Cogna (COGN3) volta às aulas com indicação de compra pelo Santander; veja outras recomendações do banco em educação
Os analistas também revisaram as ações da Cruzeiro do Sul (CSED3) e as perspectivas para Ser Educacional (SEER3), Vitru (VTRU3) e Ânima (ANIM3) em 2025
Quando o assunto é o setor de educação, os riscos regulatórios ligados ao ensino a distância (EAD) e o cenário macroeconômico do País têm sido obstáculos para o desempenho das empresas nos últimos meses. No entanto, isso não significa que as gigantes do setor estejam totalmente reprovadas este ano — pelo menos algumas.
Em um relatório nesta segunda-feira (10), o Santander revisou suas projeções para as principais companhias de educação listadas. E teve empresa “aprovada” pelos analistas.
É o caso da Cogna (COGN3), cuja recomendação foi elevada para “outperform” — equivalente a compra —, com um preço-alvo de R$ 2 para 2025, o que representa um potencial de valorização de 31% em relação ao fechamento da ação na sexta-feira (7).
Mas quem leva a “estrelinha” como “aluna do mês” é a Yduqs (YDUQ3). A ação da continua sendo a favorita do Santander para o setor, com recomendação de compra.
Com as duas companhias mais que aprovadas pelo Santander, os papéis dispararam na bolsa, com COGN3 e YDUQ3 entre as maiores altas do Ibovespa. No fechamento, os papéis da Cogna subiram 5,92%, enquanto Yduqs saltou 3,62%.
Por outro lado, nem todas as empresas começam nesta volta às aulas com tudo no azul. A Cruzeiro do Sul (CSED3) foi rebaixada de “compra” para “neutro” na avaliação dos analistas, enquanto a Ser Educacional (SEER3) permanece como “neutra”.
Leia Também
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
- VEJA TAMBÉM: Ações, papéis pagadores de dividendos, FIIs, BDRs e criptomoedas – quais são os melhores para comprar em fevereiro? Programa Onde Investir dá o veredito
Por que o Santander recomenda a ação da Cogna (COGN3)?
De acordo com o Santander, a Cogna tem executado com sucesso a estratégia de focar em segmentos de ativos “leves” e na geração de caixa. Isso, segundo o banco, está levando a empresa a um crescimento mais sustentável, melhores margens e desalavancagem.
“Além disso, a empresa tem retornado dinheiro aos acionistas por meio do programa de recompra e, em nossa opinião, começará a distribuir dividendos”, afirma o banco.
Com isso, a perspectiva não poderia ser mais positiva para a companhia de educação. Para 2025, espera-se que a Cogna tenha fortes resultados em todas as divisões de negócio, mas é na educação pré-universitária, com Vasta e Saber, que a empresa deve brilhar.
Já o crescimento na receita da companhia pode chegar na casa dos dois dígitos.
Segundo projeções do banco, a Cogna pode ter uma alta de 9% na comparação anual na receita do quarto trimestre de 2024, chegando a R$ 2 bilhões. Já o lucro líquido ajustado deve atingir R$ 246 milhões (contra um prejuízo líquido de R$ 374 milhões no 4T23).
Como não se pode tirar 10 sempre, a empresa também tem seus riscos, segundo o Santander. As mudanças na regulamentação do EAD no Brasil, por exemplo, podem mexer com a ação da Cogna, já que a empresa é a segunda maior desse segmento no país.
Vale lembrar que o Ministério da Educação (MEC) suspendeu, no ano passado, a criação de novos cursos de EAD, e também diminuiu o currículo online em licenciaturas.
Yduqs (YDUQ3): a queridinha do Santander em educação
Com um portfólio mais diversificado quando comparado às concorrentes, a Yduqs é a principal aposta do banco no setor para atravessar um cenário econômico difícil.
Além disso, a empresa tem um momentum de lucros positivo, com retorno aos acionistas por meio da distribuição de dividendos e recompra de ações. Também há uma grande oportunidade para abertura de vagas em medicina e potencial para revisões de lucros.
Espera-se que a receita da Yduqs cresça 6,5% em 2025, impulsionada pelos segmentos premium e de ensino presencial. Além disso, a Yduqs tem 23 instituições na próxima fase do programa Mais Médicos e também deve se beneficiar do ensino semi presencial.
Desde 2013, o Mais Médicos se tornou a principal via para a abertura de cursos de medicina no Brasil. O programa foi criado com o objetivo ampliar o acesso a médicos e faculdades de medicina em regiões do interior, onde há escassez desses profissionais.
Por conta disso, o programa representa um potencial significativo de crescimento para as empresas de educação, principalmente aquelas com um maior número de instituições aprovadas para a próxima fase.
Quem também pode se beneficiar do programa do governo federal são Vitru (VTRU3) e Ânima (ANIM3), empresas cujas recomendações seguem de compra pelo Santander.
No caso da Ânima, as vantagens são a resiliência em um ambiente econômico difícil, e menor exposição ao segmento de ensino a distância (EAD).
Para a Vitru, embora a empresa tenha uma forte exposição ao EAD, esse poderá ser um dos segmentos de crescimento mais rápido em 2025, de acordo com os analistas — sem contar que a Vitru também tem duas instituições aprovadas para a próxima fase do programa Mais Médicos.
- Temporada de balanços: fique por dentro dos resultados e análises mais importantes para o seu bolso com a cobertura exclusiva do Seu Dinheiro; acesse aqui gratuitamente
Cruzeiro do Sul (CSED3) rebaixada pelo Santander
Na lista de “reprovadas” pelo Santander, o rebaixamento da Cruzeiro do Sul para neutro se deve principalmente a uma combinação de uma avaliação considerada alta, riscos para as estimativas de consenso, desempenho operacional já precificado e prêmio em relação aos pares e, em menor medida, riscos regulatórios para o EAD, segundo os analistas.
Embora a empresa tenha um bom desempenho e potencial de crescimento, os riscos de CSED3 fizeram com que o Santander colocasse a ação na geladeira por enquanto.
Na visão do Santander, a ação tem baixa liquidez e está sendo negociada com um valuation mais alto do que o de concorrentes, com um múltiplo ajustado de 5,8x Preço/Lucro estimado para 2025. De forma geral, a ação tem riscos para os dois lados.
Potenciais grandes transações de fusões e aquisições — incluindo uma fusão com outras empresas listadas — podem impulsionar as ações da Cruzeiro do Sul para cima. “No lado negativo, acreditamos que há risco de baixa para estimativas de consenso”, afirma o banco.
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
