Lições da Páscoa: a ação que se valorizou mais de 100% e tem bons motivos para seguir subindo
O caso que diferencia a compra de uma ação baseada apenas em uma euforia de curto prazo das teses realmente fundamentadas em valuation e qualidade das empresas

Dizem que a Páscoa é uma época de reflexão. Coincidência ou não, nos últimos dias eu comecei a pensar sobre o primeiro Sextou de Páscoa e como aquela edição pode nos ajudar a entender melhor as oportunidades e armadilhas do mercado financeiro.
O ano era 2020 e estávamos em lockdown, uma das experiências mais difíceis de nossas vidas.
Algumas companhias excelentes enfrentavam enormes desvalorizações, enquanto outras “modinhas” da pandemia atingiam valuations totalmente absurdos e incoerentes.
- VEJA MAIS: Momento pode ser de menos defensividade ao investir, segundo analista; conheça os ativos mais promissores para comprar em abril
As ações brasileiras que estavam sofrendo e recomendei comprar eram Itaú (ITUB4) e Localiza (RENT3). A companhia “modinha” que eu sugeri manter distância foi o Zoom, plataforma de reuniões que bombou na pandemia.
O que aconteceu com essas ações cinco anos depois? Mais importante, como essa experiência nos ajuda a encarar um novo desafio: o tarifaço de Trump.
Não foi a Páscoa: o longo prazo ajudou
Como dizem, uma imagem vale mais do que mil palavras.
Leia Também
Sexta-feira, 13: Israel ataca Irã e, no Brasil, mercado digere o pacote do governo federal
Labubu x Vale (VALE3): quem sai de moda primeiro?
Zoom foi claramente uma das empresas mais beneficiadas pela pandemia, já que todas as reuniões passaram a ser online naquela época. Mas tudo tem preço, e por 150 vezes seus lucros, esse preço parecia alto demais para se pagar em março de 2020.
O longo prazo parece ter concordado conosco, já que desde então o papel se desvalorizou -42%, mesmo com a plataforma sendo cada vez mais utilizada por milhões de pessoas ao redor do mundo.
Do outro lado da moeda estavam Itaú e Localiza, que tinham sido negativamente impactadas pela pandemia, mas combinavam qualidade e valuation capazes de reverter a situação em um horizonte mais dilatado.
Neste caso, o longo prazo também concordou conosco: Localiza se valorizou +45%, enquanto Itaú subiu +137% desde aquela Páscoa.
Esse episódio é importante pois diferencia a compra de uma ação baseada apenas em uma euforia de curto prazo das teses realmente fundamentadas em valuation e qualidade das empresas.
Euforias são divertidas, mas passam rápido e normalmente terminam mal para os acionistas. Enquanto isso, teses bem fundamentadas normalmente são monótonas e às vezes até demoram um pouco para se provarem. Mas são elas que vão te ajudar a conquistar a tão sonhada independência financeira.
- Leia também: Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção
Não é preciso ter bola de cristal
Se o assunto naquela época era a pandemia, hoje só se fala nas tarifas de Trump e como elas podem afetar as empresas.
Olha, eu não sei o que vai acontecer no mês que vem, nem qual será a decisão após a tal pausa de 90 dias e nem o exato impacto em cada uma das companhias.
O que eu sei é que ações de empresas boas e que negociam com valuation interessante normalmente contarão com a ajuda do longo prazo, como já vimos no caso de Itaú e Localiza.
As duas seguem líderes em seus setores e com claras vantagens competitivas, mesmo com eventuais contratempos que possam surgir no meio caminho .
E se você quer saber se eu ainda gosto de Itaú e Localiza, a resposta é sim, e eu já estou ansioso pela coluna de Páscoa de 2030.
Um abraço e até a próxima semana!
Ruy
Construtoras avançam com nova faixa do Minha Casa, e guerra comercial entre China e EUA esfria
Seu Dinheiro entrevistou o CEO da Direcional (DIRR3), que falou sobre os planos da empresa; e mercados globais aguardam detalhes do acordo entre as duas maiores potências
Pesou o clima: medidas que substituem alta do IOF serão apresentadas a Lula nesta terça (10); mercados repercutem IPCA e negociação EUA-China
Entre as propostas do governo figuram o fim da isenção de IR dos investimentos incentivados, a unificação das alíquotas de tributação de aplicações financeiras e a elevação do imposto sobre JCP
Felipe Miranda: Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve
O anúncio do pacote alternativo ao IOF é mais um reforço à máxima de que somos o país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Insistimos num ajuste fiscal centrado na receita, sem anúncios de corte de gastos.
