A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
A reunião mais importante é a próxima. Nesta quarta-feira, no último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, os dirigentes do Banco Central definirão a Selic para os próximos 45 dias. No entanto, a expectativa do mercado é praticamente unânime de que a taxa deve continuar em 15% ao ano.
Por isso, hoje à noite, os investidores não devem se demorar muito no título do comunicado do Copom; o escrutínio recairá nas explicações sobre a decisão.
A dúvida que paira no ar é se o primeiro corte de juros deve ocorrer já na primeira reunião do ano que vem ou se deve ficar apenas para março. Por isso, todos irão analisar cada vírgula e dado com todo cuidado, como se, nas entrelinhas da mensagem ao mercado, os diretores do BC tivessem escrito qual deve ser o caminho da Selic.
Para tentar entender melhor o que deve ser examinado pelo mercado, a repórter Monique Lima conversou com Luis Felipe Vital, estrategista-chefe de política monetária da Warren e ex-Tesouro Nacional.
Esquenta dos mercados
O mercado vem digerindo mal a candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência. Desde o anúncio, o Ibovespa opera majoritariamente no vermelho, e ontem não foi diferente. O principal índice da B3 fechou o dia em queda de 0,13%, aos 157.981 pontos.
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O cenário internacional também não ajudou, com os principais índices indicando clima de cautela antes da decisão do Federal Reserve (Fed) sobre os juros nos EUA, que serão definidos nesta quarta-feira (10).
Em meio às expectativas, as bolsas asiáticas fecharam o pregão de hoje sem direção única. Enquanto isso, os mercados europeus abrem o dia em queda. Já em Wall Street, os índices futuros de Nova York operam perto da estabilidade.
Por aqui, além de acompanhar a decisão do Copom sobre a Selic, os investidores também digerem a divulgação do IPCA de novembro e a aprovação de regras mais rígidas contra devedor contumaz pela Câmara.
Outros destaques do Seu Dinheiro:
ESTRATÉGIA DO GESTOR
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger. Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real.
CORTAR GASTOS
'Não devemos ficar em berço esplêndido, temos de fazer um esforço fiscal maior', diz Alckmin. “Nós estamos num momento importante, com 5,4% de desemprego, o menor da série histórica, e com 4,4% de inflação, caindo, isso é raro”, afirmou o vice-presidente.
SINAIS CONFUSOS
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA. Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo.
COMENDO PELAS BEIRADAS
Criptomoedas como o bitcoin (BTC) podem ser um risco para os bancos dos EUA, segundo a Fitch — mas há janelas de oportunidade. A agência de classificação de risco aponta benefícios na emissão de stablecoins, na tokenização de depósitos e no uso de tecnologia blockchain.
PIOR QUE A ENCOMENDA
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação. O governo avalia alternativas para reforçar o caixa da empresa, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano.
TUDO EM UM LUGAR SÓ
Cartão de débito internacional em dólar e euro: confira os detalhes da Conta Global integrada ao Superapp do Itaú Personnalité. A ideia é que o cliente tenha a opção disponível em 180 países, 24 horas por dia, sete dias por semana, no mesmo aplicativo em que já concentra sua vida financeira.
INCERTEZAS
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Master. Com liquidação do banco, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da varejista, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure.
SOB PRESSÃO
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso. A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão.
QUEM QUER PROVENTOS?
Com dividendos no radar, Prio (PRIO3) é a queridinha do BTG Pactual, mas preço-alvo cai. A atualização veio na esteira do Investor Day, quando a petroleira forneceu mais detalhes sobre o momentum operacional e as prioridades.
DINHEIRO NO BOLSO
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa. Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total.
OPERAÇÃO MILIONÁRIA
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo. Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro.
VOO AOS STATES
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda. Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta.
DIVIDENDOS NO BOLSO
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas. O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões.
GRANA NO BOLSO
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos. Confira quem tem direito a receber e veja também os prazos de pagamento.
BOAS NOTÍCIAS
Segunda parcela do 13º salário será depositada mais cedo neste ano; veja quando. Com o prazo legal coincidindo com o fim de semana, a segunda parte do décimo terceiro deve ser paga até 19 de dezembro.
CARO ASSIM?
Estes brinquedos já custam quase o mesmo que um smartphone da Samsung; veja a comparação. Modelos premium de Barbie, Lego e itens colecionáveis chegam ao varejo com preços que rivalizam com eletrônicos.
VALENDO!
CNH sem autoescola aprovada: veja como será o novo processo e quanto você vai economizar. As novas regras da CNH sem autoescola, agora dentro do programa CNH do Brasil, reduzem custos, flexibilizam aulas e ampliam o acesso à habilitação.
COMEÇA HOJE
Rock in Rio 2026: venda geral dos ingressos começa hoje; veja preços e como comprar. Festival inicia a venda do Rock in Rio Card às 19h, sem taxa de serviço e com possibilidade de parcelamento; limite é de quatro ingressos por pessoa.
SEM MULTAS
Como vai funcionar a renovação automática da CNH para quem é bom motorista. Novas regras da CNH incluem renovação automática para bons condutores, provas mantidas, instrutores autônomos e queda de até 80% no custo da habilitação.
DEMORADOS E CAÓTICOS
Aeroporto americano é eleito o mais estressante do mundo; Lisboa fica com 2º lugar; veja os destaques do ranking. Estudo da plataforma de comparação de seguros de viagem iSelect avalia critérios como atrasos e cancelamentos de voos, bem como tempo de espera para o check-in, controle de segurança, imigração, alfândega, e restituição de bagagem.
ROUBO DE ARTE
Valor de obras roubadas da Biblioteca Municipal Mário de Andrade pode ultrapassar os R$ 200 mil; confira os valores. Embora os valores do seguro das obras de Matisse e Portinari sejam sigilosos por contrato, especialistas relatam suas projeções, e vendas em leilões dão uma ideia do quanto poderiam custar.
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Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
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Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
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Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central
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