Ação da Casas Bahia (BHIA3) tomba 13% após prejuízo acima do esperado: hora de pular fora do papel?
Bancos e corretoras reconhecem melhorias nas linhas do balanço da varejista, mas enxergam problemas em alguns números e no futuro do segmento

As ações da Casas Bahia (BHIA3) começaram o dia com uma queda de 3%, mas o pior ainda estava por vir. Perto do meio-dia, os papéis aceleraram as perdas e passaram a recuar 10% em reflexo do prejuízo acima do esperado no quarto trimestre de 2024 e terminaram a quinta-feira (13) com perdas ainda maiores.
Na noite anterior, a varejista informou que conseguiu diminuir o prejuízo em 54% no quarto trimestre, para R$ 452 milhões. Acontece que esse desempenho veio pior que as projeções, que apontavam para um prejuízo de R$ 312,7 milhões no período, segundo compilado feito pela Bloomberg.
Segundo Safra, as perdas acima do esperado são resultado de despesas financeiras acima do previsto para o trimestre.
O banco também dá outra explicação para a reação negativa do mercado ao balanço da Casas Bahia: a baixa redução da dívida líquida reforça o desafio da varejista em reverter o prejuízo líquido.
"Essa dificuldade ocorre em meio a um cenário macro difícil, que impacta negativamente tanto as vendas quanto as despesas financeiras", afirmaram os analistas Vitor Pini, Tales Granello e Renan Sartorio.
As ações BHIA3 fecharam o dia com queda de 12,82%, cotadas R$ 4,76. No ano, no entanto, os papéis acumulam ganho de 65%.
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A alta expressiva no acumulado do ano, segundo analistas, pouco tem a ver com o desempenho financeiro da Casas Bahia — um movimento de short squeeze pode estar por trás do avanço dos papéis. Se você quiser entender melhor essa operação, o Seu Dinheiro explicou e você acessar aqui.
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Prejuízo veio maior, mas não foi exatamente uma surpresa….
Segundo os analistas do Safra, o balanço da Casas Bahia foi, de modo geral, neutro, já que os números vieram, em sua maioria, em linha com o esperado e o fluxo de caixa foi positivo após o capex (investimento) no trimestre. Na visão do trio, uma indicação de que "a recuperação está dando frutos".
"O desempenho do grupo não apresentou grandes surpresas", disseram os analistas, mencionando que o desempenho do marketplace (3P) mais do que compensou as vendas de mercadorias próprias (1P), que ainda estão sendo impactadas pelo cenário macro e pelo plano de recuperação.
A XP, por sua vez, considerou os resultados da Casas Bahia mistos, com boas tendências, embora ainda pressionado pela alavancagem.
Para a corretora, a rentabilidade foi novamente o destaque do trimestre, com a margem bruta expandindo 320 pontos na comparação ano ano, refletindo a maior qualidade dos estoques, o mix de produtos e o aumento da penetração de serviços e soluções financeiras.
O BB Investimentos vai na mesma linha da XP, avaliando o desempenho da varejista entre outubro e dezembro de 2024 como misto.
“A Casas Bahia reportou um resultado misto no 4T24, com aumento de receita e melhoria de margens. Entretanto, o alto endividamento continua pesando negativamente na linha de resultado financeiro do grupo, o que acabou ocasionando mais um trimestre de prejuízo”, diz a analista Andréa Aznar.
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Comprar ou vender as ações da Casas Bahia?
O BTG Pactual reconhece que a receita líquida da Casas Bahia começou a se recuperar no quarto trimestre, o que, juntamente com uma melhor margem bruta e iniciativas de corte de custos, levou a melhorias nos números operacionais.
Apesar disso, o banco ainda vê uma perspectiva de curto prazo desafiadora, com taxas de juros mais altas e um cenário competitivo difícil.
“Permanecemos com uma recomendação neutra devido à perspectiva de concorrência acirrada, forte exposição a eletrônicos/eletrodomésticos, altos custos de financiamento e desafios na monetização de créditos fiscais”, diz o BTG em relatório.
Já o Safra reiterou recomendação underperform (equivalente a venda), com preço-alvo de R$ 3,20 — equivalente a uma desvalorização de 41% em relação ao último fechamento.
O BB-BI também indica a venda de BHIA3, com preço-alvo de R$ 3,80 para a ação em dezembro de 2025, uma desvalorização de 20% sobre o fechamento anterior.
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