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Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

MERCADOS HOJE

Trump dá uma banana para o mercado e anuncia mais tarifas: bolsa de NY volta a cair e leva o Ibovespa

O presidente norte-americano usou a rede social Truth Social para anunciar tarifas totais de 50% sobre o aço e o alumínio do Canadá. Seis horas depois, voltou atrás — mas foi por um bom motivo

Carolina Gama
11 de março de 2025
12:47 - atualizado às 19:06
donald trump ação de saúde
Donald Trump - Imagem: Canva/Wikimedia Commons - Montagem: Giovanna Figueredo

Há quem diga que a perseverança é fruto da convicção e a teimosia é fruto da arrogância. No caso de Donald Trump, ele está convicto de que o caminho para os EUA serem grandes de novo é pelas tarifas. O republicano ignorou a reação do mercado na segunda-feira (11), dobrou a aposta — e as taxas sobre o Canadá — e fez a bolsa cair de novo. 

Em uma publicação na rede social Truth Social, Trump disse que as tarifas sobre aço e alumínio que incidem sobre o Canadá dobrariam de 25% para 50% a partir de quarta-feira (12).

A reação em Nova York foi imediata: o Dow Jones perdeu mais de 500 pontos, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq aceleram as perdas para perto de 1%. Os três índices acabaram encerrando o dia como começaram: no vermelho. O Dow caiu 1,14%, ou 450 pontos, aos 41.433,48 pontos; o S&P 500 baixou 0,75%, aos 5.572,07 pontos; e o Nasdaq recuou 0,18%, aos 17.436,10 pontos.

Por aqui, o Ibovespa — depois de renovar mínima do dia, aos 122.635,62 pontos — fechou com baixa de 0,81%, aos 123.507,35 pontos. Vale lembrar que amanhã (12), as tarifas dos EUA sobre o aço brasileiro entram em vigor.

Na segunda-feira (10), o Nasdaq teve o pior dia desde setembro de 2022, caindo 4%. O Dow Jones, que perdeu quase 900 pontos, fechou abaixo da média móvel de 200 dias pela primeira vez desde 1º de novembro de 2023.

O movimento levou o Nasdaq ao território de correção, recuando mais de 10% em relação ao recorde estabelecido no final de 2024, enquanto o S&P 500 foi negociado cerca de 9% abaixo da máxima histórica estabelecida em fevereiro.

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Trump não vai parar: convicção ou teimosia?

Ao explicar as tarifas totais de 50% sobre o Canadá, Trump diz que a medida responde à taxa de 25% imposta por Ontário sobre a eletricidade enviada aos EUA. 

Na Truth Social, o republicano afirmou que o Canadá é "um dos países que mais aplicam tarifas no mundo" e exigiu que Ottawa elimine imediatamente a tarifa sobre produtos agrícolas norte-americanos — que varia de "250% a 390% sobre diversos produtos lácteos dos EUA", segundo ele.

"Em breve, declararei uma emergência nacional de eletricidade na área ameaçada", disse Trump, para garantir o abastecimento de energia nos EUA. 

De acordo com ele, a medida permitirá que o país "aja rapidamente para aliviar a ameaça abusiva vinda do Canadá".

Além disso, Trump ameaçou "aumentar substancialmente" tarifas sobre os veículos canadenses a partir de 2 de abril, o que, segundo o presidente norte-americano, "levará ao fechamento permanente da indústria automobilística no Canadá". 

Ele argumenta que "esses carros podem ser facilmente fabricados nos EUA".

Ainda na mesma publicação, Trump afirmou que o Canadá "paga muito pouco pela segurança nacional, contando com os EUA para proteção militar".

O presidente norte-americano voltou a insinuar uma eventual anexação do país, sugerindo que a única solução seria que o Canadá se tornasse "nosso querido 51º primeiro Estado".

Segundo ele, isso eliminaria tarifas e "todos os outros problemas", além de reduzir impostos para os canadenses e reforçar a segurança militar.

Bolsa cai, mas pressão funciona

Depois de anunciar as tarifas em dobro sobre o Canadá, Trump falou com a imprensa. Ele foi questionado sobre o movimento dos mercados e disse que "a bolsa sobe e desce, o mais importante é reconstruir o país".

Segundo ele, a economia norte-americana não vai entrar em recessão. "A economia vai bombar", disse Trump, acrescentando que está muito otimista sobre o crescimento econômico dos EUA.

A retórica do republicano parece ter funcionado. Horas após o anúncio das tarifas, Ontário anunciou a suspensão das taxas sobre a eletricidade enviada aos EUA.

Peter Navarro, conselheiro para o Comércio da Casa Branca, entrou em cena logo depois, afirmando que os EUA não irão impor tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio canadense. Mas a Casa Branca confirmou que as taxas de 25% serão aplicadas a partir de amanhã a todos os países — inclusive para o Brasil.

Em entrevista à CNBC, Navarro foi claro ao afirmar que Trump não aceitará tarifas retaliatórias contra os EUA, reiterando que o governo continuará defendendo tarifas como parte de uma estratégia mais ampla de protecionismo.

Ele também expressou perplexidade diante da queda constante das bolsas de valores desde a posse de Trump, questionando a falta de compreensão dos mercados sobre as mudanças econômicas em curso.

"Não entendo como os mercados não conseguem ver que estamos em uma transição", disse.

*Com informações da CNBC

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