Sem querer parecer chato: Ibovespa reage a prejuízo da Vale e ao andamento de temporada de balanços
Em dia de agenda fraca, investidores repercutem reversão de lucro para prejuízo pela Vale no quarto trimestre de 2024
Quando insistimos demais em um assunto, corremos o risco de parecer chatos. Ficamos ali batendo na mesma tecla até que alguém preste atenção ao que dizemos.
Às vezes é só chatice mesmo. No entanto, em casos menos raros do que supomos, o chato pode ter razão.
Já faz bem mais de um ano que a taxa de juros é tema recorrente desta newsletter. Se quem escreve às vezes cansa do assunto, imagine quem lê. É inevitável, porém.
O ciclo de alta de juros em andamento no Brasil começa a pesar sobre a atividade econômica.
A taxa Selic está em 13,25% ao ano. Desde o fim do ano passado, o Banco Central (BC) sinaliza que ela será elevada a 14,25% em março.
É provável que ela suba ainda mais em maio, mas acredita-se que já esteja se aproximando de um nível capaz de reancorar as expectativas de inflação.
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O problema dos juros altos — e, historicamente, no Brasil, eles são bastante elevados — é que os empréstimos e financiamentos vão ficando cada vez mais caros.
Consequentemente, a situação acaba por inibir o consumo e os investimentos.
Um dos setores mais afetados por ciclos de alta de juros é o varejo.
Depois do impulso dos juros mais baixos da história na pandemia, as varejistas brasileiras agora enfrentam dificuldade para se ajustar aos custos de financiamento mais altos, melhorar o fluxo de caixa e ganhar eficiência operacional.
Diante disso, os resultados do quarto trimestre de 2024 serão fundamentais para que analistas e investidores não apenas tomem pé de como as varejistas fecharam o ano passado, mas também quais são as perspectivas para 2025.
Enquanto isso, em meio à agenda fraca desta quinta-feira, o Ibovespa repercute hoje o balanço da Vale, publicado no fim da noite de ontem, enquanto aguarda o resultado de uma série de outras empresas.
A mineradora viu o lucro bilionário do terceiro trimestre de 2024 transformar-se em prejuízo milionário no quarto final do ano passado.
No acumulado do ano, a Vale reportou lucro de US$ 5,975 bilhões, uma queda de 26% em relação a 2023.
O que você precisa saber hoje
CEO CONFERENCE 2025
POWERED BY BTG PACTUAL
Veja como participar da CEO Conference 2025, organizada pelo BTG Pactual, que acontece nos dias 25 e 26 de fevereiro. O evento reunirá grandes líderes empresariais e políticos para debater as decisões que podem moldar a economia e os mercados neste ano.
TOUROS E URSOS #212
IPCA+ 8% ‘dando sopa’? Estrategista de renda fixa elege 2 ativos ‘favoritos’ no Tesouro Direto e recomenda cautela para um tipo de título. Em episódio do Touros e Ursos, Odilon Costa, da SWM, fala sobre as oportunidades e os riscos dos títulos públicos negociados no cenário atual.
PRESSÃO COMPRADORA
Por trás da disparada das ações da Oncoclínicas (ONCO3), gestora de “situações especiais” abocanha nova fatia na empresa. A Latache, gestora de Renato Azevedo, agora possui 6,84% do capital social da Oncoclínicas, equivalente a cerca de 44,6 milhões de ações ONCO3.
EXIGÊNCIA ALTA
O que o futuro reserva para a XP (XPBR31): BTG e UBS BB apontam as pedras no caminho e dizem se vale ter o papel na carteira. Após o balanço do 4º trimestre de 2024 revelar crescimento sólido, analistas falam da capacidade da corretora de sustentar a competitividade.
DIÁRIO DOS 100 DIAS (DIA 31)
Ditador! O dia em que Trump atraiu fúria na tentativa de chegar à paz. Declaração do presidente norte-americano na quarta-feira (19) colocou mais fogo na guerra que está prestes a completar três anos.
SAÚDE (DO BOLSO)
Coca-Cola saudável? Gigante investe em mercado milionário de refrigerantes prebióticos com nova marca. Anúncio realizado essa semana antecipa lançamento do Simply Pop, linha de prebióticos que é aposta da gigante das bebidas para abocanhar segmento de US$ 820 milhões.
ATENÇÃO, INVESTIDOR
Acerte o relógio: novo horário de negociações da bolsa começa em março; confira como a B3 vai funcionar. Período das negociações será reduzido para todo o Brasil devido ao início do horário de verão nos EUA e na Europa.
DESTAQUES DA BOLSA
Itaú BBA eleva recomendação para Usiminas (USIM5) e vê potencial para disparada de até 40% até o fim do ano. O banco elevou a recomendação para as ações USIM5, de neutro para “outperform”, equivalente à compra. Saiba o que está por trás da revisão.
FIIS HOJE
A xerife voltou atrás? CVM pede prorrogação de contrato de aluguel do FII RBR Properties (RBRP11); entenda o que aconteceu. No início de fevereiro, a CVM havia anunciado ao RBRP11 que não estenderia o contrato de locação de seis conjuntos do Edifício Delta Plaza, localizado na cidade de São Paulo.
NOVO CAPEX
Gigante do aço em expansão: Gerdau (GGBR4) prevê investimento de R$ 6 bilhões em 2025 com foco em competitividade e sustentabilidade. Do total previsto, cerca de R$ 1,6 bilhão será direcionado a iniciativas com retorno ambiental, incluindo expansão de ativos florestais.
AINDA COM DIFICULDADES
Ameaçada por Shein e Temu, Forever 21 pode anunciar falência… pela segunda vez. Empresa de fast fashion americana enfrenta dificuldades desde 2019, após mudança no comportamento dos consumidores e ascensão dos e-commerces asiáticos.
RESULTADO
Banco do Brasil (BBAS3) tem lucro de R$ 37,9 bilhões em 2024 e rentabilidade supera 21% no 4T24, mas peso do agronegócio continua. Enquanto a lucratividade e a rentabilidade chamam a atenção positivamente no 4T24, a inadimplência do agronegócio pressionou o resultado; veja os destaques.
DIAS DE LUTA OU DIAS DE GLÓRIA
Barata demais? Por que esse bancão recomenda a compra dos papéis da Ternium após queda de 40% do lucro. Os BDRs e as ADRs da siderúrgica operaram em queda na quarta-feira (19) em reflexo ao balanço do quarto trimestre de 2024, mas o BTG Pactual diz que é hora de colocar os papéis na carteira.
O RECADO DA ATA
Medo de Trump? O que o banco central dos EUA disse sobre o republicano — e o que isso tem a ver com os juros. A política mais dura de imigração, o aumento das tarifas sobre parceiros comerciais e a isenção de impostos têm potencial para acelerar a inflação, mas nem tudo é ruim para o Fed quando o assunto é o governo de Trump.
PERSPECTIVAS PARA O SEGMENTO
Suzano (SUZB3) e Klabin (KBLN11) vão ‘sobreviver’ a 2025 após iniciarem o ano em queda? O BTG tem a resposta. Analistas ressaltam que o consumo de celulose é menos afetado pela desaceleração econômica da China em comparação a outras commodities como minério de ferro.
ENCHER OU NÃO A SACOLA
Vale a pena comprar Iguatemi (IGTI11)? O que fazer com os papéis após o balanço do 4T24 e antes da conclusão de um negócio de R$ 2,6 bilhões. As units da dona de dezenas de shoppings iniciaram a quarta-feira (19) em alta, mas entraram na tarde de hoje no vermelho; no ano, os ativos acumulam ganho de 13,5% no ano.
SAÚDE NA CARTEIRA
JP Morgan recomenda distância de Oncoclínicas (ONCO3), mas revela duas ações atraentes no setor de saúde. Os analistas não veem gatilhos de curto prazo para impulsionar a ONCO3 — mas destacam uma dupla de ações com lucros crescentes e preços atraentes na B3.
VAI CRESCER AINDA MAIS?
Mudança estratégica após o fechamento de capital? CEO diz o que esperar do Carrefour Brasil (CRFB3) depois do “au revoir” à B3. Stéphane Maquaire falou dos planos para o futuro durante a teleconferência de resultados da varejista, que reportou um lucro líquido de R$ 1,16 bilhão no quarto trimestre de 2024.
TOUCHDOWN!
NFL volta ao Brasil: liga anuncia partida em São Paulo para temporada 2025; veja quando, onde e quem joga. Partida com os Los Angeles Chargers ocorre em setembro, um ano após estreia da liga no Brasil.
DINHEIRO NO BOLSO?
Carrefour (CRFB3) faz proposta de distribuição de dividendos em meio a possível fechamento de capital. O anúncio dos dividendos vem na esteira da divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024, que vieram acima do esperado pelo mercado.
NOVIDADE NO SETOR PET
Em meio à negociação com a Petz (PETZ3), Cobasi aprova desdobramento de ações. Empresa do setor pet não terá alteração no capital social.
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Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
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Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional