Ainda dá para ganhar com as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11)? Não o suficiente para animar o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra
Depois de uma performance de peso na temporada de balanços do quarto trimestre, dois gigantes do setor financeiro brasileiro, Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11), caíram para o banco dos reservas na escalação do JP Morgan.
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra. Confira:
| Recomendação | Preço-alvo para dezembro de 2025 | Potencial de valorização* | |
|---|---|---|---|
| Banco do Brasil (BBAS3) | Neutra | R$ 31,00 | 8,2% |
| BTG Pactual (BPAC11) | Neutra | R$ 38,00 | 8,8% |
O motivo por trás dos ajustes de recomendação? O desempenho recente dessas ações na bolsa brasileira foi tão notável que limitou a empolgação quanto ao potencial de valorização esperado para o futuro.
“Estamos um pouco mais pessimistas sobre as tendências do setor bancário como um todo e vemos um potencial de valorização mais limitado”, avaliou o JP Morgan, após reuniões com a liderança dos grandes bancos brasileiros.
- VEJA TAMBÉM: Mesmo com a Selic a 14,25% ao ano, esta carteira de 5 ações já rendeu 17,7% em 2025
Por trás do rebaixamento do Banco do Brasil (BBAS3)
O rebaixamento para as ações BBAS3 não significa que os analistas perderam a confiança nos fundamentos da tese de investimentos no BB.
Na realidade, o JP Morgan acredita que o Banco do Brasil tem uma boa história de longo prazo e oferece um bom rendimento, com um múltiplo de cerca de 4 vezes o preço/lucro projetado para este ano.
Leia Também
Contudo, os analistas avaliam que as ações provavelmente terão um desempenho melhor mais próximo ao final do ano, com um potencial de valorização limitado após a recente alta.
Segundo o banco norte-americano, a falta de catalisadores de curto prazo e um retorno total limitado de 18% daqui para frente é o principal fator por trás do rebaixamento de BBAS3.
“Embora vejamos o múltiplo de 4,2 vezes os lucros para 2025 como descontados, não vemos espaço para mais revisões de lucros ou redução do custo de capital neste momento”, avaliaram os analistas.
Apesar da recomendação mais cautelosa para as ações BBAS3, os analistas destacam a perspectiva mais positiva para o setor de agronegócio — que pesou sobre os últimos balanços — e a oportunidade de crescimento no novo crédito consignado privado, visto como uma forma de diversificar a mistura de clientes.
“Acreditamos também que o agronegócio e a exposição ao setor público oferecem mais resiliência aos clientes em relação à disrupção das fintechs. No entanto, nos últimos anos, observamos uma deterioração na qualidade dos lucros, com mais portfólio renegociado, maior contribuição contábil da Argentina e custos registrados como não recorrentes”, destacou o JP Morgan.
Sem apetite pelo BTG Pactual (BPAC11)
Da mesma forma, o corte na recomendação das units do BTG Pactual (BPAC11) também foi motivado por uma realização de lucros, dado o potencial limitado de valorização.
O JP Morgan reconhece que o BTG é um “banco de investimentos de primeira linha”, com liderança de mercado em vários produtos bancários, mas essas fortalezas “já estão totalmente refletidas no preço de suas ações, com baixo potencial de valorização”.
- VEJA MAIS: Mais de 4,5 milhões de brasileiros já entregaram a declaração do Imposto de Renda 2025 – receba um guia gratuito para te ajudar na sua
Segundo os analistas, apesar da expansão de rentabilidade (ROE) prevista para este ano, a relação entre risco e recompensa das ações está agora mais equilibrada, a 9,2 vezes os lucros estimados para 2025.
Os analistas do JP Morgan projetam que o crescimento do empréstimo consignado possa se tornar mais desafiador em um ambiente macroeconômico mais difícil, embora o BTG ainda ainda preveja um crescimento de cerca de 20% para 2025.
Eles também observam que a inadimplência pode enfrentar desafios com a Selic mais alta, especialmente diante da expansão da carteira de empréstimos para pequenas e médias empresas (PMEs).
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
