Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
A inteligência artificial (IA) define “fazer história” como algo marcante ou notável, que será lembrado; um feito grandioso. E foi isso que os investidores viram na bolsa brasileira. O Ibovespa rompeu nesta terça-feira (11) mais uma mar, os 158 mil pontos, e igualou a maior sequência de ganhos — vista apenas 1994, quando o índice registrou 15 altas seguidas.
Desta vez, uma dupla patrocinou o avanço do Ibovespa: a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e o índice de preços para o consumidor amplo (IPCA), ambos divulgados mais cedo.
Na ata, o Banco Central admitiu avanços em curso decorrentes do aperto monetário promovido, embora tenha enfatizado que ainda não são suficientes no contexto da convergência da inflação à meta. O documento ainda reforça que os vetores inflacionários permanecem adversos, o que prescreve a manutenção da política monetária contracionista "por período bastante prolongado".
- SAIBA MAIS: Investir com inteligência começa com boa informação: Veja as recomendações do BTG Pactual liberadas gratuitamente pelo Seu Dinheiro
Para os analistas do BTG Pactual, Iana Ferrão, Bruno Balassiano e Bruno Martins, o documento reitera o tom geral hawkish [favorável ao aperto monetário] do comunicado, mas traz elementos dovish [favorável ao afrouxamento monetário], que agradam o mercado.
“O comitê incorporou, já nesta reunião, uma estimativa preliminar do impacto da ampliação da isenção do imposto de renda nas projeções (sem detalhar o valor); o tom sugere maior convicção de que a desaceleração da atividade está se materializando conforme o esperado; e há reconhecimento objetivo da melhora da inflação corrente e da queda das expectativas Focus — ainda que estes dois últimos pontos sejam, sobretudo, constatações factuais”, diz o trio em relatório.
O IPCA reforçou a tendência de arrefecimento da inflação. Em outubro, o índice subiu 0,09%, abaixo da projeção do Itaú Unibanco de 0,17%. Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,7%, ante 5,2% em setembro.
Leia Também
O banco destaca que houve surpresa de baixa nos industriais subjacentes, que refletem, em parte, a queda dos índices gerais de preços (IGPs) e, possivelmente, alguma antecipação da Black Friday.
"Essa divulgação traz viés de baixa para nossa projeção do ano", afirma o relatório assinado pela economista Luciana Rabelo. A projeção recente do Itaú é de 4,6%.
Depois da máxima de 158.467,21 pontos alcançada ao longo do dia, o Ibovespa fechou com alta de 1,60%, aos 157.748,60 pontos. No ano, o principal índice da bolsa brasileira acumula alta de 23,4%.
O dólar à vista encerrou o dia em queda de 0,64%, cotado a R$ 5,2731. Na mínima do dia, a moeda norte-americana chegou a valer R$ 5,2642. O ajuste de baixa esteve sintonizado com a desvalorização externa predominante ante pares principais e moedas emergentes.
ELEIÇÕES e BOLSA: a estratégia com Lula 4 ou centro-direita na Presidência
Ibovespa sobe, Wall Street anda de lado
As expectativas pelo fim da paralisação do governo dos EUA se mantiveram no foco dos investidores llá fora. O fim do shutdown é esperado até sexta-feira (14), após acordo no Senado, mas ainda há necessidade de votação na Câmara.
Com isso, também esteve no radar a retomada da divulgação de dados econômicos no país. As agências dos EUA devem publicar os indicadores de setembro, como o payroll, rapidamente, mas os de outubro e novembro podem não sair antes da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em 9 e 10 de dezembro.
Mas as boas notícias de Washington não ajudaram os índices a consolidarem ganhos. Embora o Dow Jones tenha terminado em recorde e o S&P 500 em alta, o Nasdaq caiu, pressionado pelas perdas no setor de tecnologia, após fortes ganhos na sessão anterior.
O Dow avançou 1,18%, aos 47.927,96 pontos, enquanto o S&P 500 teve alta de 0,21%, aos 6.846,61 pontos, e o Nasdaq recuou 0,25%, aos 23.468,30 pontos.
- VEJA TAMBÉM: O Seu Dinheiro conversou com especialistas do mercado para conhecer as melhores oportunidades de investimento para novembro; veja
A CoreWeave esteve entre as empresas com pior desempenho na sessão: as ações caíram 16,3% depois que as projeções da empresa decepcionaram os investidores, prejudicando o segmento de inteligência artificial.
As ações da Nvidia, queridinha do mercado de chips de IA, também caíram (-4%) depois que o SoftBank vendeu toda a sua participação na companhia por mais de US$ 5 bilhões.
O setor de IA tem estado sob pressão recentemente em meio a crescentes preocupações com a avaliação das ações. Na terça-feira (10), nomes importantes do setor, como Micron Technology, Oracle e Palantir Technologies, caíram em sintonia com a CoreWeave e a Nvidia.
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”