Azul (AZUL4) avalia soluções para reestruturar dívida, e possibilidades vão de follow-on a recuperação judicial nos EUA, diz site
A companhia aérea pode seguir o caminho de seus pares nos próximos dias, enquanto vê uma dívida de US$ 10 milhões preste a vencer

A recuperação judicial nos Estados Unidos deu certo para a Gol (GOLL4) e para a Latam, por que não daria para a Azul (AZUL4)? Talvez, a administração da companhia aérea esteja se fazendo essa pergunta ao considerar a possibilidade.
Segundo informações do portal Pipeline, a Azul está sendo assessorada pelos escritórios Davis Polk e Pinheiro Neto em sua busca por financiamento para reestruturar a dívida — e a recuperação judicial nos Estados Unidos, chamada Chapter 11, está entre as opções.
A aérea tem uma dívida de US$ 10,37 milhões prestes a vencer, em 28 de maio, referente ao pagamento de cupons dos bonds emitidos no exterior, com prazo de 2029 e 2030.
- E MAIS: Temporada de balanços do 1T25 - confira em quais ações vale a pena investir
Uma ajuda emergencial deve entrar em caixa nos próximos dias, com a aprovação do governo para liberar recursos do Fundo de Garantia à Exportação. O valor estimado é de US$ 200 milhões (R$ 1,14 bilhão).
Além disso, a Azul também levantou R$ 600 milhões no fim de abril com credores estrangeiros, que já eram detentores de títulos da companhia. Essa dívida tem vencimento curto, de seis meses.
Na conferência de resultados realizada nesta semana, o presidente da aérea, John Rodgerson, afirmou que a empresa mantém negociações amigáveis com os credores para buscar a sustentabilidade financeira da empresa.
Leia Também
Ao mencionar possíveis soluções para o refinanciamento das dívidas, Rodgerson não descartou a possibilidade de uma nova oferta de ações, mas acrescentou que só sairia num momento mais adequado.
Nos últimos meses, as ações da Azul derreteram na bolsa brasileira. Desde janeiro, a desvalorização já chega a 70%, com os papéis caindo de R$ 4,30 para os atuais R$ 1,10.
O último follow-on da companhia foi concluído em abril, quando levantou R$ 1,66 bilhão após a conversão de títulos de dívida com vencimento em 2029 e 2030 em ações. Os credores desses papéis passaram a deter 35% do capital da aérea.
Os 12,5% restantes da dívida não puderam ser convertidos devido a uma cláusula de não diluição acordada com os detentores de bonds, que colocaram um piso para o valor da emissão, informa o Pipeline.
- LEIA TAMBÉM: Adeus, recuperação judicial? Gol (GOLL4) se prepara para deixar o Chapter 11 com financiamento de US$ 1,9 bilhão
Procurada pelo portal, a Azul informou que “está constantemente avaliando oportunidades para melhorar a liquidez e sua estrutura de capital, sem nunca deixar de honrar seus compromissos e a qualidade dos seus serviços e atendimento aos clientes, respeitando sempre toda legislação vigente.”
BlackRock aumenta posição
Enquanto a situação se desenrola, a maior gestora de ativos do mundo aumentou a posição em ações da Azul. Segundo comunicado da noite de quinta-feira (15), a BlackRock atingiu 5,07% de participação acionária na companhia.
A compra se deu por meio da aquisição de papéis de clientes.
Agora, a gestora detém 45,47 milhões de ações preferenciais da Azul e 727.908 instrumentos financeiros derivativos.
Entretanto, a BlackRock esclarece na nota que não tem pretensões de alterar o controle acionário ou a estrutura administrativa da aérea. “O objetivo das participações societárias mencionadas é estritamente de investimento.”
- VEJA MAIS: Faltam menos de 15 dias para o fim do prazo da declaração; confira o passo a passo para acertar as contas com o Leão
Resultados frustrantes da Azul
A Azul reportou lucro líquido de R$ 783,1 milhões, uma reversão do prejuízo de R$ 1,1 bilhão registrado no mesmo período do ano passado. Na linha ajustada, no entanto, a aérea viu o prejuízo crescer cinco vezes, atingindo um saldo negativo de R$ 1,8 bilhão no período de janeiro a março deste ano.
Os números vieram abaixo das estimativas do banco e os analistas destacaram que as despesas foram significativamente maiores em relação aos trimestres anteriores.
O endividamento líquido da aérea chegou a R$ 31,3 bilhões no fim do primeiro trimestre, aumento de 50,3% no comparativo anual e de 6% em relação ao quarto trimestre de 2024.
Segundo a companhia, o aumento é explicado pelo empréstimo bilionário recebido no início deste ano como parte do plano de reestruturação, além do aumento das obrigações de arrendamento.
A recomendação dos bancos para as ações da Azul é majoritariamente neutra. E a agência de risco Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito da companhia para CCC em maio.
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão
Méliuz (CASH3) estreia nos EUA para reforçar aposta em bitcoin (BTC); veja o que muda para os investidores
A nova listagem estreia no índice OTCQX, sob o ticker MLIZY, com o JP Morgan como banco depositário responsável pelos recibos nos EUA
Cosan (CSAN3): disparada de prejuízos, aumento de dívidas e… valorização das ações? Entenda o que anima o mercado
Apesar do prejuízo líquido de R$ 946 milhões, analistas veem fundamentos sólidos em subsidiárias importantes do grupo
Ainda é melhor que o Itaú? CFO do Banco do Brasil (BBAS3) volta a responder após lucro muito abaixo do concorrente no 2T25
Mesmo após dois balanços fracos, com tombo no lucro e ROE no menor patamar desde 2000, Geovanne Tobias mantém a confiança — e vê oportunidade para investidores
Ação do Banco do Brasil (BBAS3) chega a subir mais de 2% após estragos no 2T25; entenda se o mercado mudou de ideia sobre o futuro do banco
O BB apresentou um balanço ainda mais fraco do que as projeções, que já eram baixas, mas o papel inverteu o sinal e passou a subir; saiba se é mesmo a hora de comprar
CEO do Banco do Brasil (BBAS3) alerta para novo balanço ruim no próximo trimestre. Quando virá o ponto de inflexão?
Confira o que a presidenta do BB, Tarciana Medeiros, tem a dizer sobre o resultado fraco do segundo trimestre e o que esperar daqui para frente