As Sete Magníficas viraram as Sete Malévolas: Goldman Sachs corta projeções para a bolsa dos EUA
O banco reduziu as previsões para o S&P 500, o índice mais amplo da bolsa de Nova York, citando preocupações com o grupo formado por Amazon, Alphabet, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla
Antes de ser movida por um sentimento de vingança, Malévola era uma fada boa que protegia o reino dos Moors. Qualquer semelhança da história contada pelo filme com a realidade atual da bolsa norte-americana não é mera coincidência — pelo menos não para o Goldman Sachs.
O banco reduziu as previsões para o S&P 500, o índice mais amplo da bolsa de Nova York, citando preocupações com o grupo de ações de tecnologia conhecido como Sete Magníficas, mas que está sendo chamado agora de Sete Malévolas. O grupo é composto por Amazon, Alphabet, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla.
O Goldman também cita incertezas políticas relacionadas a tarifas de Donald Trump e um possível impacto de uma recessão na economia norte-americana para as novas projeções.
A nova meta para o S&P 500 ao final de 2025 passou de 6.500 pontos para 6.200 pontos para refletir, segundo o banco, uma redução de 4% no múltiplo preço sobre lucro (P/L) futuro.
- VEJA MAIS: Onde investir em março? Analistas recomendam as melhores ações, fundos imobiliários, BDRs e criptomoedas para este mês
Apesar da redução, a nova meta ainda sugere um ganho de 11% ainda este ano, semelhante à estimativa inicial, mas a partir de um ponto de partida mais baixo.
A previsão de crescimento do lucro por ação (EPS) para 2025 caiu de 9% para 7%, enquanto a estimativa para 2026 permanece em 7%. As novas estimativas de EPS são de US$ 262 (anteriormente US$ 268) e US$ 280 (antes US$ 288).
Leia Também
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
"Nossas estimativas revisadas refletem a previsão de crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] dos EUA recentemente reduzida pela nossa equipe, tarifas presumidamente mais altas e um nível mais elevado de incerteza que normalmente é associado a um maior prêmio de risco de ações", diz a equipe do Goldman em relatório.
Vale lembrar que as projeções do Goldman levam em consideração a expectativa de que as tarifas efetivas dos EUA aumentarão cerca de 10 pontos percentuais, atingindo 13%.
A regra geral é que cada aumento de 5 pontos percentuais na tarifa dos EUA reduz o lucro por ação do S&P 500 em cerca de 1%-2%, assumindo que as empresas consigam repassar a maior parte das tarifas aos consumidores.
- Leia também: A bolsa americana já era? Citi muda estratégia e diz que é hora de comprar ações da China
De Sete Magníficas para Sete Malévolas
O S&P 500 caiu 9% em três semanas, com mais da metade dessa correção vindo de uma queda de 14% nos preços das ações das Sete Magníficas — o P/L dessas ações diminuiu de 30x para 26x.
Em contraste, no ano anterior, esses papéis foram responsáveis por mais da metade do retorno total de 25% do índice.
Confira o desempenho das Sete Magníficas — ou Sete Malévolas, se preferir — no ano até agora na bolsa de Nova York:
- Amazon: -9,6%
- Alphabet: -12%
- Apple: -13%
- Meta: +5,74%
- Microsoft: -9%
- Nvidia: -14%
- Tesla: -39%
ONDE INVESTIR EM MARÇO: Ações I Dólar, tarifas de TRUMP e Selic: TUDO que afeta seu bolso este mês
Recessão nos EUA: oportunidade na bolsa americana?
O aumento acentuado no índice de incerteza da política econômica levantou preocupações sobre uma possível recessão nos EUA e seu impacto no mercado de ações norte-americano.
Historicamente, as quedas medianas nos lucros do S&P 500 durante recessões foram de 13%, com o índice caindo 24% em relação ao pico.
“Fora de uma recessão, a história mostra que quedas do S&P 500 geralmente são boas oportunidades de compra se a economia e os lucros continuarem a crescer, o que é nosso cenário base”, diz o Goldman em relatório.
