JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Empresas em liquidação? Os juros, que se mantêm em níveis elevados há um bom tempo, afetaram o valor das companhias abertas na bolsa, que ficaram atraentes para aquisições. Considerando o valor em dólar, então, o desconto é ainda maior.
Assim, muitas brasileiras negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira, foram compradas por empresas fechadas, principalmente estrangeiras — é o caso da Santos Brasil (STBP3), Clearsale (CLSA3), Serena Energia (SRNA3) e Wilson Sons (PORT3).
A sede francesa do Carrefour decidiu fazer uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) e tirar a sua divisão brasileira da bolsa. Já a Eletromidia (ELMD3) foi adquirida pela Globo, nacional.
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos. Só neste ano, pelo menos nove companhias disseram adeus à bolsa brasileira. Entenda melhor a tendência e os motivos por trás dela nesta matéria aqui.
Veja abaixo a lista das companhias que deram adeus à B3 neste ano.
Clearsale (CLSA3)
Depois que a Clearsale foi totalmente vendida para a Serasa, da irlandesa Experian, as ações da empresa deixaram de ser negociadas na bolsa em abril. A aquisição foi anunciada em outubro de 2024, mas concluída apenas este ano.
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A Serasa avaliou a empresa de soluções antifraude e análise de risco para o e-commerce a menos da metade do valor de mercado da época da abertura de capital, em julho de 2021.
Eletromidia (ELMD3)
A Globo comprou a participação do fundo Vesuvius LBO na Eletromidia e passou a ser a controladora da empresa de publicidade em novembro de 2024. Ela havia feito IPO em fevereiro de 2021.
Já no ato da compra, a Globo anunciou sua intenção de comprar o restante das ações e retirar a empresa do mercado.
Após a conclusão da OPA em abril, a Eletromidia cancelou seu registro na B3 em 2 de julho de 2025, tornando-se uma empresa de capital fechado.
Kora Saúde (KRSA3)
O acionista controlador da Kora Saúde (KRSA3), o fundo Viso Advantage, veículo da gestora de private equity HIG, anunciou a oferta de aquisição dos papéis em fevereiro deste ano, finalizando-a em abril. A ideia é lidar melhor com a dívida sem a pressão de acionistas.
A saída aconteceu pouco mais de três anos depois do IPO. Foi a segunda tentativa da HIG de tirar a Kora da bolsa. A primeira OPA, de maio do ano passado, foi barrada pela B3, já que dois acionistas (os médicos fundadores Bruno Moulin Machado e Ivan Lima) não poderiam participar da reunião, por vínculo com o controlador.
Carrefour (CRFB3)
O Carrefour Brasil deu adeus à bolsa em maio, com valor 44% menor do que o de seu IPO, oito anos atrás. A estreia do grupo no mercado de capitais brasileiro, em 2017, chamou atenção pelo valor levantado.
Mas a inflação elevada e a perda do poder de compra do consumidor atrapalharam a rede, inclusive o Atacadão, seu maior trunfo.
A decisão foi da matriz francesa, que já detinha 70% de participação na brasileira e comprou a fatia restante para simplificar a operação e acelerar decisões estratégicas. A rede foi incorporada à companhia listada na França, unificando as bases acionárias.
Atualmente é possível investir no Carrefour via recibo de ações (BDR), por meio da varejista francesa CSA (CAFR31).
Zamp, antiga BK Brasil (ZAMP3)
Com uma OPA finalizada em setembro, a Zamp, que controla a operação das redes Burger King, Popeyes, Starbucks e Subway no Brasil, teve todas as suas ações compradas pela acionista controladora MC Brazil F&B Participações SA, ligada ao fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Capital LLC.
A empresa irá deslistar seus papéis e permanecerá apenas como empresa da categoria B (que pode emitir outros valores mobiliários, mas não ações).
A ideia era simplificar a estrutura corporativa da Zamp. A controladora comprou papéis em circulação por R$ 3,50 - muito abaixo do preço do IPO, de R$ 18.
Santos Brasil (STBP3)
Em outubro, a francesa CMA Terminals concluiu o leilão da oferta pública de aquisição das ações da Santos Brasil por R$ 14,38 por ação.
O objetivo era reduzir custos regulatórios e administrativos, já que a empresa não tinha intenção de fazer novas captações no mercado de capitais. Além disso, os papéis estavam com baixa liquidez.
JBS (JBSS3)
Ao contrário de outras empresas, que saíram imersas em dificuldades, as ações da JBS (JBSS3) se despediram da B3 em grande estilo. A empresa decidiu fazer sua listagem nos Estados Unidos, na bolsa de Nova York (NYSE).
No último dia de negociação na bolsa brasileira, os papéis da gigante do setor de proteínas lideraram os ganhos do Ibovespa. É possível acompanhar a empresa pelo BDR JBSS32.
Wilson Sons (PORT3)
Uma das empresas mais antigas em operação no país, com 187 anos, também deu adeus à bolsa neste ano. A Wilson Sons (PORT3) teve sua última negociação em outubro, com o leilão da oferta pública de aquisição de ações unificada. A companhia chegou à bolsa em 2007.
O pedido para a OPA foi protocolado pela SAS Shipping Agencies Services Sàrl, subsidiária do grupo suíço MSC e controladora da Wilson Sons, em junho.
Fundada em 1837 em Salvador, BA, pelos irmãos escoceses Edward e Fleetwood Pellew Wilson, a companhia começou como uma empresa de serviços marítimos e de apoio portuário, principalmente para o transporte de carvão.
A história da empresa é mais antiga que a república brasileira. Ao inaugurar um dique de na Ilha de Mocanguê, Niterói (RJ) em 1867, a empresa contou com a presença da Família Real: Imperador Pedro II, Imperatriz Teresa Cristina e Princesa Isabel estiveram no evento.
Serena Energia (SRNA3)
A Serena Energia (SRNA3) ganhou um novo controlador, que vai fechar o seu capital. A Ventos Alísios Participações Societárias adquiriu no início de novembro o equivalente a 64,8% da elétrica.
A companhia, que desenvolve e opera ativos de energia renovável, estreou na bolsa brasileira em 2017, sob o nome de Omega Energia (MEGA3). Já em 2021, a empresa se uniu à Omega Desenvolvimento e, em dezembro de 2023, passou a se chamar Serena Energia, com o ticker SRNA3.
Porém, a partir de 2024, a companhia viu o valor dos papéis despencar na bolsa, em meio ao processo de redução de dívidas da empresa.
Ela conseguiu diminuir a dívida, mas, com a queda no seu preço de mercado, a Serena e seus principais acionistas passaram a ser abordados com maior frequência por investidores interessados em investir na companhia, segundo informou a própria empresa em fevereiro deste ano.
Veja o que ainda está para acontecer:
- Banco Pan (BPAN4): Em outubro, o BTG Pactual (BPAC11) anunciou que vai incorporar integralmente o banco especializado em crédito de veículos e consignado, transformando-o em uma subsidiária indireta e completa do grupo. Atualmente, o BTG já detém quase 77% do Pan, que se tornou o canal do banco para atender os clientes da classe C.
- Gol (GOLL54): A Gol quer voar nos ares norte-americanos. Em outubro, a holding controladora da companhia aérea Gol, Abra, anunciou que pretende fazer uma oferta pública inicial de ações nos Estados Unidos e sair da B3. Além da Gol, a Abra controla a companhia aérea sul-americana Avianca. A mudança depende de cenários favoráveis. A empresa também afirmou que vai propor aos acionistas uma reorganização societária.
- Tekno (TKNO4): A Tekno, empresa com sede no estado de São Paulo e que fabrica pintura de bobinas e chapas metálicas em geral, vendeu 89,69% das ações à Dânica, empresa em recuperação judicial e controlada indiretamente pela ArcelorMittal Brasil. Com isso, a companhia protocolou, na CVM, um pedido para a OPA. A Tekno está listada na B3 desde 1977.
- O número de companhias abandonando a B3 pode aumentar, com a possível saída da distribuidora elétrica Neoenergia e da provedora de internet Desktop. A família fundadora do grupo Toky (TOKY3), resultado da fusão entre as marcas Mobly e Tok&Stok, tentou adquirir o controle da companhia e fechar o capital com uma oferta de R$ 0,68 por ação, mas a proposta acabou não saindo do papel.
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