Vivara (VIVA3) voltou a ser uma joia? Por que o Itaú BBA retomou a cobertura da rede de joalherias com recomendação de compra
Instituição vê um potencial de alta de 40% dos papéis da Vivara após renúncia de CEO e conselheiros abalar os papéis da empresa em março deste ano
O jogo começou a virar na Vivara (VIVA3). Após ter suas ações VIVA3 colocadas em revisão pelo Itaú BBA, a empresa voltou à lista de coberturas da instituição financeira.
No início do mês, o banco colocou a recomendação da Vivara em revisão, à espera de maior visibilidade para a companhia após mudanças na gestão da empresa
Agora, a Vivara está de volta ao portfólio de análises do Itaú BBA, que classificou a ação VIVA3 como outperform – desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra.
O preço-alvo é de R$ 32, o equivalente a uma alta de 40% em relação ao fechamento anterior da ação.
DIVIDENDOS: Veja 5 ações para comprar agora e buscar pagamentos extras na sua conta ainda em 2024
Renúncias de CEO e conselheiros abalaram ações
A mudança na recomendação da Vivara acontece após os analistas do Itaú BBA se reunirem com o presidente da companhia, Nelson Kaufman, e com o COO Ícaro Borrello. O objetivo foi entender o impacto potencial das mudanças recentes na estratégia da empresa.
Leia Também
Em março deste ano, Kaufman, fundador da Vivara, retornou ao comando da companhia após a renúncia do então CEO, o executivo Paulo Kruglensky. Entretanto, a troca na gestão não convenceu os investidores das razões para a saída de Kruglensky nem de que o fundador seria capaz de fazer o que é preciso para internacionalizar a marca.
Além disso, no mesmo mês, o conselho de administração perdeu dois membros com os pedidos de renúncia de Anna Andrea Votta Alves Chaia e Tarcila Reis Corrêa Ursini.
Com o turbilhão, as ações da Vivara deixaram de ser uma joia e tombaram na B3 em meio ao momento conturbado. Desde o anúncio, os papéis da empresa já caíram mais de 26%.
Por que o Itaú BBA retomou a cobertura da Vivara (VIVA3)
Apesar de o Itaú BBA reconhecer os riscos relacionados aos ajustes na estrutura societária, a rede de joias “continua sendo uma das histórias de crescimento mais convincentes” na cobertura do banco, segundo o relatório, “com perspectivas sólidas no longo prazo".
Segundo o banco, a principal conclusão da interação com Nelson Kaufman é de que a companhia agora tem como principal objetivo melhorar e capturar a eficiência operacional, principalmente o “legacy business” da Vivara, ou seja, na geração de valor.
“Isso pode resultar em uma aumento interessante do retorno sobre o capital investido (ROIC), dado o capital investido adicional limitado necessário”, afirma o relatório.
“O foco da administração em melhorar as capacidades internas da empresa significa que projetos estruturais – incluindo a aceleração da internacionalização para outros países da América Latina – não são uma prioridade no momento”, diz o BBA.
Melhoria operacional em três pilares
De acordo com o relatório da instituição, a companhia também mapeou diversas oportunidades de melhorias operacionais baseadas em três pilares principais.
O primeiro pilar abrange as oportunidades de ajustes em seu sortimento nas marcas Vivara e Life – marca da companhia focada em um público mais jovem e casual – com gestão de SKU (Unidade de Manutenção de Estoque) baseada na organização de lojas.
Com mais produtividade nas lojas, a empresa prevê um aumento na cobertura de estoque, que pode impactar no capital investido e impulsionar as vendas.
O segundo pilar é a eficiência em custos e despesas, iniciativa que pode começar a dar frutos nos próximos trimestres. A maior parte das oportunidades de ganhos está nas despesas com pessoal, bem como em marketing e comissões.
De acordo com as estimativas, essas iniciativas poderiam gerar de R$ 50 milhões a R$ 70 milhões adicionais em Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) anual, o que não está totalmente refletido nas estimativas dos analistas do Itaú BBA.
O terceiro e último pilar é a estratégia de alocação de capital da Vivara. Segundo o banco, a agenda da companhia está focada em dois projetos. O primeiro é a expansão da Life no Brasil, com a inauguração de 60 lojas em 2024 e 60 em 2025.
O segundo projeto é o aumento da verticalização da produção de produtos Life – com uma redução de três vezes nos custos de fábrica em comparação com produtos importados e aumento das eficiências fiscais.
Os analistas do Itaú BBA esperam uma melhoria nos lucros da Vivara no segundo trimestre de 2024 e sua consolidação natural no mercado joalheiro do Brasil. No entanto, para o banco, “só o tempo dirá a verdadeira vantagem potencial destas iniciativas”, especialmente após as mudanças na gestão.
“Negociando a 11x P/E 2025 [preço sobre lucro projetado para 2025], o saldo positivo de risco-recompensa para a Vivara apoia a nossa visão positiva no futuro.”
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