Celebrando a colheita do milho nas festas juninas e na SLC Agrícola, e o que esperar dos mercados hoje
No cenário global, investidores aguardam as negociações entre EUA e China; por aqui, estão de olho no pacote alternativo ao aumento do IOF
Azul (AZUL4) no vermelho: por que o negócio da aérea não deu samba?
A Azul executou seu plano com excelência. Alcançou 150 destinos no Brasil e opera sozinha em 80% das rotas. Conseguiu entrar em Congonhas. Chegou até a cair nas graças da Faria Lima por um tempo. Mesmo assim, não escapou da crise financeira.
A seleção com Ancelotti, e uma empresa em baixa para ficar de olho na bolsa; veja também o que esperar para os mercados hoje
Assim como a seleção brasileira, a Gerdau não passa pela sua melhor fase, mas sua ação pode trazer um bom retorno, destaca o colunista Ruy Hungria
A ação que disparou e deixa claro que mesmo empresas em mau momento podem ser ótimos investimentos
Às vezes o valuation fica tão barato que vale a pena comprar a ação mesmo que a empresa não esteja em seus melhores dias — mas é preciso critério
Apesar da Selic, Tenda celebra MCMV, e FII do mês é de tijolo. E mais: mercado aguarda juros na Europa e comentários do Fed nos EUA
Nas reportagens desta quinta, mostramos que, apesar dos juros nas alturas, construtoras disparam na bolsa, e tem fundo imobiliário de galpões como sugestão para junho
Rodolfo Amstalden: Aprofundando os casos de anomalia polimórfica
Na janela de cinco anos podemos dizer que existe uma proporcionalidade razoável entre o IFIX e o Ibovespa. Para todas as outras, o retorno ajustado ao risco oferecido pelo IFIX se mostra vantajoso
Vanessa Rangel e Frank Sinatra embalam a ação do mês; veja também o que embala os mercados hoje
Guerra comercial de Trump, dados dos EUA e expectativa em relação ao IOF no Brasil estão na mira dos investidores nesta quarta-feira
O Brasil precisa seguir as ‘recomendações médicas’: o diagnóstico da Moody’s e o que esperar dos mercados hoje
Tarifas de Trump seguem no radar internacional; no cenário local, mercado aguarda negociações de Haddad com líderes do Congresso sobre alternativas ao IOF
Crônica de uma ruína anunciada: a Moody’s apenas confirmou o que já era evidente
Três reformas estruturais se impõem como inevitáveis — e cada dia de atraso só agrava o diagnóstico
Tony Volpon: O “Taco Trade” salva o mercado
A percepção, de que a reação de Trump a qualquer mexida no mercado o leva a recuar, é uma das principais razões pelas quais estamos basicamente no zero a zero no S&P 500 neste ano, com uma pequena alta no Nasdaq
O copo meio… cheio: a visão da Bradesco Asset para a bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje
Com feriado na China e fala de Powell nos EUA, mercados reagem a tarifas de Trump (de novo!) e ofensiva russa contra Ucrânia
Você já ouviu falar em boreout? Quando o trabalho é pouco demais: o outro lado do burnout
O boreout pode ser traiçoeiro justamente por não parecer um problema “grave”, mas há uma armadilha emocional em estar confortável demais
De hoje não passa: Ibovespa tenta recuperação em dia de PIB no Brasil e índice favorito do Fed nos EUA
Resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre será conhecido hoje; Wall Street reage ao PCE (inflação de gastos com consumo)
A Petrobras (PETR4) está bem mais próxima de perfurar a Margem Equatorial. Mas o que isso significa?
Estimativas apontam para uma reserva de 30 bilhões de barris, o que é comparável ao campo de Búzios, o maior do mundo em águas ultraprofundas — não à toa a região é chamada de o “novo pré-sal”
Prevenir é melhor que remediar: Ibovespa repercute decisão judicial contra tarifaço, PIB dos EUA e desemprego no Brasil
Um tribunal norte-americano suspendeu o tarifaço de Donald Trump contra o resto do mundo; decisão anima as bolsas
Rodolfo Amstalden: A parábola dos talentos financeiros é uma anomalia de volatilidade
As anomalias de volatilidade não são necessariamente comuns e nem eternas, pois o mercado é (quase) eficiente; mas existem em janelas temporais relevantes, e podem fazer você ganhar uma boa grana
Época de provas na bolsa: Ibovespa tenta renovar máximas em dia de Caged, ata do Fed e recuperação judicial da Azul
No noticiário corporativo, o BTG Pactual anunciou a compra de R$ 1,5 bilhão em ativos de Daniel Vorcaro; dinheiro será usado para capitalizar o Banco Master