‘Auf wiedersehen’: Volkswagen deve fechar fábricas na Alemanha pela primeira vez na história
Movimento se dá em meio à crise automobilística na Europa; continente não tem acompanhado competidores como BYD e Tesla na transição para carros elétricos
Pela primeira vez em seus 87 anos de história, a Volkswagen está considerando fechar fábricas no seu país de origem, a Alemanha. A informação veio em um comunicado da empresa ontem (2).
A empresa já mostrava sinais de cortes desde julho, quando seu segmento de carros de luxo, a Audi, anunciou planos de cortar 90% de seus 3 mil funcionários em Bruxelas, na Bélgica. A Alemanha parecia não fazer parte destes planos, mas o último comunicado mudou os rumos da história.
As mudanças planejadas pela Volks são mais um golpe à economia alemã, que vem lutando com estagnação, desafios de imigração e custos mais altos de energia ligados à guerra na Ucrânia.
“A VW está reconhecendo o quão séria a situação é”, disse Harald Hendrikse, analista de mercado do Citigroup, à Bloomberg. “Estamos vivendo em um mundo geopolítico difícil, e a Europa não ganhou essa batalha.”
Crise atinge setor automobilístico em toda a Europa
A decisão reflete uma crise não apenas da empresa, mas da indústria automobilística na Europa.
As vendas de automóveis na Europa ainda estão 20% abaixo dos níveis pré-pandemia. Além disso, o continente não tem sido competitivo no ramo de carros elétricos, e luta com a perda dos combustíveis baratos de origem russa.
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Ainda no ramo de carros elétricos, países como Alemanha e Suécia têm diminuído ou até mesmo cortado os incentivos na fabricação destes modelos, fazendo com que fabricantes chinesas como a BYD se aproveitem dessa brecha.
Isso sem mencionar a Tesla, do bilionário Elon Musk. O atual valor de mercado da Tesla é mais do que o triplo do valor combinado entre gigantes automobilísticas europeias como a Volkswagen, Stellantis e Renault.
De acordo com dados da Just Auto, Volks, Stellantis e Renault têm operado mais de 30 fábricas em níveis considerados não lucrativos por analistas.
Isso inclui a pioneira e principal fábrica da Volkswagen em Wolfsburg (Alemanha), a maior da Europa.
Volkswagen não se adaptou à transição energética automobilística
A transição para carros elétricos deveria ser um novo capítulo para a Volkswagen.
Mas o modelo elétrico Audi Q8 e-tron não foi bem-sucedido no mercado – considerado muito caro e com um software que não fazia jus à performance prometida.
As ações da Volks estão cotadas próximas dos níveis atingidos após a crise do diesel em 2015. Em julho, o grupo diminuiu suas expectativas de resultados para o futuro após ver suas vendas caírem no primeiro semestre de 2024.
Fechamento de fábricas pode impactar economias locais na Alemanha
Fechar uma fábrica envolve grandes consequências nas economias locais, visto que as plantas empregam milhares de pessoas direta e indiretamente.
A decisão é difícil e envolve extensas conversas com as autoridades locais e representantes dos trabalhadores para buscar alternativas que mitiguem o impacto.
Mas o rombo pode ser sentido também dentro da própria empresa: o fechamento da fábrica de Bruxelas, por exemplo, pode custar cerca de €1 bilhão (mais de R$ 6 bilhões) aos cofres da Volks.
*Com informações de Bloomberg
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