De olho nisso, o banco recomenda três estratégias de investimento para o momento:
- Ações insensíveis: aqueles papéis que são menos afetados pelas principais tendências de volatilidade do mercado, como crescimento econômico dos EUA, política comercial e inteligência artificial;
- Ações desvalorizadas: aquelas que foram impactadas negativamente pelo reposicionamento de fundos de hedge e que estão sendo negociadas com valuations descontados;
- Ações de crescimento estável: para investidores preocupados com uma recessão, ações de empresas com crescimento estável do ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro
Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB
De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília
Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro
O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento
Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)
Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar
Liquidado: de crescimento acelerado à crise e prisão do dono, relembre como o Banco Master chegou até aqui
A Polícia Federal prendeu o dono da empresa, Daniel Vorcaro, em operação para apurar suspeitas de crimes envolvendo a venda do banco para o BRB, Banco de Brasília.
BTG Pactual (BPAC11) quer transformar o Banco Pan (BPAN4) em sua subsidiária; confira proposta
Segundo fato relevante publicado, cada acionista do Pan receberá 0,2128 unit do BTG para cada ação, exceto o Banco Sistema, que já integra a estrutura de controle. A troca representa um prêmio de 30% sobre o preço das ações preferenciais do Pan no fechamento de 13 de outubro de 2025
Polícia Federal prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; BC decreta liquidação extrajudicial da instituição
O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, que vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Azzas 2154 (AZZA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam mais de R$ 300 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP)
Dona da Arezzo pagará R$ 180 milhões, e fabricante de ônibus, R$ 169 milhões, fora os JCP; veja quem tem direito aos proventos
XP (XPBR31) anuncia R$ 500 milhões em dividendos e recompra de até R$ 1 bilhão em ações após lucro recorde no 3T25
Companhia reportou lucro líquido de R$ 1,33 bilhão, avanço de 12% na comparação anual; veja os destaques do balanço
Banco do Brasil (BBAS3) lança cartão para a altíssima renda de olho nos milionários; veja os benefícios
O cartão BB Visa Altus Liv será exclusivo para clientes com mais de R$ 1 milhão investido, gastos médios acima de R$ 20 mil e/ou renda mínima de R$ 30 mil
A ação que pode virar ‘terror’ dos vendidos: veja o alerta do Itaú BBA sobre papel ‘odiado’ na B3
Apesar da pressão dos vendidos, o banco vê gatilhos de melhora para 2026 e 2027 e diz que shortear a ação agora pode ser um erro
JBS (JBSS32): BofA ‘perdoa’ motivo que fez mercado torcer o nariz para a empresa e eleva preço-alvo para as ações
Após balanço do terceiro trimestre e revisão do guidance, o BofA elevou o preço-alvo e manteve recomendação de compra para a JBS
Grupo Toky (TOKY3), da Mobly e Tok&Stok, aprova aumento de capital e diminui prejuízo, mas briga entre sócios custou até R$ 42 milhões
Empresa amargou dificuldades com fornecedores, que levaram a perdas de vendas, faltas de produtos e atraso nas entregas
Petrobras (PETR4) descobre ‘petróleo excelente’ no Rio de Janeiro: veja detalhes sobre o achado
A estatal identificou petróleo no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde e segue com análises para medir o potencial da nova área
Gigantes de frango e ovos: JBS e Mantiqueira compram empresa familiar nos EUA para acelerar expansão internacional
A maior produtora de frangos do mundo e a maior produtora de ovos da América do Sul ampliam sua presença global
Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) têm perdas bilionárias no trimestre; confira os números dos balanços
Os resultados são uma fotografia dos desafios financeiros que as duas companhias enfrentam nos últimos meses; mudanças na alta cúpula também são anunciadas
Nubank (ROXO34): o que fazer com a ação após maior lucro da história? O BTG responde
Na bolsa de Nova York, a ação NU renovava máximas, negociada a US$ 16,06, alta de 3,11% no pregão. No acumulado de 2025, o papel sobe mais de 50%.
IRB (IRBR3) lidera quedas do Ibovespa hoje após tombo de quase 15% no lucro líquido, mas Genial ainda vê potencial
Apesar dos resultados fracos no terceiro trimestre, a gestora manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa
Não aprendi dizer adeus: falência da Oi (OIBR3) é revertida. Tribunal vê recuperação possível e culpa gestão pela ruína
A desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, decidiu suspender os efeitos da decretação de falência, concedendo à companhia uma nova chance de seguir com a recuperação judicial