Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Já consolidada no topo da lista das maiores pagadoras de dividendos da bolsa brasileira, a Itaúsa (ITSA4) pode abrir um novo capítulo na sua política de remuneração ao acionista — e, desta vez, o motor desse crescimento pode vir de além do Itaú Unibanco (ITUB4), seu principal ativo histórico.
A sinalização partiu da diretora financeira (CFO) da holding, Priscila Grecco, durante um evento voltado ao investidor pessoa física realizado na manhã desta segunda-feira (1º), na sede da B3, em São Paulo.
Segundo ela, o potencial para turbinar dividendos tem relação direta com a evolução acelerada dos resultados do portfólio não financeiro, que vem ganhando peso dentro da holding.
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Hoje, o portfólio da Itaúsa reúne sete companhias que, juntas, somam R$ 170 bilhões em valor de mercado:
- Itaú Unibanco (ITUB4);
- Dexco (DXCO3), de materiais de construção;
- Alpargatas (ALPA4), de marcas de calçados;
- Motiva (MOTV3), concessões de ativos de infraestrutura e transporte;
- Aegea, de saneamento básico;
- Copa Energia, de gás liquefeito;
- NTS, transportadora de gás natural no Sudeste.
Segundo Grecco, a disciplina financeira e a consistência ajudaram a Itaúsa a permanecer entre as maiores pagadoras de dividendos da B3 nos últimos anos — posição reforçada pela chuva de proventos anunciada nesta manhã.
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A maior distribuição de dividendos da história da Itaúsa
A holding anunciou R$ 8,7 bilhões em dividendos extraordinários para dezembro, antecipando pagamentos por conta das mudanças trazidas pela Reforma Tributária. Com isso, a distribuição total em 2025 chega perto dos R$ 11,9 bilhões — um avanço de 24% na comparação anual e o maior patamar já anunciado na história da Itaúsa.
O movimento coloca a companhia entre os destaques de remuneração com dividendos (dividend yield) da bolsa, com uma taxa projetada entre 9% e 10%.
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A virada do jogo: o avanço do portfólio não financeiro
Historicamente, o pagamento de dividendos da Itaúsa sempre esteve ancorado no Itaú Unibanco. O banco distribui dividendos robustos e a holding repassa 100% desses valores aos acionistas.
Já os proventos do setor não financeiro costumam ser retidos pela Itaúsa para cobrir gastos de estrutura, dívidas e novas oportunidades de investimento.
Mas esse arranjo está mudando. Grecco revelou que os dividendos provenientes do portfólio não financeiro estão “bastante expressivos”.
Enquanto há cerca de três anos esse segmento gerava em torno de R$ 500 milhões à Itaúsa, em 2025 o número já se aproxima de R$ 850 milhões. Isto é, um salto de quase 18% frente a 2022.
A evolução abre espaço para uma nova perspectiva: “No médio a longo prazo, seremos capazes de distribuir dividendos para além do setor financeiro”, afirmou a CFO.
O portfólio não financeiro reúne empresas líderes em seus segmentos, como a Dexco (materiais de construção e decoração), Alpargatas (controladora da Havaianas), Motiva (infraestrutura e mobilidade), Aegea (saneamento básico), Copa Energia (GLP) e a NTS (transporte de gás natural).
Desconto das ações ITSA4 e janela para o investidor
Apesar da forte valorização das ações em 2025 — alta de quase 46% de ITSA4 no ano, ante 24% do Ibovespa — Grecco afirma que ainda existe um desconto expressivo nos papéis da holding.
Hoje, a Itaúsa vale R$ 128 bilhões, enquanto o portfólio marcado a mercado chega a R$ 170 bilhões.
Se os ativos não listados fossem avaliados ao valor justo, o total subiria para R$ 177 bilhões, de acordo com a executiva.
Na prática, isso implicaria um desconto implícito entre 25% e 28%, de acordo com ela — nível que a administração considera “muito acima do justo” e que representaria uma oportunidade para quem mira o longo prazo.
Reforma Tributária: menos impostos, mais caixa e mais potencial de valorização
Outro ponto que deve reforçar a tese de valorização das ações ITSA4, de acordo com Grecco, é o ganho fiscal proporcionado pela Reforma Tributária.
A partir de 1º de janeiro de 2027, a holding deixará de pagar PIS/Cofins sobre os juros sobre capital próprio (JCP) recebidos das empresas investidas — um gasto anual de R$ 600 milhões a R$ 650 milhões.
Essa economia recorrente tende a reduzir o desconto das ações ao longo do tempo: “É uma despesa a menos e um caixa que passa a permanecer na companhia”, disse a CFO.
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