Mercados disparam e dólar cai a R$ 5,84 com anúncio de Trump: presidente irá pausar por 90 dias tarifas de países que não retaliaram
Em sua conta na Truth Social, o presidente também anunciou que irá aumentar as tarifas contra China para 125%

Esta quarta-feira (09) foi marcada por grandes reviravoltas nos mercados globais. O dia, que começou no vermelho, terminou com fortes altas nas bolsas globais, com Wall Street disparando para o terceiro melhor dia em ganhos da história do pós-guerra.
O Nasdaq subiu 12,16% na maior disparada desde 2001, enquanto o S&P 500 avançou 9,52% e o Dow Jones teve alta de 7,87%.
Por aqui, Ibovespa subiu 3,12%, aos 127.795,93 pontos, sem nenhuma ação em queda. No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 2,51%, aos R$ 5,8473.
- VEJA MAIS: ‘Efeito Trump’ na bolsa pode gerar oportunidades de investimento: conheça as melhores ações internacionais para comprar agora, segundo analista
Os futuros do petróleo também inverteram as perdas. O Brent, referência no mercado internacional, avançou 4,23%, cotado a US$ 65,48, enquanto o WTI, referência para o mercado norte-americano, subiu 4,65%, a US$ 62,35.
A virada drástica veio após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma pausa de 90 dias para os países que não retaliaram, além de reduzir as tarifas recíprocas para 10%, com efeito imediato.
O republicano também afirmou que pode avaliar a isenção de taxas para algumas empresas norte-americanas, mas não forneceu ais detalhes sobre o assunto.
Leia Também
No entanto, nem todas as notícias são boas: Trump também aumentou as tarifas sobre a China de 104% para 125%. O comunicado foi feito por meio de sua conta no Truth Social.
Em coletiva de imprensa na Casa Branca, Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, disse que Trump sempre planejou uma mudança de rota: “essa foi a estratégia dele o tempo todo”.
Ele ainda afirmou que a tática do presidente teria colocado a China em uma posição desfavorável, dado que, ao retaliar, agora enfrenta taxas mais altas, enquanto outros países obtêm um adiamento.
Ações das Big Techs 'fazem a festa'em Wall Street
Com o anúncio de Trump, as ações das gigantes da tecnologia norte-americanas também subiram forte em Nova York, com destaque para a Tesla, que disparou 22,69%
As ações da Nvidia se valorizam 18,72%. A empresa de chips vinha sendo duramente penalizada pelas sobretaxas.
Isso porque, mesmo que os componentes para a fabricação de semicondutores estivessem isentos de tarifas, produtos integrados — como sistemas de racks, fundamentais para a infraestrutura das empresas que fornecem serviços de computação em larga escala — estavam sujeitos à tarifa de 32% de Taiwan, já que são considerados como acabados.
As ações de Apple também entraram na pista de dança da bolsa, com alta de 15,33%, no embalo da disparada generalizada dos mercados.
Porém, cabe lembrar que a empresa conta com cerca de 50% de sua produção localizada na China — que agora está sendo taxada em 125%.
Já a Microsoft avançou 10,13%. Na visão do Itaú BBA, a empresa já estava relativamente melhor posicionada em relação às outras sete magníficas, dado que o segmento de software para grandes empresas está mais protegido de recessões em comparação com outros setores.
Os papéis da Meta dispararam 14,76%. Antes do anúncio de hoje, as ações enfrentaram grandes perdas, dado o receio de que uma possível recessão global causada pelas tarifas pudesse reduzir o volume de investimento em publicidade nas redes sociais da companhia.
Já a Alphabet, dona do Google, teve alta de 9,88% e os papéis da Amazon, 11,98%.
"Isso [a pausa nas tarifas] oferece às empresas um alívio temporário para respirar, recalibrar e retomar o planejamento estratégico com mais tempo, mas com uma perspectiva ainda incerta", disse Michael Ashley Schulman, diretor de investimentos da Running Point Capital, à Reuters.
Pausa nas tarifas mexe nas apostas para corte de juros nos EUA
A pausa de 90 dias nas tarifas dos países que não retaliarem não mexeu apenas com os mercados. Os investidores também correram para reajustar a posição sobre a aposta no corte de juros nos EUA.
