🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

MEXENDO NA BOLSA

Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças

Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras

Montagem mostra leão gigante saindo pela porta da B3/Ibovespa, reprentando a Receita Federal e o Imposto de Renda
MP também estabelece mudanças importantes na compensação de prejuízos e alíquota de IR maior sobre JCP. Imagem: Shutterstock, com intervenção de Andrei Morais

A tributação de ativos negociados de renda variável vai mudar, e muito. É o caso do imposto de renda cobrado sobre ganhos líquidos com a venda de ações, ETFs (fundos de índice) e derivativos (como opções e contratos futuros).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Hoje a alíquota de IR desses investimentos é de 15% para operações comuns (em que a compra e a venda ocorrem em pregões distintos) e 20% para operações day trade (em que a compra e a venda ocorrem no mesmo pregão).

Esses percentuais serão substituídos por uma alíquota única de 17,5%, válida para para qualquer tipo de operação em mercados de bolsa ou balcão organizado, seja comum ou day trade. Isso significa que operações comuns ficarão mais caras, e o day trade ficará mais barato.

Mudanças só entrariam em vigor em 2026, após passar pelo Congresso

As mudanças constam da Medida Provisória 1.303, publicada na noite de ontem (11) pelo governo em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

A MP traz mudanças nas tributações de todas as aplicações financeiras, de forma a substituir a polêmica alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para uma série de transações, anunciada no fim de maio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O texto deverá ser apreciado pelo Congresso num prazo de até 120 dias, após o qual a MP caduca. Todas as mudanças do texto entram em vigor apenas em 1º de janeiro de 2026.

Leia Também

Isso significa que, para operações em bolsa e mercado de balcão organizado feitas ainda neste ano, mantêm-se as regras de tributação atuais, incluindo as de compensação de prejuízos.

Recolhimento de imposto de renda passa a ser trimestral

Além da implementação da alíquota única de 17,5%, a MP introduz ainda uma nova regra de periodicidade de recolhimento do imposto de renda sobre ganhos com a venda de ações e outros ativos de renda variável negociados em bolsa ou mercado de balcão.

Hoje, a apuração do imposto é mensal. A partir do ano que vem, passa a ser trimestral, mas seu recolhimento permanece sob a responsabilidade do próprio investidor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, a isenção de IR para ganhos em operações comuns com ações no mercado à vista também muda sua periodicidade de cálculo. Hoje, o limite de isenção é de R$ 20 mil em vendas de ações no mercado à vista. A partir do ano que vem, passa a ser de R$ 60 mil no trimestre.

Quando o valor vendido no mercado à vista no trimestre ultrapassar os R$ 60 mil, os lucros com ações são integralmente tributados.

  • LEIA TAMBÉM: Ferramenta te mostra uma projeção de quanto é necessário investir mensalmente na previdência privada. Simule aqui

Tributação de juros sobre capital próprio (JCP) fica maior

Outra alíquota de IR que deve ficar maior, segundo a MP publicada ontem, é a que incide nos ganhos com a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas.

Hoje, esses proventos são tributados na fonte a uma alíquota de 15%. A MP propõe agora uma alíquota de 20% para os JCP distribuídos a partir do ano que vem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mudanças na compensação de prejuízos

A MP introduziu ainda mudanças importantes no mecanismo de compensação de prejuízos com ações e outros ativos de renda variável.

Hoje, os prejuízos com essas operações nunca prescrevem. Em contrapartida, só podem compensar lucros com outros ativos de renda variável sujeitos à mesma alíquota de tributação.

Assim, é possível compensar prejuízos com ações, ETFs e derivativos entre si, desde que operações comuns compensem operações comuns e day trade compense day trade.

Compensação de prejuízos entre diferentes classes de ativos

A MP muda essas regras. Primeiro que, a partir do ano que vem, será possível compensar prejuízos de lucros obtidos com qualquer aplicação financeira que seja tributada à alíquota única de 17,5%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, prejuízos com ativos de renda variável podem, em tese, compensar lucros com títulos de renda fixa, fundos de investimento e vendas de cotas de fundos imobiliários e fiagros, e vice-versa.

Em tese porque o texto da MP sugere isso em vários trechos, embora também diga que a compensação será possível apenas entre ativos que sejam informados na mesma ficha da declaração de ajuste anual.

Ainda não sabemos como, portanto, essa compensação será feita na declaração, nem em quais fichas cada investimento será declarado, mas os advogados tributaristas ouvidos pela reportagem entendem que a compensação de prejuízos entre ativos de classes distintas será, sim, possível.

Para Carlos Crosara, especialista em Direito Tributário pela PUC-SP, mestre e doutorando pela USP e advogado do escritório Natal & Manssur Advogados, o texto da MP abre espaço para isso ao unificar os ativos de renda variável e outros investimentos sob o mesmo conceito de "aplicação financeira". "Acho que esse é o fundamento mais relevante para essa interpretação", diz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Prejuízos passam a prescrever

Outra mudança importante é que agora, em todos os casos, incluindo os de renda variável, os prejuízos prescrevem. Eles têm cinco anos para ser compensados, após os quais irão caducar.

Prejuízos acumulados em ativos de renda variável até 31 de dezembro de 2025 não poderão ser compensados na declaração de IR, como ocorrerá com os prejuízos acumulados a partir de 2026.

Eles deverão ser compensados apenas com lucros obtidos na venda de outros ativos de renda variável, seguindo a regra atual, ainda que a compensação ocorra a partir de 2026. A compensação desses prejuízos "antigos" somente poderá ser feita até o final de 2030.

    Situações em que a compensação de prejuízos não será permitida

    Segundo a MP, a compensação de prejuízos com qualquer ativo, incluindo os de renda variável, não será permitida caso a pessoa física venda ou resgate a aplicação com perdas, apenas para adquirir outra "idêntica ou substancialmente semelhante" no prazo de 30 dias.

    CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
    CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

    Nestes casos, o investidor poderá apenas considerar esse prejuízo como parte integrante do custo de aquisição do segundo ativo, somando seu valor ao preço do novo ativo e às taxas de negociação.

    A tributarista Ana Cláudia Utumi, sócia-fundadora do escritório Utumi Advogados, admite que o texto da MP deixa incerteza quando ao que seria considerado "substancialmente semelhante".

    Seria vender uma ação para comprar outra ação, seja ela qual for? Para comprar qualquer outra aplicação financeira? Ou apenas a mesma ação (do mesmo tipo e da mesma empresa, por exemplo)?

    Utumi explica ainda que, nesses casos, a perda não seria dedutível no próprio ano, porém seria agregada ao custo de aquisição da nova aplicação financeira.

    CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
    CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

    "Assim, pode-se dizer que a perda não seria IMEDIATAMENTE dedutível, mas quando houver a venda do segundo ativo, haveria a dedução indireta, ou seja, a dedução pelo fato de a perda integrar — e aumentar — o custo de aquisição desse segundo ativo", escreveu a advogada ao Seu Dinheiro.

    Imposto de renda retido na fonte será passível de restituição

    O texto diz ainda que, caso o valor do imposto de renda retido na fonte em aplicações financeiras (caso dos "dedos-duros" dos investimentos em ações) ultrapasse o valor do imposto devido apurado na declaração, haverá direito de restituição.

    CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
    CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

    COMPARTILHAR

    Whatsapp Linkedin Telegram
    AINDA HÁ ESPAÇO NA FESTA?

    Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”

    27 de outubro de 2025 - 15:52

    Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial

    BALANÇO SEMANAL

    Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana

    25 de outubro de 2025 - 16:11

    Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%

    DE OLHO NO GRINGO

    Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai

    24 de outubro de 2025 - 19:15

    Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM

    DEMOGRAFIA VIRANDO DINHEIRO

    Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa

    24 de outubro de 2025 - 18:56

    Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade

    ESQUECERAM DE MIM?

    Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde

    24 de outubro de 2025 - 15:02

    Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva

    MERCADOS HOJE

    Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?

    24 de outubro de 2025 - 12:39

    O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui

    VEJA DETALHES

    Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

    23 de outubro de 2025 - 13:40

    O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

    FII EXPERIENCE 2025

    Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

    23 de outubro de 2025 - 11:00

    Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

    FII EXPERIENCE 2025

    FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

    23 de outubro de 2025 - 7:02

    Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

    HORA DE VENDER

    JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa

    22 de outubro de 2025 - 17:31

    Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)

    FII EXPERIENCE 2025

    “Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners

    22 de outubro de 2025 - 16:55

    Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam

    CHEGOU AO TOPO?

    Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso

    21 de outubro de 2025 - 18:30

    É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA

    VAMOS...PULAR!

    Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%

    21 de outubro de 2025 - 15:04

    Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas

    MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

    Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa

    21 de outubro de 2025 - 12:10

    Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

    BOLSA DOURADA

    Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano

    21 de outubro de 2025 - 9:03

    Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3

    FIIS HOJES

    FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso

    20 de outubro de 2025 - 18:01

    O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato

    PRÉVIA OPERACIONAL 3T35

    Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25

    20 de outubro de 2025 - 11:55

    BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida

    BALANÇO SEMANAL

    Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana

    18 de outubro de 2025 - 15:40

    Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA

    ESTRATÉGIA

    Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos

    18 de outubro de 2025 - 14:25

    Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos

    DAY TRADE

    De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”

    18 de outubro de 2025 - 13:29

    Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica

    Menu

    Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

    Fechar