Cinco varejistas brasileiras entram para ranking das 250 maiores do mundo, segundo a Deloitte; veja quais são
Todas elas apostaram em modelos de negócio baseados em bens essenciais, digitalização e preços acessíveis
Concorrendo com as gigantes Walmart e Amazon, cinco empresas brasileiras passaram a ocupar espaço entre as 250 maiores do varejo global. É o melhor desempenho histórico do país no ranking da Deloitte.
Mesmo em um cenário de consumo pressionado pelos juros altos e endividamento das famílias, a consultoria entende que a presença brasileira cresceu em função do tipo de estratégia adotada pelas varejistas nacionais.
Assaí, Magalu, Raia Drogasil, Casas Bahia e Natura são os nomes nacionais que aparecem na lista.
- E MAIS: Analista dá o veredito sobre as ações da Vale (VALE3) após o resultado fraco no 1T25; confira
Todas elas apostaram em modelos de negócio baseados em bens essenciais, digitalização e preços acessíveis. E esses focos vêm dando resultados.
O Assaí, por exemplo, não apenas entrou na lista como atingiu a posição mais alta já ocupada por uma empresa brasileira no ranking, o 92º lugar.
Até o ano passado, o Brasil costumava ter, no máximo, três representantes entre as 250 maiores.
Leia Também
Para o sócio líder de Consumer da Deloitte, Paulo de Tarso, a entrada de mais companhias brasileiras no ranking reflete uma combinação de fatores: gestão estratégica, investimentos em tecnologia e uma resposta ágil às transformações de consumo.
"Essas companhias souberam unir eficiência operacional com responsabilidade social e sustentabilidade. Isso tem peso no cenário global", afirma.
A consistência financeira acompanha o movimento. O Assaí registrou lucro líquido de R$ 769 milhões em 2024 e receita de R$ 73 bilhões, alta anual de 8,3% e 11%, respectivamente.
Isso porque o modelo de atacarejo, que combina preços baixos, foco em bens essenciais e expansão acelerada de lojas, tem mostrado resiliência diante de um consumidor mais sensível a preço.
O viés financeiro positivo também é visto no desempenho de Raia Drogasil, que encerrou 2024 com lucro ajustado de R$ 1,3 bilhão e receita R$ 38 bilhões, avanço anual de 16% e 14%, respectivamente.
- VEJA MAIS: A temporada de balanços do 1T25 começou – veja como receber análises dos resultados das empresas e recomendações de investimentos
Neste caso, a capilarização da rede e o foco em conveniência são estratégias que alinham a empresa a tendências globais destacadas pela Deloitte.
O Magazine Luiza, por sua vez, entrou no ranking após anos de investimento em digitalização. O Luiza Labs, núcleo de tecnologia criado em 2012, deu início à transição digital da empresa - que avançou de forma decisiva a partir de 2016, com o lançamento do marketplace.
A companhia passou a operar com um modelo que integrava varejo, logística, serviços financeiros e tecnologia.
- SAIBA MAIS: Declaração completa ou simplificada? Saiba qual a melhor para você no Guia do Imposto de Renda 2025
Hoje, boa parte das vendas do Magalu ocorre pelo aplicativo próprio, e a empresa utiliza dados e automação para melhorar a jornada de compra.
De acordo com a Deloitte, esse tipo de integração é um dos principais fatores de crescimento entre as varejistas que mais se destacaram no último ano.
Caso emblemático
Outra companhia que entrou no ranking, mas que tem um caso emblemático é a Casas Bahia. Em 2023, a empresa enfrentou prejuízos significativos e entrou com pedido de uma recuperação extrajudicial.
Após isso, a companhia iniciou um processo de reestruturação que começou a dar resultado no quarto trimestre de 2024: o prejuízo foi reduzido em 54,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o Ebitda (resultado operacional) ajustado avançou 300%, atingindo R$ 640 milhões.
Mesmo diante de um cenário adverso, a Casas Bahia ocupa um lugar na lista das varejistas por demonstrar como uma estratégia de recuperação (turnaround, no termo em inglês) "bem executada", o que pode sugere uma recuperação de competitividade.
A Natura completa o time mantendo-se firme no ranking com uma proposta de valor ancorada em sustentabilidade e inovação.
- VEJA MAIS: Para estar bem-informado sobre viagens, estilo, tecnologia, esporte e bem-estar, veja como receber a newsletter de Lifestyle do Seu Dinheiro
Apesar de enfrentar obstáculos fora do Brasil com as operações da Avon, a empresa continua sendo referência global em propósito - algo que, segundo a Deloitte, ganha cada vez mais relevância entre as novas gerações.
Em geral, os bens de consumo essenciais representaram 65,5% da receita das empresas do Top 250, reforçando a força de segmentos como alimentação, saúde e higiene. Embora América do Norte e Europa ainda concentrem 83% das companhias listadas, a ascensão de países como Brasil, Índia e Indonésia sugere que a competição no varejo global tem ficado mais acirrada.
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo