Casas Bahia (BHIA3) quer captar até R$ 500 milhões com FIDC — após dois anos de espera e com captação menor que a prevista
O início operacional do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) foi anunciado na noite da última quinta-feira (13), com um capital inicial de R$ 300 milhões
Foi depois de dois anos de espera — com uma recuperação extrajudicial no meio — que a Casas Bahia (BHIA3) enfim lançou ao mercado seu fundo de investimentos focado na otimização da operação de crediário.
O objetivo da varejista é captar até R$ 500 milhões com o fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) para financiar os clientes que fazem compras pelo carnê da rede de lojas.
“A iniciativa é uma alavanca fundamental do plano de transformação e sua materialização fortalece nossa vantagem competitiva no segmento de varejo e crédito, além de ampliar e diversificar o ‘funding’ da operação de crediário”, afirmou a empresa.
O FIDC foi anunciado pela primeira vez em novembro de 2023, logo no início da reestruturação da varejista — que, entre outras medidas, contou com um rebranding completo da Via (VIIA3) para a atual Casas Bahia e renegociação de dívidas com credores.
- VEJA MAIS: Analista aponta 4 motivos para apostar na alta do Ibovespa em fevereiro e 10 ações mais promissoras para investir; confira
Dois anos de espera e captação menor que a prevista
Parte da demanda pelo FIDC da Casas Bahia (BHIA3) já está garantida, uma vez que possui um compromisso firme de aporte de terceiros, com um capital inicial de R$ 300 milhões.
A expectativa da varejista é atingir o montante de R$ 500 milhões de patrimônio líquido ainda nos próximos meses. Após essa primeira etapa, o FIDC poderá contar com aportes adicionais.
Leia Também
É preciso destacar que, além de ter sido lançado operacionalmente dois anos após o primeiro anúncio da varejista, a captação inicial do FIDC veio bem abaixo do inicialmente previsto pela varejista.
Em novembro de 2023, a companhia projetava uma captação inicial de R$ 600 milhões, mas com a meta de atingir um capital total de R$ 1,5 bilhão.
Vale ressaltar que o fundo já estava ativo desde dezembro de 2024 com baixos volumes na carteira para testes operacionais, mas só ontem teve de fato seu início operacional.
Segundo fato relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a gestão do fundo é realizada pela Polígono, enquanto a administração é feita pela DTVM do BTG Pactual e a custódia, pelo próprio banco BTG.
Por que a Casas Bahia (BHIA3) lançou um FIDC
Em resumo, o plano da Casas Bahia (BHIA3) é usar o dinheiro dos investidores para antecipar os recursos das vendas feitas no crediário.
Com isso, em vez de esperar para receber em parcelas o dinheiro da venda de uma televisão ou geladeira, por exemplo, a Casas Bahia pode colocar os recursos no caixa de uma só vez.
Isso porque os FIDCs são fundos que investem em recebíveis, títulos que encapsulam fluxos de pagamento das mais diversas naturezas e que permitem a empresas e profissionais anteciparem pagamentos por serviços prestados ou produtos vendidos.
Esta modalidade de investimento ganhou popularidade entre os investidores brasileiros — e o sócio de uma gestora especializada em FIDCs afirma que parte do impulso pode ser explicada por “tudo ser fidcável”.
Vale destacar que a varejista já realiza a antecipação dos recursos do crediário nas vendas das lojas diretamente com os bancos.
Contudo, com o fundo, a expectativa é que a empresa possa tentar taxas melhores e ainda liberar limite de crédito com as instituições financeiras.
Lembrando que, desde 2023, a Casas Bahia encontra-se em uma missão hercúlea de colocar a casa em ordem e voltar a ganhar mercado em meio a altas taxas de juros.
A varejista entrou em recuperação extrajudicial no fim de abril de 2024, quando fechou acordo com os credores para equacionar em torno de R$ 4,1 bilhões em dívidas.
Em meio ao processo de reestruturação, a companhia decidiu abandonar categorias e canais não lucrativos para focar naquilo que é rentável, como móveis e eletrodomésticos.
No entanto, os atuais patamares elevados de juros impactam diretamente o faturamento da varejista, uma vez que encarece o crédito e afeta diretamente a compra de bens duráveis, que são o pilar da nova estratégia da empresa.
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
