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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

ANTES TARDE DO QUE MAIS TARDE?

JP Morgan rebaixa Natura (NTCO3) após tombo de 30% das ações; empresa lança programa de recompra

Para o banco, tendências operacionais mais fracas de curto prazo e níveis elevados de ruídos devem continuar a fazer preço sobre as ações NTCO3; saiba o que fazer com os papéis agora

Camille Lima
Camille Lima
17 de março de 2025
11:00 - atualizado às 12:08
Fachada de loja da Natura (NATU3)
Fachada de loja da Natura (NATU3) - Imagem: Divulgação/Natura

A Natura (NTCO3) acaba de enfrentar outro revés no mercado financeiro. Após a decepção com o balanço do quarto trimestre, que resultou em uma significativa queda no valor de suas ações no último pregão, a empresa agora é alvo de um rebaixamento pelo JP Morgan.

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Depois das ações perderem quase 30% do valor em um só pregão, o banco norte-americano decidiu reduzir a recomendação de “outperform” para neutra.

O banco também ajustou o preço-alvo fixado para dezembro de 2025, de R$ 21 para R$ 15. Mesmo com o corte, a nova cifra ainda prevê uma valorização potencial de quase 58% em relação ao último fechamento. 

Para os analistas, tendências operacionais mais fracas de curto prazo e níveis elevados de ruídos devem continuar a pesar sobre as ações.

A retomada do interesse por NTCO3 dependerá justamente da confirmação de tendências operacionais mais robustas nos próximos meses, segundo o banco.

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Na abertura da sessão desta segunda-feira (17), inclusive, os papéis NTCO3 estendem as perdas como uma das maiores baixas do Ibovespa, com queda de 4,00% na primeira hora de negociação, a R$ 9,12.

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Por que as ações da Natura (NTCO3) derreteram — e o que esperar agora?

O JP Morgan atribui a performance tão negativa de NTCO3 na sessão passada à completa frustração dos investidores com o resultado da Natura.

Até então, as principais operações na América Latina mostravam tendências positivas, com sinais de melhorias contínuas impulsionadas pela simplificação dos negócios e pela desalavancagem.

No entanto, o balanço do 4T24 caiu sobre os investidores como um balde de água fria, com uma rentabilidade significativamente aquém da esperada, pressionada pelas margens brutas e pelo aumento das despesas.

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“Os resultados positivos da integração da Avon na América Latina impulsionaram uma maior rentabilidade. No entanto, resultados recentes interromperam as tendências de melhoria, limitando a visibilidade de médio prazo, dada a margem bruta significativamente mais fraca e despesas mais pesadas”, apontaram os analistas.

O JP Morgan também destaca a frustração intensificada pelos constantes ajustes no balanço da Natura, com a presença de itens não recorrentes que “parecem cada vez mais recorrentes”. 

O banco avalia que esse cenário mina a confiança na capacidade de execução da Natura, levantando dúvidas sobre a melhora das margens na operação latino-americana e a recorrência de ajustes nos resultados, obscurecendo a visibilidade de médio a longo prazo.

“O negócio principal na América Latina, que não se mostra tão saudável quanto se esperava, enfraquece a tese de curto prazo de uma sólida ‘vaca leiteira’ emergindo após a integração das operações da Avon LatAm na estrutura da Natura”, analisou o banco. 

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Natura (NTCO3): lucro e valuation 

Diante de perspectivas menos otimistas para o curto prazo, o JP Morgan reduziu suas projeções de lucro para a Natura em quase 30%, refletindo margens brutas mais pressionadas e despesas mais elevadas.

Com as estimativas de lucratividade mais modestas, o valuation da Natura agora apresenta um múltiplo de 11,8 vezes o preço/lucro estimado para 2025, com um prêmio em relação a outras empresas do varejo brasileiro e latino-americano. 

“Dada a visibilidade turva dos resultados, consideramos improvável uma reavaliação das ações no atual ambiente de mercado”, ponderou o JP Morgan

Outro banco que assumiu perspectivas mais conservadoras para a Natura (NTCO3) é o Itaú BBA, que acaba de cortar o preço-alvo de R$ 17,00 para R$ 14,00 em meio às incertezas em ascensão.

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"É difícil dizer se o tese estrutural mudou (improvável), mas o cronograma e o ritmo de entrega podem ter alterado. Dada a dinâmica do mercado brasileiro, o interesse na tese pode diminuir, com apenas trimestres mais limpos e mais fortes provavelmente revertendo essa tendência", avaliaram os analistas.

Para o banco, a Natura (NTCO3) continua sendo um dos modelos de negócios mais atraentes na cobertura e, após anos otimizando a estrutura de capital e fazendo as realocações de ativos corretas, "a empresa agora está melhor posicionada para focar totalmente nos negócios após a resolução da Avon".

Após a turbulência, a recompra de ações

Em paralelo ao rebaixamento de sua recomendação, a Natura&Co (NTCO3) anunciou nesta manhã um novo programa de recompra de ações

A companhia planeja adquirir até 6,2% do total de ações atualmente em circulação, o que equivale a pouco mais de 52,6 milhões de ações ordinárias NTCO3. O programa teve início nesta segunda-feira (17) e poderá se estender por 12 meses, até 17 de março de 2026.

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A justificativa da empresa para a recompra é maximizar a geração de valor para os acionistas por meio de uma gestão eficiente de sua estrutura de capital. 

É importante lembrar que as ações da NTCO3 perderam quase metade de seu valor no último ano, acumulando uma desvalorização de cerca de 46% na B3 em 12 meses.

As transações de recompra geralmente indicam que a administração da empresa acredita que suas ações estão subvalorizadas no mercado. No entanto, existem outros motivos para a aprovação de um programa de recompra, como:

  • A empresa acredita que suas ações estão baratas ou mal avaliadas pelo mercado;
  • A companhia precisa distribuir ações aos executivos como bônus e não quer emitir novos papéis;
  • Ela quer gerar valor ao acionista que continua em sua base, apesar da instabilidade  do mercado.

Vale lembrar que a recompra é justamente uma das maneiras que uma empresa pode escolher para remunerar seus acionistas, funcionando como um “pagamento indireto de dividendos”. 

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Caso a companhia decida cancelar as ações recompradas, o acionista se beneficia por acabar com uma participação proporcionalmente maior na empresa após a operação, tendo, consequentemente, direito a uma fatia maior dos lucros e dividendos futuros. 

Em contrapartida, a recompra de ações pode reduzir a liquidez dos papéis na bolsa, uma vez que menos ações estarão disponíveis para negociação no mercado.

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