Efeito Trump na bolsa e no dólar: Nova York sobe de carona na posse; Ibovespa acompanha, fica acima de 123 mil pontos e câmbio perde força
Depois de passar boa parte da manhã em alta, a moeda norte-americana reverteu o sinal e passou a cair ante o real
Se a segunda-feira (20) marcou o início do novo governo de Donald Trump, nesta terça-feira (21) foi a vez de o mercado norte-americano fazer a estreia. E foi em grande estilo: o Dow Jones, o Nasdaq e o S&P 500 abriram a sessão em alta. Por aqui, o Ibovespa patinou, mas conseguiu terminar o dia com ganhos, enquanto o dólar perdeu força.
O que impulsionou Nova York foi exatamente o que Trump não fez (ainda): o republicano não impôs, como prometido, as tarifas de 60% sobre a China.
Embora tenha mencionado o tema no discurso de posse, o novo presidente dos EUA preferiu pegar mais leve: emitiu um memorando orientando agências federais a estudar o que ele considera políticas comerciais injustas de outros países.
Como Trump não autorizou a imposição de novas tarifas na volta ao Salão Oval, os investidores entendem como um sinal de que o novo chefe da Casa Branca pode estar menos propício a entrar em conflitos comerciais do que o esperado até então.
“Os anúncios de Trump na posse sobre tarifas foram mais benignos do que o previsto. Embora não esperássemos grandes pronunciamentos no primeiro dia, os comentários de Trump sobre a China foram menos agressivos do que durante a campanha ou mesmo desde a eleição. E embora tenhamos visto uma ‘tarifa universal’ como um risco claro, as declarações de Trump sugerem que, por enquanto, é uma prioridade menor do que esperávamos”, diz o Goldman Sachs em relatório.
Com isso, o Dow Jones subiu 1,24%, aos 44.025,81 pontos e o S&P 500 avançou 0,88%, aos 6.049,24 pontos. O Nasdaq, por sua vez, teve alta de 0,64%, aos 19756,78 pontos.
Leia Também
- LEIA TAMBÉM: Criptomoedas ‘agentes de IA’: baratas, embrionárias e com potencial de explodir até 4.900% em 2025
Ibovespa não pega carona nos ganhos de Wall Street
Se Trump foi o combustível para os ganhos das bolsas em Nova York, o novo presidente dos EUA foi o motivo para o desempenho sem brilho do Ibovespa durante boa parte da sessão.
A incerteza sobre a gestão tarifária do republicano pesou sobre ações ligadas ao minério de ferro, enquanto a queda de quase 2% do petróleo acertou em cheio os papéis das empresas do setor na bolsa brasileira.
A commodity recuou depois do compromisso assumido por Trump de aumentar a produção norte-americana.
Fora do Ibovespa, as ações da Agrogalaxy chamaram atenção. Depois de entrarem em leilão, os papéis terminaram o dia em baixa de 12,33%. Em recuperação judicial desde setembro do ano passado, a empresa anunciou mais cedo que assinou um memorando de intenções para a venda de uma carteira de dívida de clientes.
Na ponta positiva, Americanas (AMER3) liderou os ganhos do mercado com alta de 25%. Depois de entrarem em leilão por oscilação máxima permitida, os papéis terminaram o dia com alta de 12,24%.
No meio da tarde, o Ibovespa conseguiu reverter as perdas do início do dia, terminando com alta de 0,39%, aos 123.338,34 pontos.
No mercado de câmbio, o dólar à vista passou toda manhã operando em alta, sob influência da valorização da moeda norte-americana ante outras moedas fortes e divisas de países emergentes, em especial o peso mexicano e o dólar canandense. No fechamento, o dólar recuou 0,19%, a R$ 6,0307.
O governo Trump anunciou tarifas de 25% sobre o Canadá e o México a partir de 1 de fevereiro. Em resposta, o governo canadense disse que está pronto para reagir à taxação dos EUA.
“[A imposição de tarifas de 25% sobre México e Canadá] não é tão simples, haja vista o acordo comercial (USMCA) entre os países que limita tal ação. Devido ao acordo, as tarifas podem ser contestadas na OMC [Organização Mundial do Comércio] pelos próprios países”, o Bradesco BBI em relatório.
No Brasil, preocupações com o enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dentro do governo, também pressionaram o câmbio.
O mercado teme que as metas fiscais fiquem comprometidas e que o risco econômico aumente, já que Haddad é visto como peça-chave para manter a confiança do mercado financeiro.
ONDE INVESTIR EM 2025: Como buscar lucros em dólar com investimentos internacionais
Europa e Ásia sob Trump 2.0
Na Europa, a sessão também foi de ganhos, assim como em Wall Street.
Os investidores do Velho Continente mantêm um olho nas promessas de Trump de colocar os EUA em primeiro lugar, e outro no Fórum Econômico Mundial de Davos — que, este ano, está esvaziado já que não conta com a presença de líderes da China, Índia e de outros países europeus. Trump deve discursar no evento, por vídeo, na quinta (23).
Na Ásia, a maioria das bolsas fecharam o dia no azul, com os investidores de olho também nos decretos de Trump. O CSI 300, da China, subiu 0,08%, aos 3.832,61 pontos.
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços