Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Camila Miglhorini, hoje com 43 anos, construiu sua trajetória empreendedora a partir de uma combinação que pode parecer pouco comum: alimentação saudável e fast-food.
Fundadora da rede de franquias Mr. Fit, ela transformou uma dor pessoal em um negócio que fechou 2024 com faturamento de R$ 200 milhões. A meta é crescer 20% em 2025, alcançando receita de R$ 240 milhões.
Antes de criar a Mr. Fit, a empreendedora já acumulava experiência no universo das franquias. Estagiou na área ainda na faculdade de administração e, depois de formada, passou a atuar como consultora para redes franqueadoras.
A ideia do negócio surgiu a partir de uma necessidade pessoal. "Sempre me preocupei em ter uma alimentação saudável, mas percebia a ausência de opções rápidas, acessíveis e práticas. Se eu sentia essa dor, sabia que outras pessoas sentiam também”, diz.
Ainda como consultora, a empreendedora sugeriu que outras pessoas abrissem um negócio no segmento. Como ninguém seguiu com a ideia, ela decidiu criar a empresa por conta própria.
Sem referências de fast-food saudável no mercado naquele momento, ela conversou com cerca de oito nutricionistas para entender o que poderia funcionar comercialmente.
Leia Também
A primeira unidade foi aberta em Paulínia (SP), em 2011, vendendo saladas.
Atuando diretamente no caixa e na cozinha, Miglhorini observou que os clientes não queriam comer salada todos os dias e pediam por refeições mais completas. A adaptação do cardápio levou cerca de um ano.
Desde o início, ela tinha o plano de franquear a marca. Para estruturar o negócio, a empresária analisou redes já consolidadas — ainda que não fossem do segmento saudável — e percebeu que a maioria exigia investimentos altos. Ao mesmo tempo, sabia que muitos potenciais franqueados com quem já tinha contato dispunham de um capital menor.
A solução foi formatar o Mr. Fit com investimento inicial em torno de R$ 50 mil, tornando o modelo mais acessível. "Mapeei fornecedores em todo o país para garantir que a operação funcionasse em diferentes estados", diz.
Miglhorini lançou o negócio já com 10 unidades franqueadas de uma vez, distribuídas por cidades como Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e São Luís. Os primeiros compradores eram conhecidos, incluindo amigos e familiares.
Mudanças nos negócios
Até 2019, o Mr. Fit contava com cerca de 120 lojas físicas. A pandemia impôs uma mudança radical. As unidades localizadas em aeroportos sofreram forte impacto e o modelo ainda dependia muito do balcão, em um momento em que o delivery não era dominante. Foi então que Miglhorini decidiu tirar do papel um formato que estava em “stand-by”: o modelo home office.
"Era uma demanda dos próprios franqueados, que queriam produzir marmitas em períodos ociosos das lojas físicas, entre o horário de almoço e jantar", mas a demanda rapidamente superou a capacidade", afirma.
O modelo com taxa de franquia de R$ 6 mil logo chamou atenção, e chegou a 200 operações em seis meses. "Até então eu tinha apenas um funcionário que produzia as marmitas. Com essa expansão, percebi que precisaria aumentar", diz.
A empreendedora tentou terceirizar a produção, mas enfrentou problemas de qualidade e padronização. “Pedia a marmita com patinho e, quando ia ver, a fábrica estava usando uma carne inferior”, relata. Em 2020, decidiu montar sua própria fábrica.
A pandemia também acelerou mudanças no comportamento do consumidor e no perfil dos franqueados. Antes, segundo a empreendedora, havia um preconceito em relação à comida saudável. “Todo mundo via uma loja verde e achava que ali vendia só comida ruim”, lembra.
Com a maior preocupação com saúde e a consolidação do digital, o delivery passou a ser o principal canal de vendas.
O perfil de quem investe na marca também mudou — as pessoas se interessam em empreender, mas têm receio de grandes riscos. O modelo home office, sem necessidade de ponto comercial ou funcionários, passou a funcionar como porta de entrada.
Para os próximos anos, a estratégia é o equilíbrio entre os modelos. “Meu foco é retomar o crescimento nas lojas físicas”, afirma. A empresa, que hoje soma cerca de 890 unidades, pretende abrir mais 200 no próximo ano, mantendo a meta de crescimento de 20%.
A internacionalização mais forte também está no radar. O Mr. Fit já opera em Portugal, com uma unidade aberta por uma franqueada brasileira, e no Paraguai, desde 2023. Novos mercados estão sendo estudados. “Finalizamos agora um mapeamento para os Estados Unidos.”
Modelos de franquia, investimento e retorno
Atualmente, o Mr. Fit opera com dois principais modelos de franquia:
- Home office: investimento inicial a partir de R$ 6 mil, com foco em produção para delivery, sem necessidade de ponto comercial ou funcionários
- Loja física: investimento a partir de R$ 50 mil, com apoio da fábrica central e possibilidade de produção local
Segundo a rede, o prazo médio de retorno varia conforme o modelo e a região, mas gira em torno de 12 a 24 meses.
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas