Rodolfo Amstalden: Um estranho encontro com a verdade subterrânea
Em vez de entrar em disputas metodológicas na edição de hoje, proponho um outro tipo de exercício imaginativo, mais útil para fins didáticos

Incrivelmente, o Ibovespa marcou uma valorização de +15,44% durante o 1S25, desbancando todas as outras tradicionais classes de ativos.
Os defensores do equity risk premium dirão que justiça foi feita, enquanto os céticos acusarão um período amostral muito apertado para tirar maiores conclusões.
Mas, para você que é avesso a conflitos internos e eternos que não levam a nada, fique tranquilo.
- E MAIS: Hora de ajustar a rota – o evento “Onde investir no 2º Semestre” reuniu gigantes do mercado financeiro com as principais oportunidades para o restante de 2025
Em vez de entrar em disputas metodológicas na edição de hoje, proponho um outro tipo de exercício imaginativo, mais útil para fins didáticos.
Suponha que, entre o Natal e o Ano Novo de 2024, você esteja cruzando uma esquina desconhecida enquanto tenta entender para onde aponta a maldita bolinha do Google Maps, e de repente se dá conta de que caiu em um bueiro.
Poderia ter sido uma queda feia, lesionando seu tornozelo esquerdo, trincando a bacia e arranhando ambos os cotovelos. Mas, curiosamente, você aterrisou em cima de um colchão de feno, sem qualquer dano identificável até o momento.
Leia Também
Estamos há 6 dias sem resposta: o tempo da diplomacia de Trump e o que esperar dos mercados hoje
Do coice à diplomacia: Trump esmurra com 50% e manda negociar
À sua frente, estendendo as mãos para ajudá-lo a se levantar, surge um rato gigante vestido de quimono.
“Essa foi por pouco, hein?” – ele diz. “Ainda bem que você acertou em cheio a minha cama, hahahaha”.
O rato pergunta como você foi parar ali, e você explica que é apenas mais um investidor de ações brasileiro se sentindo perdido no esgoto.
“Sem problemas, vou tentar ajudá-lo. Não sei se você sabe, mas muitas informações privilegiadas acabam vindo parar aqui embaixo”.
Então o rato te conta o que o futuro reserva para os mercados ao longo dos próximos seis meses.
“Olha, esse novo presidente dos EUA vai tirar uma tabelinha do bolso com tarifas entre 10% e 50% para basicamente todos os países do mundo”.
“Quem nasce dove precisa mostrar que é hawk; Selic vai para 15%”.
“Governo Lula seguirá tentando aumentar carga tributária, brigando feio com o Congresso, sem qualquer possibilidade de corte de gastos”.
“E temporada de resultados do 1T25 não vai deixar saudades”.
Você agradece pelos direcionamentos, enquanto já vai pensando em como zerar posição em bolsa assim que sair dali.
“Claro, entendo, estou gostando da companhia, mas você precisa voltar para cima; posso te ajudar com isso também”.
O rato logo traz uma escada. Você sobe e se vê no mundo superior novamente, livre para fazer o que quiser da vida.
Anatomia de um tiro no pé: Ibovespa busca reação após tarifas de Trump
Em dia de agenda fraca, investidores monitoram reação do Brasil e de outros países ao tarifaço norte-americano
O tarifaço contra o Brasil não impediu essas duas ações de subir, e deixa claro a importância da diversificação
Enquanto muitas ações do Ibovespa derretiam com as ameaças de Donald Trump, um setor andou na direção oposta
Trump na sala de aula: Ibovespa reage a tarifas de 50% impostas pelos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump como o Brasil vieram muito mais altas do que se esperava, pressionando ações, dólar e juros
Rodolfo Amstalden: Nem cinco minutos guardados
Se um corte justificado da Selic alimentar as chances de Lula ser reeleito, qual será o rumo da Bolsa brasileira?
Quando a esmola é demais: Ibovespa busca recuperação em meio a feriado e ameaças de Trump
Investidores também monitoram negociações sobre IOF e audiência com Galípolo na Câmara
Sem avalanche: Ibovespa repercute varejo e Galípolo depois de ceder à verborragia de Trump
Investidores seguem atentos a Donald Trump em meio às incertezas relacionadas à guerra comercial
Comércio global no escuro: o novo capítulo da novela tarifária de Trump
Estamos novamente às portas de mais um capítulo imprevisível da diplomacia de Trump, marcada por ameaças de última hora e recuos
Felipe Miranda: Troco um Van Gogh por uma small cap
Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.
Ontem, hoje, amanhã: Tensão com fim da trégua comercial dificulta busca por novos recordes no Ibovespa
Apetite por risco é desafiado pela aproximação do fim da trégua de Donald Trump em sua guerra comercial contra o mundo
Talvez fique repetitivo: Ibovespa mira novos recordes, mas feriado nos EUA drena liquidez dos mercados
O Ibovespa superou ontem, pela primeira vez na história, a marca dos 141 pontos; dólar está no nível mais baixo em pouco mais de um ano
A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
Feijão com arroz: Ibovespa busca recuperação em dia de payroll com Wall Street nas máximas
Wall Street fecha mais cedo hoje e nem abre amanhã, o que tende a drenar a liquidez nos mercados financeiros internacionais
Mantendo a tradição: Ibovespa tenta recuperar os 140 mil pontos em dia de produção industrial e dados sobre o mercado de trabalho nos EUA
Investidores também monitoram decisão do governo de recorrer ao STF para manter aumento do IOF
Os fantasmas de Nelson Rodrigues: Ibovespa começa o semestre tentando sustentar posto de melhor investimento do ano
Melhor investimento do primeiro semestre, Ibovespa reage a trégua na guerra comercial, trade eleitoral e treta do IOF
Rumo a 2026 com a máquina enguiçada e o cofre furado
Com a aproximação do calendário eleitoral, cresce a percepção de que o pêndulo político está prestes a mudar de direção — e, com ele, toda a correlação de forças no país — o problema é o intervalo até lá
Tony Volpon: Mercado sobrevive a mais um susto… e as bolsas americanas batem nas máximas do ano
O “sangue frio” coletivo também é uma evidência de força dos mercados acionários em geral, que depois do cessar-fogo, atingiram novas máximas no ano e novas máximas históricas
Tudo sob controle: Ibovespa precisa de uma leve alta para fechar junho no azul, mas não depende só de si
Ibovespa vem de três altas mensais consecutivas, mas as turbulências de junho colocam a sequência em risco
Ser CLT virou ofensa? O que há por trás do medo da geração Z pela carteira assinada
De símbolo de estabilidade a motivo de piada nas redes sociais: o que esse movimento diz sobre o mundo do trabalho — e sobre a forma como estamos lidando com ele?
Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE
Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF