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Patrick Fuentes

Patrick Fuentes

Jornalista formado pela ECA-USP, foi repórter de Economia na Folha de S.Paulo e na CNN Brasil. Atualmente, atua na cobertura de empresas no Seu Dinheiro.

SEM FOME NO MOMENTO

Investidor gringo perde o apetite por bancos brasileiros, segundo o Itaú BBA — mas Banco do Brasil (BBAS3) e Nubank (ROXO34) ainda estão no cardápio; entenda os motivos

Segundo o banco, investidores globais estão mais cautelosos na bolsa brasileira, mas ainda veem potencial se cenário macroeconômico ajudar

Executivo se despedindo da B3 - Imagem: SD com ChatGPT

O menu de ativos financeiros no Brasil parece continuar cheio de opções para escolher, mas o apetite dos investidores gringos parece ter diminuído, de acordo com o Itaú BBA nesta terça-feira (29).

Nesse contexto, alguns bancos brasileiros ainda figuram como iguarias tentadoras para acabar no prato dos apreciadores gringos, sendo o Banco do Brasil (BBAS3) e o Nubank (ROXO34) as principais delas.

Segundo o Itaú BBA, muitos investidores já conseguiram lucros com ações que vinham performando bem ao longo de 2025 e agora migraram para papéis menos voláteis ou estão aguardando novos gatilhos antes de voltarem a comprar.

Só que o cenário brasileiro não é preto no branco, ressalta o Itaú BBA, algo positivo, já que o torna atrativo para investidores globais, acostumados com as disputas políticas e comerciais do Brasil.

Os dados da B3 confirmam a tendência: responsáveis por 58% do total negociado na bolsa brasileira, os investidores gringos já retiraram R$ 4,13 bilhões no mês, segundo a parcial de julho da B3 até o dia 16.

Essa retirada representa o pior desempenho mensal do capital externo em 2025 até o momento.

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O Itaú BBA ressalta que, além das movimentações de fluxo, é preciso acompanhar os impactos indiretos nas taxas de juros e nas decisões de política econômica que podem surgir dessa reavaliação de risco.

Banco do Brasil segue nos holofotes 

O Banco do Brasil vem chamando atenção entre os grandes bancos brasileiros, especialmente entre investidores com foco em valor, de acordo com o Itaú BBA.

Com a ação negociada com desconto frente ao patrimônio líquido e uma possível recuperação do retorno sobre o patrimônio (ROE) no radar, a dúvida agora é o timing da retomada, com potencial de reprecificação no médio prazo, em linha com um cenário macroeconômico mais estável.

É claro que os investidores globais têm em mente que os lucros ainda devem continuar pressionados pelos próximos trimestres. A expectativa é de que o custo do risco melhore apenas no segundo semestre de 2026.

Na conta gringa, segundo o BBA, ainda entra o rendimento do dividendo do BB, projetado em cerca de 6%, o que pode ser menos atraente, especialmente se houver corte no payout.

Nubank na boca dos gringos — mas com ressalvas

Na mais recente rodada de reuniões com investidores no exterior, o Nubank e o Banco do Brasil foram os nomes mais debatidos do setor financeiro brasileiro. O Itaú BBA afirma que o banco digital levanta dúvidas sobre a sustentabilidade de seu crescimento.

Nas conversas com investidores internacionais, o Itaú BBA percebeu cautela crescente com o banco digital, mesmo sendo uma das ações mais presentes nas carteiras globais.

A tese de crescimento segue viva, entretanto, a concentração em cartões de crédito e no público de baixa renda acende alertas. A expectativa, segundo os analistas, fica em torno de:

  • Reaceleração do crédito via cartões no Brasil;
  • Auxílio dos modelos de inteligência artificial (IA) mais assertivos para definir limites;
  • Crescimento sólido em empréstimos pessoais;
  • Redução no custo de captação no México, o que pode ampliar lucros.

Aversão ao risco esfria apetite — porém cenário pode virar com queda nos juros

O interesse por ações mais sensíveis ao risco, como BTG Pactual (BPAC11), B3 (B3SA3) e XP (XPBR31), perdeu força com o aumento das incertezas sobre o Brasil, na visão do Itaú BBA. Mas, caso a economia volte a mostrar sinais de desaceleração e os juros recuem, isso poderia reacender o apetite por esses ativos.

O BTG ainda é visto como uma aposta de qualidade, com bom histórico de execução em tempos difíceis e espaço para valorização. Com papéis negociados abaixo de 10 vezes o lucro esperado, as ações continuam atrativas.

Já a B3, segundo os analistas, ganhou mais atenção de estrangeiros do que de investidores locais, puxada por um rendimento de dividendos em torno de 8% e um modelo de negócios considerado simples.

A XP também entrou no radar gringo, após as reuniões do exterior do Itaú BBA. A avaliação e o potencial de crescimento em um cenário mais benigno agradam. Contudo, a falta de gatilhos macroeconômicos e dúvidas sobre o modelo de negócios podem continuar pressionando um potencial retorno do papel.

Cresce o interesse pelos bancos da Argentina

O Itaú BBA afirma que outro ponto notado durante a nova rodada de reuniões é o aumento do interesse nos bancos da Argentina, inclusive por investidores que, até pouco tempo atrás, consideravam os papéis caros.

Agora, a opinião gringa é que as instituições financeiras hermanas possuem múltiplos mais razoáveis, cerca de 1,3 vez o valor patrimonial.

O foco dos investidores globais, segundo o BBA, está nos próximos resultados dos bancos da Argentina, especialmente sobre as margens financeiras, depósitos e inadimplência no segundo trimestre deste ano.

A expectativa é de que o retorno sobre o patrimônio (ROE) ainda fique fraco nos próximos trimestres, mas há sinais positivos a serem acompanhados.

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