Dividendos gordos? Petrobras (PETR4) pode pagar nova bolada aos acionistas — e bancos já calculam quanto vem por aí
Com avanço na produção do terceiro trimestre, mercado reacende apostas em dividendos fartos na petroleira. Veja as projeções
A Petrobras (PETR4) pode estar prestes a abrir os cofres e distribuir dividendos generosos aos acionistas. Depois de dados de produção e vendas robustos no terceiro trimestre, o mercado já traçou novas apostas para os proventos da petroleira — e são gordos… bem gordos.
Para os analistas, a nova rodada de pagamentos referentes ao terceiro trimestre pode passar dos US$ 2 bilhões, ou quase R$ 11 bilhões no câmbio de hoje.
Na última sexta-feira (24), a estatal informou que sua produção total cresceu 17,3% entre julho e setembro, atingindo média diária de 3,144 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás natural).
- VEJA TAMBÉM: CHINA vs EUA: Começou uma nova GUERRA FRIA? O que está em jogo nessa disputa - assista o novo episódio do Touros e Ursos no Youtube
No recorte de petróleo, a alta foi ainda maior, de 18,4%, com o pré-sal mantendo o protagonismo e crescendo 16,2% em relação ao mesmo período do ano passado. As áreas de pós-sal também reagiram, com avanço de 33,1%.
O desempenho operacional reforçou o otimismo das casas de análise. Para o BTG Pactual, os números indicam “assimetria positiva” para a Petrobras, com espaço para revisões de alta na produção e cortes em custos operacionais e investimentos.
Analistas projetam dividendos de até US$ 2,2 bilhões
O BTG projeta fluxo de caixa livre (FCF) de US$ 4,8 bilhões, o que, pela fórmula de dividendos da Petrobras (PETR4), implica um pagamento potencial de US$ 2,2 bilhões, equivalente a retorno (dividend yield) de 2,9%.
Leia Também
A XP Investimentos estima um montante semelhante de remuneração aos acionistas, com Ebitda de US$ 11,4 bilhões, aumento de 11,7% na base trimestral, e lucro líquido de US$ 4,4 bilhões, retração de 7,2% na base sequencial.
O Safra, porém, adota postura mais conservadora, projetando US$ 1,6 bilhão em proventos — um yield de 2,3% — apesar de prever um Ebitda de US$ 11,6 bilhões.
Vale lembrar que o balanço da Petrobras referente ao terceiro trimestre de 2025 será divulgado no dia 6 de novembro, após o fechamento do mercado. Confira o calendário completo da safra de resultados do 3T25.
O que os analistas dizem sobre a produção do 3T25
Na visão do BB Investimentos (BB-BI), a Petrobras manteve o ritmo de fortes avanços operacionais, com o ramp-up de novas plataformas (FPSOs) sustentando o passo da expansão.
A Empiricus Research também destaca o desempenho, apesar da fraqueza do petróleo no mercado internacional devido às incertezas em relação às tarifas e os temores com a desaceleração da economia global.
“A Petrobras fez a sua parte e entregou uma forte prévia operacional, deixando perspectivas positivas para os números do terceiro semestre”, afirma o analista Ruy Hungria, que manteve recomendação de compra para as ações, dado o valuation de cerca de 4 vezes o lucro estimado e o dividend yield de dois dígitos da petroleira.
Já para a XP, a produção de petróleo da Petrobras no Brasil teve um aumento significativo em relação ao segundo trimestre, ainda que em linha com as expectativas.
A corretora reforçou o impacto positivo da entrada de novos FPSOs, que finalmente elevaram a produção esperada para o ano.
Ainda assim, a casa cortou o preço-alvo para as ações da Petrobras (PETR4), de R$ 47 para R$ 37, ainda com recomendação de compra. O corte reflete a revisão de premissa para o preço do petróleo Brent, referência no mercado internacional, que passou de US$ 70 para US$ 65 por barril, nas contas da XP.
“Nós também ficamos surpresos com o aumento da produção americana e compartilhamos as preocupações sobre as possíveis implicações macroeconômicas de uma escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Por outro lado, estamos menos preocupados com a redução das cotas da Opep+ como fonte de um ciclo prolongado de queda nos preços do petróleo do que o consenso do mercado parece sugerir”, disseram os analistas.
Enquanto isso, o Safra ressaltou a força dos ativos do pós-sal, cuja produção avançou 17% no trimestre, impulsionada pela redução de paradas para manutenção e pelo ramp-up das plataformas (FPSOs) Anna Nery e Anita Garibaldi.
Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo declínio natural da produção dos campos, disse o banco.
Todos os olhos no plano estratégico da Petrobras (PETR4)
Embora o mercado espere números sólidos para a Petrobras (PETR4) no curto prazo, os analistas do BTG Pactual destacam que a atenção agora se volta para o Plano Estratégico 2026–2030, previsto para o fim de novembro.
A expectativa é de que o documento detalhe o novo nível de investimento (capex) e as metas de produção de petróleo que orientarão a próxima fase da companhia.
“Esse plano será fundamental para avaliar a trajetória sustentável de retorno ao acionista da Petrobras a partir de 2026, especialmente diante do atual ciclo de aumento de investimentos e de um cenário de preços de petróleo mais fracos”, afirmou o banco.
*Com informações do Money Times.
Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos
Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento