Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
As novas apostas de ações da Logos Capital não é para todos os gostos. A gestora, que já conseguiu um retorno de quase 100% apenas neste ano, está de olho em ativos significativamente descontados na bolsa brasileira. Além disso, parte de suas posições internacionais está em um país que nem todo mundo está disposto a colocar dinheiro: a Argentina.
Ainda assim, a gestora sustenta suas decisões com o argumento de que são ações que "ficaram para trás", mas as empresas estão no caminho e tem gatilhos para destravar valor. Com relação a Argentina, a recente vitória de Javier Milei nas eleições legislativas melhoram as condições do presidente para "modernizar a economia" do país.
Enquanto busca teses que poucos olham, a Logos renova o seu time de gestão com a chegada de dois novos sócios: Gustavo Maziero, ex-Itaú Hunter, e Carlos Calabresi, ex-BNP e Garde.
- LEIA TAMBÉM: Quer saber onde investir com mais segurança? Confira as recomendações exclusivas do BTG Pactual liberadas como cortesia do Seu Dinheiro
Fundada em 2018 por Luiz Guerra e Ricardo Vieira depois que ambos saíram da Indie Capital, a gestora tem hoje dois fundos, o Logos Total Return e o Logos Long Biased.
Com a chegada dos novos sócios, a gestora deverá se aproximar de R$ 350 milhões sob gestão.
Argentina sob lupa
Parte da performance muito positiva da Logos nos últimos meses está ligada ao investimento em ações da Argentina. No mês passado, o fundo Logos Total Return teve alta de mais de 10% com as posições no país vizinho. As empresas de destaque foram Banco Galicia, Pampa Energia e Telecom Argentina.
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
A gestora afirma que vinha acompanhando a situação política da Argentina há algum tempo. A tese de investimento, no entanto, ganhou mais força com a recente vitória do partido do presidente Javier Milei nas eleições legislativas.
"Acreditamos que ele terá mais poder para modernizar a economia argentina”, disse Maziero ao Seu Dinheiro.
LEIA TAMBÉM: Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde
Ações no Brasil: três oportunidades
No mercado brasileiro, a Logos destaca três teses de ações que, na avaliação dos gestores, representam oportunidades por estarem "para trás" ou descontadas.
- Natura (NATU3):
A tese mais controversa da gestora é Natura. A Logos montou uma posição recentemente na varejista, de olho em uma possível valorização à frente. Trata-se de uma estratégia oportunística.
"A ação está largada, mas estamos falando de uma empresa que tem valor, tem uma marca poderosa. É um excelente ativo, que pode, inclusive, chamar a atenção de algum comprador”, disse Maziero.
Para a Logos, os erros estratégicos cometidos pela Natura estão em processo de correção, mas o mercado ainda mantém um "ranço" da companhia.
- Sanepar (SAPR11)
Já a Sanepar é vista como a aposta mais óbvia da Logos, tendo por principal gatilho a possibilidade de privatização após as eleições de 2026.
A atratividade do papel está em seus múltiplos descontados, segundo o gestor. O indicador usado para essa avaliação é o EV/RAB, que relaciona o valor da firma (EV) com a Base de Ativos Regulatórios (RAB).
Para efeitos de comparação, a Copasa está com EV/RAB de 1,2x; a Sabesp, 1,3x de e a Sanepar está com 0,6x.
- Cosan (CSAN3)
Por fim, a Cosan é outra escolha da Logos, especialmente após a sua recente capitalização. A avaliação é de que a companhia tem bons ativos e está sendo negociada a um preço razoável.
A entrada do BTG Pactual no capital também chamou a atenção da gestora, por avaliar o movimento como uma uma "entrada de sócios poderosos".
O foco principal da tese em Cosan, segundo a Logos, é a governança. Na visão dos gestores, a partir de agora haverá corte de custos. “A holding não tem necessidade de ser listada em Nova York ou ter uma sede na Faria Lima”, afirma Maziero.
Fundos da Logos
O fundo mais conhecido da casa é o Logos Total Return, que tem perfil agressivo, alta volatilidade e é só para os “mais fortes”. O ativo concentra majoritariamente capital proprietário. No ano, o fundo acumula alta de 98%; e desde o início da estratégia, valorizou-se 472%.
O segundo fundo é o Logos Long Biased, que repete a espinha dorsal do Total Return, mas com posições menores e volatilidade mais próxima à do Ibovespa.
“Este fundo é agora o nosso carro-chefe. É o produto mais adequado para o perfil do investidor brasileiro”, disse Maziero. No ano, a carteira sobe 50%; e desde o início, 176%.
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção