De estatais a ‘máquinas de dividendos’? Os planos de Copel (CPLE6), Sabesp (SBSP3) e Eletrobras (ELET6) após a privatização
Em participação no BTG CEO Conference 2025 nesta quarta-feira (26), os presidentes recapitularam a trajetória das companhias, privatizadas em 2022 (Eletrobras), 2023 (Copel) e a mais recente em 2024 (Sabesp)
A Copel (CPLE6), Sabesp (SBSP3) e Eletrobras (ELET6) são três grandes nomes de referência quando se trata do processo de privatização de estatais. Os CEOs de cada uma delas estão com foco no crescimento das companhias e no que muitos acionistas olham no setor de utilities: dividendos.
Em participação no BTG CEO Conference 2025 nesta quarta-feira (26), os presidentes recapitularam a trajetória das companhias, privatizadas em 2022 (Eletrobras), 2023 (Copel) e a mais recente em 2024 (Sabesp).
Ivan Monteiro, CEO da Eletrobras, afirma que a ex-estatal já chegou ao fim do seu turnaround. “Nós não vamos mais utilizar essa expressão dentro da Eletrobras”.
Segundo ele, a companhia descobriu que os melhores investimentos são nos próprios ativos, que já são conhecidos, possuem licenças ambientais e, ao longo dos últimos anos, não receberam investimentos adequados — mas isso irá mudar, segundo o CEO.
Sobre dividendos, ele reforçou a alocação de capital nos próprios ativos e afirmou que irá melhorar bastante. A expectativa de Monteiro é o avanço da previsibilidade da empresa ao longo dos anos, além de melhora na rentabilidade independente da volatilidade e impactos do preço de energia.
VEJA MAIS: 35 empresas divulgam resultados do 4T24 esta semana, e BTG Pactual revela suas projeções para as principais
Leia Também
Copel
Daniel Slaviero, CEO da Copel, defende que uma empresa privada bem gerida é capaz de gerar mais valor para seus investidores, clientes e colaboradores. Ele destacou a estratégia da empresa de continuar vendendo ativos não core (que não fazem parte da atividade central), que vem promovendo um processo de eficiência.
O executivo pontua que, desde a privatização, o foco da Copel está direcionado para algumas “ondas”, sendo que a primeira foi justamente a de eficiências estruturantes, envolvendo desinvestimentos no que não é central durante o primeiro ano.
A atual onda é a de excelência operacional, em que a companhia busca extrair mais valor dos ativos existentes.
Sobre dividendos, ele afirma que uma empresa como a Copel, madura, com 70 anos e com a base de ativos e geração de caixa que detém, tem uma obrigação de ser boa pagadora de dividendos.
“No nosso caso, especificamente, nós entendemos que devemos pagar 50% de payout e se ela não tiver nenhuma boa oportunidade de mercado [para investimento], pode pagar mais”, disse no evento.
VEJA MAIS: 30 dias de Trump na Casa Branca; confira os melhores momentos
Sabesp
A Sabesp ainda é nova como empresa privatizada. O CEO Carlos Piani destaca que a meta de universalização até 2029 é um dos maiores desafios da empresa de saneamento hoje, que tem entre seus objetivos se tornar a maior do setor o mundo.
Vale lembrar que, diferente de Copel e Eletrobras, a Sabesp não é uma corporation e conta com um acionista de referência, a Equatorial (EQTL3), de onde inclusive veio o CEO.
Segundo Piani, a própria Equatorial é uma referência para a Sabesp. Quando anunciada como a acionista de referência, a decisão agradou ao mercado, tendo em vista o reconhecimento da Equatorial em governança e gestão.
“Se a gente olhar para a Equatorial como inspiração, boa parte do seu valor veio de boa alocação de capital”, disse o CEO, destacando que a Sabesp seguirá com esse foco. Hoje, segundo o executivo, o principal direcionador de valor da companhia é a transformação da companhia.
Em relação a dividendos, Carlos Piani chamou atenção para a restrição que a empresa possui em relação ao payout, de até 25%. No entanto, esse teto vai subindo anualmente até 100%, com prazo para 2029.
“Isso foi posto pelo governo para minimizar o risco de não ter fundos para a universalização”, pontua.
Ele afirma que a empresa tem toda a capacidade de ser uma empresa de crescimento com distribuição de dividendos.
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas