Banco do Brasil (BBSA3) pode subir quase 50% e pagar bons dividendos — mesmo que a economia degringole e o agro sofra
A XP reiterou a compra das ações do Banco do Brasil, que se beneficia dos juros elevados no país
A um mês da divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025 do Banco do Brasil (BBAS3), a XP aproveitou para atualizar as expectativas para o bancão ao longo deste ano e elevar o preço-alvo das ações — que saltou de R$ 37 para R$ 41, um potencial de alta de quase 50% em relação ao fechamento da última quinta-feira (10).
- VEJA TAMBÉM: Empresa brasileira que pode ‘surpreender positivamente’ é uma das 10 melhores ações para comprar agora – confira recomendação
Na visão da XP, o lucro do BB deve subir 4% em relação a 2024. A análise considera um cenário macroeconômico desafiador em 2025 e uma maior inadimplência na carteira de agronegócio, que corresponde a 1/3 da carteira de crédito da instituição financeira.
Na visão dos analistas, o cenário de juros elevados deve impulsionar os resultados, já que aproximadamente 40% dos recursos do Banco do Brasil estão atrelados à poupança e a depósitos judiciais, que remuneram 6% ao ano, contra uma Selic de 14,25%.
A casa reiterou a recomendação de compra para as ações BBAS3.
Por que comprar as ações do Banco do Brasil agora
Segundo os analistas, os papéis ainda apresentam um valuation atrativo, com um desconto considerado excessivo diante do atual retorno sobre o patrimônio (ROE) do banco, que supera os 20%.
Na avaliação da XP, o perfil defensivo da carteira do BB oferece uma proteção adicional em meio a uma possível piora do cenário macroeconômico. Além disso, destacam o dividend yield robusto, de cerca de 10%, e o potencial de alta das ações como pontos positivos para o investidor.
Leia Também
Os analistas projetam uma recuperação dos indicadores de capital do Banco do Brasil ao longo de 2025. No encerramento de 2024, o índice Bis — que mede a solidez financeira de um banco — havia recuado para 13,8%.
Mas os analistas acreditam que a combinação entre a queda da curva de juros e a expansão moderada, de um dígito, da carteira de crédito serão suficientes para reverter essa trajetória.
O ritmo de crescimento do crédito deve ser mais contido no próximo ano, mas em bases mais sustentáveis.
Em 2024, o BB avançou 15,3% na concessão de empréstimos, enquanto a expectativa para 2025 é de uma expansão entre 5,5% e 9,5%. O que, segundo a XP, está em linha com o ambiente macroeconômico mais desafiador.
Outro ponto favorável é a estrutura de funding do banco: aproximadamente metade dos recursos vêm de fontes como cadernetas de poupança e depósitos judiciais, que oferecem rendimento fixo de 6% ao ano, bem abaixo da Selic de 14,25%.
Essa diferença favorece a rentabilidade da instituição, já que o banco paga os 6% e investe em busca de um retorno de 14,25%.
Mesmo com o aumento da inadimplência nos últimos trimestres, a XP segue vendo a carteira de crédito voltada ao agronegócio como um dos pilares do BB, destacando seu perfil amplo e diversificado.
Não é só a XP que enxerga o potencial defensivo do Banco do Brasil
Diante do banho de sangue recente dos mercados globais graças à guerra comercial imposta por Donald Trump, o Bank of America destacou algumas ações globais que podem ser uma tábua de salvação para proteger o patrimônio dos investidores — e uma delas é o Banco do Brasil.
O BB se destaca por sua baixa exposição às receitas geradas nos Estados Unidos, o que torna suas operações menos suscetíveis aos impactos das tarifas comerciais impostas pelos EUA.
Embora tenha alguma exposição ao dólar devido às suas operações internacionais, a instituição pode apresentar uma sensibilidade negativa à moeda americana em certos cenários econômicos, como quando a depreciação do dólar favorece suas operações.
Além disso, o Banco do Brasil é reconhecido pela sua sólida qualidade financeira, com alta estabilidade e uma gestão de riscos eficiente, o que o posiciona como uma empresa resiliente frente a desafios econômicos.
O Seu Dinheiro mostra mais detalhes sobre as ações escolhidas pelo BofA aqui.
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