De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, a chance de uma redução de 0,25 ponto percentual (pp) da taxa referencial em junho subiu de 59,3% para 67%.
Atualmente, os juros nos EUA estão na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano. A próxima reunião do comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) acontece apenas em maio e, para esse encontro, a probabilidade de manutenção da taxa subiu de 61,3% antes do anúncio da pausa nas tarifas para 75,4% agora.
Até dezembro, a maior chance ainda é de corte acumulado de 1 pp nos juros, com 31,6%. Mas a expectativa de uma redução de 0,75 pp no acumulado do ano ganhou força, passando de 24,6% para 30,6%.
O 'bota casaco, tira casaco' das tarifas
Há uma semana, os mercados globais estavam sendo pressionados pela intensificação da guerra tarifária iniciada pelo governo Trump.
Desde o que ficou conhecido como o "Dia da Libertação", na última quarta-feira (2) — quando foram anunciadas tarifas adicionais que os Estados Unidos iriam impor sobre seus parceiros comerciais — o temor de uma recessão na maior economia do mundo se apossou da mente dos investidores.
Quando a China resolveu responder à altura, ao retaliar as medidas norte-americanas com uma taxa de 34% sobre produtos dos EUA, o mercado ficou ainda mais tenso. Em resposta, Trump elevou o tom e anunciou taxas de 104%. China também subiu o tom, ao anunciar sobretaxa de 84%.
A União Europeia também anunciou retaliação. Nesta quarta-feira (09), o bloco aprovou oficialmente um pacote inicial de medidas retaliatórias, que será implementado em duas etapas.
Segundo a Comissão Europeia, responsável pela execução das políticas do bloco, a primeira leva de tarifas sobre produtos norte-americanos começará a ser aplicada em 15 de abril, enquanto uma segunda rodada entrará em vigor em 15 de maio.
O bloco ainda não divulgou a lista de produtos afetados, mas de acordo com uma apuração da CNBC, as tarifas devem atingir itens como aves, grãos, roupas e metais.
Sequóia III Renda Imobiliária (SEQR11) consegue inquilino para imóvel vago há mais de um ano, mas cotas caem
O galpão presente no portfólio do FII está localizado na Penha, no Rio de Janeiro, e foi construído sob medida para a operação da Atento, empresa de atendimento ao cliente
Bolsa brasileira pode saltar 30% até o fim de 2025, mas sem rali de fim de ano, afirma André Lion. Essas são as 5 ações favoritas da Ibiuna para investir agora
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, o sócio da Ibiuna abriu quais são as grandes apostas da gestora para o segundo semestre e revelou o que poderia atrapalhar a boa toada da bolsa
Cinco bancos perdem juntos R$ 42 bilhões em valor de mercado — e estrela da bolsa puxa a fila
A terça-feira (19) foi marcada por fortes perdas na bolsa brasileira diante do aumento das tensões entre Estados Unidos e o Brasil
As cinco ações do Itaú BBA para lucrar: de Sabesp (SBSP3) a Eletrobras (ELET3), confira as escolhidas após a temporada de resultados
Banco destaca empresas que superaram as expectativas no segundo trimestre em meio a um cenário desafiador para o Ibovespa
Dólar abaixo de R$ 5? Como a vitória de Trump na guerra comercial pode ser positiva para o Brasil
Guilherme Abbud, CEO e CIO da Persevera Asset, fala sobre os motivos para ter otimismo com os ativos de risco no Touros e Ursos desta semana
Exclusivo: A nova aposta da Kinea para os próximos 100 anos — e como investir como a gestora
A Kinea Investimentos acaba de revelar sua nova aposta para o próximo século: o urânio e a energia nuclear. Entenda a tese de investimento
Entra Cury (CURY3), sai São Martinho (SMTO3): bolsa divulga segunda prévia do Ibovespa
Na segunda prévia, a Cury fez sua estreia com 0,210% de peso para o período de setembro a dezembro de 2025, enquanto a São Martinho se despede do índice
Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras 3 empresas pagam dividendos nesta semana; saiba quem recebe
Cinco companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na terceira semana de agosto
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho