Ibovespa dispara quase 3 mil pontos com duplo recorde; dólar cai mais de 1% e fecha no menor patamar em sete meses, a R$ 5,60
A moeda norte-americana recuou 1,32% e terminou a terça-feira (13) cotada a R$ 5,6087, enquanto o Ibovespa subiu 1,74% e encerrou o dia aos 138.963 pontos; minério de ferro avançou na China e CPI dos EUA veio em linha com projetado

O caminho pode ser difícil, mas há dias em que tudo parece conspirar a favor. Nesta terça-feira (13), o mercado brasileiro teve um desses momentos: o dólar fechou no menor patamar em sete meses, enquanto o Ibovespa saltou quase 3 mil pontos e registrou um duplo recorde — um respiro depois de uma sessão anterior fraca e descolada do exterior.
O dólar à vista encerrou o dia em R$ 5,6087, com queda de 1,32% frente ao real. Já o Ibovespa subiu 1,74%, aos 138.963,11 pontos, novo recorde nominal de fechamento. O nível anterior havia sido alcançado em 28 de agosto de 2024, aos 137.343,96 pontos.
Durante o pregão, o principal índice da bolsa brasileira também cravou uma nova máxima intradia, aos 139.418,97 pontos — superando a marca anterior de 137.634,57 pontos, registrada em 8 de maio.
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Banco do Brasil, BRF, Cosan e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
Lá fora, os principais índices de Nova York encerraram o pregão em direções opostas. O S&P 500 avançou 0,72%, aos 5.886 pontos, enquanto o Dow Jones recuou 0,64%, fechando em 42.140 pontos. Já a Nasdaq teve o melhor desempenho do dia, com alta de 1,61%, encerrando aos 19.010 pontos.
O que explica a recente queda do dólar?
A desvalorização do dólar frente ao real foi impulsionada por uma série de fatores. Um dos principais foi a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano, na semana passada.
No documento, o Banco Central (BC) destacou que as incertezas em torno da política econômica dos EUA e da guerra tarifária com a China impactam as expectativas de inflação, mesmo que ainda ancoradas. O texto reforça que o cenário externo “mostra-se adverso e particularmente incerto”.
Leia Também
Para o mercado, a ata foi considerada neutra, mas reforçou a percepção de que o ciclo de alta da Selic chegou ao fim.
“O plano atual do Comitê parece ser manter a taxa Selic inalterada nas próximas reuniões, ainda que sem um compromisso firme nesse sentido”, afirmou Caio Megale, economista-chefe da XP.
- VEJA MAIS: Com Selic a 14,75% ao ano, ‘é provável que tenhamos alcançado o fim do ciclo de alta dos juros’, defende analista – a era das vacas gordas na renda fixa vai acabar?
As bolsas e o alívio internacional
Quem também deu fôlego à bolsa brasileira nesta terça-feira foram as commodities. O minério de ferro subiu mais de 1% na bolsa de Dalian, na China, enquanto o petróleo encerrou o dia em alta. Como grande exportador de matérias-primas, o Brasil tende a se beneficiar diretamente do avanço desses preços no mercado internacional.
Do exterior, veio mais uma dose de alívio. O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos avançou 0,2% em abril, em linha com as projeções dos analistas. No acumulado de 12 meses, a inflação americana ficou em 2,3%, ligeiramente abaixo do esperado.
Apesar de não ser o indicador inflacionário favorito do Federal Reserve (Fed), o CPI é acompanhado de perto por investidores como um termômetro da trajetória dos juros. O resultado ajudou a consolidar as apostas de que o Fed pode cortar os juros em 50 pontos-base até dezembro, mantendo, por ora, a taxa na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.
Outro fator que contribuiu para o bom humor dos mercados foi o acordo temporário entre EUA e China, anunciado no fim de semana. As duas maiores economias do planeta concordaram em reduzir as tarifas por 90 dias, estabelecendo uma trégua na guerra comercial.
Nesse intervalo, as tarifas dos EUA sobre produtos chineses caem de 145% para 30%, enquanto a China reduzirá suas taxas de 125% para 10% sobre bens norte-americanos — um movimento que reacendeu o otimismo com o comércio global.
*Com informações do Money Times
Pátria Escritórios (HGRE11) na carteira: BTG Pactual vê ainda mais dividendos no radar do FII
Não são apenas os dividendos do fundo imobiliários que vêm chamando a atenção do banco; entenda a tese positiva
Fim da era do “dinheiro livre”: em quais ações os grandes gestores estão colocando as fichas agora?
Com a virada da economia global e juros nas alturas, a diversificação de investimentos ganha destaque. Saiba onde os grandes investidores estão alocando recursos atualmente
Excepcionalismo da bolsa brasileira? Não é o que pensa André Esteves. Por que o Brasil entrou no radar dos gringos e o que esperar agora
Para o sócio do BTG Pactual, a chave do sucesso do mercado brasileiro está no crescente apetite dos investidores estrangeiros por mercados além dos EUA
Bolsa em alta: investidor renova apetite por risco, S&P 500 beira recorde e Ibovespa acompanha
Aposta em cortes de juros, avanço das ações de tecnologia e otimismo global impulsionaram Wall Street; no Brasil, Vale, Brasília e IPCA-15 ajudaram a B3
Ibovespa calibrado: BlackRock lançará dois ETFs para investir em ações brasileiras de um jeito novo
Fundos EWBZ11 e CAPE11 serão listados no dia 30 de junho e fazem parte da estratégia da gestora global para conquistar mais espaço nas carteiras domésticas
Todo mundo quer comprar Bradesco: Safra eleva recomendação para ações BBDC4 e elege novos favoritos entre os bancões
Segundo o Safra, a mudança de preferência no setor bancário reflete a busca por “jogadores” com potencial para surpreender de forma positiva
Apetite do TRXF11 não tem fim: FII compra imóvel ocupado pelo Assaí após adicionar 13 novos ativos na carteira
Segundo a gestora, o ativo está alinhado à estratégia do fundo de investir em imóveis bem localizados e que beneficia os cotistas
Até os gringos estão com medo de investir no Banco do Brasil (BBAS3) agora. Quais as novas apostas dos EUA entre os bancos brasileiros?
Com o Banco do Brasil em baixa entre os investidores estrangeiros, saiba em quais ações de bancos brasileiros os investidores dos EUA estão apostando agora
FIIs de papel são os preferidos do Santander para estratégia de renda passiva; confira a carteira completa de recomendação
Fundos listados pelo banco tem estimativas de rendimento com dividendos de até 14,7% em 12 meses
Mesmo com petroleiras ‘feridas’, Ibovespa sobe ao lado das bolsas globais; dólar avança a R$ 5,5189
Cessar-fogo entre Israel e Irã fez com que os preços da commodity recuassem 6% nesta terça-feira (24), arrastando as empresas do setor para o vermelho
Não é hora de comprar Minerva (BEEF3): BTG corta preço-alvo das ações, mas revela uma oportunidade ainda mais suculenta
Os analistas mantiveram recomendação neutra para as ações BEEF3, mas apontaram uma oportunidade intrigante que pode mexer com o jogo da Minerva
CVC (CVCB3) decola na B3: dólar ajuda, mas otimismo do mercado leva ação ao topo do Ibovespa
A recuperação do apetite ao risco, o fim das altas da Selic e os sinais de trégua no Oriente Médio renovam o fôlego das ações ligadas ao consumo
É hora do Brasil: investidores estrangeiros estão interessados em ações brasileiras — e estes 4 nomes entraram no radar
Vale ficou para trás nos debates, mas uma outra empresa que tem brilhado na bolsa brasileira mereceu uma menção honrosa
Ações da São Martinho (SMTO3) ficam entre as maiores quedas do Ibovespa após resultado fraco e guidance. É hora de pular fora?
Do lado do balanço, o lucro líquido da companhia encolheu 83,3% no quarto trimestre da safra 2024/2025 (4T25); veja o que dizem os analistas
Porto Seguro (PSSA3) e Grupo Mateus (GMAT3) vão distribuir mais de R$ 450 milhões em JCP; confira os detalhes
A seguradora ainda não tem data para o pagamento, já o Grupo Mateus deposita os proventos ainda neste ano, mas vai demorar
Retaliação: Irã lança mísseis contra bases dos EUA, e petróleo desaba no exterior; Petrobras (PETR4) cai na B3
Após a entrada dos EUA no conflito, o Irã lançou mísseis contra a base aérea norte-americana no Catar, segundo agências de notícias
Comprado em Brasil: UBS eleva recomendação para ações e vê país como segundo mercado mais atraente entre os emergentes; veja o porquê
Banco suíço considera as ações do Brasil “baratas” e vê gatilhos para recuperação dos múltiplos de avaliação à frente
Por que o mercado não se apavorou com o envolvimento dos EUA no conflito entre Irã e Israel? Veja como está a repercussão
Mesmo com envolvimento norte-americano no conflito e ameaça de fechamento do estreito de Ormuz, os mercados estão calmos. O que explica?
Petróleo a US$ 130 e Petrobras (PETR4) nas alturas? Como a guerra entre Israel e Irã após o ataque histórico dos EUA mexe com seu bolso
Casas de análise e especialistas dão pistas do que pode acontecer com os mercados a partir desta segunda-feira (23), quando as negociações são retomadas; confira os detalhes
O que pensa uma das mentes mais importantes de Wall Street sobre a escalada do conflito entre Israel e Irã
Mohamed El-Erian, um dos economistas mais renomados do mundo, arrisca algumas previsões sobre a reação das bolsas daqui para frente