreas para a Embraer. Isso porque o comando da Azul parecia confiante em relação à possibilidade de incluir na frota de rotas comerciais da Gol modelos E2, fabricados pela empresa brasileira.
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Essas possíveis futuras compras ainda devem demorar a acontecer porque, claro, as negociações para a fusão ainda são embrionárias e todo o processo ainda passará por integração e autorização regulatória.
“Ainda assim, uma vez que a nova empresa esteja devidamente formada e totalmente operacional, novos pedidos de E2 podem ocorrer se a administração da Azul seguir adiante com sua intenção de intensificar o uso da aeronave em outras rotas. Do lado do governo, aumentar o uso de unidades produzidas localmente também pode impulsionar seu capital político”, afirmam os analistas.
Os custos da frota estão entre os mais pesados para a indústria aérea e os analistas acreditam que a empresa resultante da fusão entre Azul e Gol buscará acirradamente oportunidades para a otimização de rotas/frotas. Usar jatos E2, como a Azul já faz, em algumas rotas movimentadas operadas pela Gol pode ajudar nisso.
Especialmente em uma dos trajetos mais movimentados do país, entre São Paulo e Rio de Janeiro. “A Azul já utiliza E2s nesta mesma rota, mas sua participação em Congonhas-CGH (25%) é atualmente menor do que a da Gol (38%), que utiliza exclusivamente Boeings nesta rota”, traz o relatório do BTG.
Os analistas do banco, no entanto, afirmam que não esperam que os modelos E2s sejam implantados em horários de pico, quando a demanda provavelmente excede a capacidade de jatos pequenos.
“No entanto, como constantemente reforçado pela gestão da Embraer, o E2 é um complemento perfeito para a operação de aeronaves de fuselagem estreita, maiores em horários de menor demanda, como meio-dia/tarde”, dizem.
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