🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

PERDEU O BRILHO

Vivara (VIVA3): fundador tenta acalmar mercado após reassumir cargo de CEO, mas ação amplia tombo na B3; saiba o que ele disse aos analistas

A ação chegou a cair mais de 15% em reação ao anúncio da renúncia de Paulo Kruglensky; saiba por que o mercado torceu o nariz para a dança das cadeiras da joalheira

Carolina Gama
18 de março de 2024
14:55 - atualizado às 7:46
Nelson Kaufman, fundador da Vivara (VIVA3)
Nelson Kaufman, fundador da Vivara (VIVA3) - Imagem: Montagem Seu Dinheiro / Divulgação

Aos 18 anos, Nelson Kaufman havia acabado de ingressar na faculdade de engenharia, mas passou a trabalhar com o pai e aprendeu a profissão de joalheiro. Aos 25, ganhou a Joalheria Ipeuna, que tinha apenas um funcionário. Logo depois, mudou o nome da pequena loja para  Confecção de Joias Vivara. Hoje, a marca tem mais de 350 pontos de venda em todo o país.

Foi assim que o “novo” CEO da Vivara (VIVA3) começou a conferência com analistas na tentativa de acalmar o mercado — que reagiu mal à notícia de que Paulo Kruglensky renunciou ao cargo na sexta-feira (15) para a volta de seu fundador, 13 anos depois. 

Mas a história bonita de como a pequena joalheria na galeria Ipê, na rua Sete de Abril, em São Paulo, virou uma gigante do comércio de joias no Brasil não convenceu os investidores das razões para a saída do antigo CEO nem de que Kaufman será capaz de fazer o que é preciso para internacionalizar a marca

As ações VIVA3, que estavam caindo 7% antes das explicações do novo CEO, aceleraram as perdas e passaram a recuar mais de 14% ao fim da conferência. 

Por volta de 14h45, as ações VIVA3 recuavam 13,61%, a R$ 26,47. Ao fim da sessão de segunda-feira (19), as ações da companhia caíam 14.03%. No mês, acumulam perda de cerca de 18% e, no ano, de 23%. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados.

Vivara perde o brilho na B3…

“Depois de 15 anos vivendo o dia a dia das lojas, eu não conseguia mais ficar nos nossos pontos de venda por conta do tamanho do negócio. A minha falta de contato com a loja afundou várias coleções da Vivara e aprendi que não podia fazer coleções sem passar por pelo menos oito pessoas que estão em contato direto com nosso cliente”, disse Kaufman. 

Leia Também

Logo depois dessa volta ao passado, o novo CEO da Vivara contou uma das primeiras novidades da sua administração: “as pessoas mais importantes dessa empresa, entre elas meus diretores, vão assumir as lojas duas vezes por mês”. 

“Tenho certeza que com isso vou atrair as melhores cabeças. Quem sabe daqui a 5, 6 anos ou mais não aconteça uma transição”, disse Kaufman, acrescentando que “a saúde está boa” para comandar a empresa até lá. 

A mão de ferro de Kaufman na gestão dos negócios não impressionou o mercado, que não esperava mudanças na administração da Vivara no curto prazo, já que os resultados dos últimos trimestres vieram fortes. 

Mais que isso: ele não conseguiu convencer os investidores de que os aprendizados do passado serão capazes de forjar o plano agressivo de internacionalização e expansão das marcas. 

Cerca de meia hora após o fim da conferência com Kaufman, os papéis da Vivara chegaram a cair 15,20%, cotados a R$ 26,10. 

“Joia não é para rico, é para o povo”

Kaufman contou aos analistas um pouco dos planos de internacionalização da Vivara — um ponto que traz preocupações ao mercado com relação à estratégia de alocação de capital aqui e lá fora. 

“Eu não abriria lojas em grandes avenidas lá de fora”, disse ele tentando acalmar o mercado sobre a agressividade da ida da Vivara ao exterior.

 “As pessoas querem ter acesso ao tipo de produto que vendemos, que pega a classe mais baixa norte-americana, por exemplo. A joia não é para o rico, é para o povo”. 

Nelson Kaufman

A estratégia de globalização da Vivara não estava nos planos do sobrinho Paulo Kruglensky, que deixou a empresa depois de assumir como CEO em fevereiro de 2021.

E, de fato, ainda não há um plano público traçado para essa internacionalização — algo que, segundo Kaufman, deve ser desenhado daqui para frente. O fundador da Vivara disse que não tem pressa para colocá-los em prática e que não fará “loucuras” com o dinheiro do acionista. 

“Eu nunca vou fazer nada para afetar 5% do meu Ebitda. Sei que os investidores estão preocupados. Nosso limite hoje é de 3% do Ebitda e perdemos isso atualmente com falhas operacionais”, contou Kaufman. 

“Joalheria não faz liquidação”

Quem entrar em uma loja da Vivara daqui um tempo não vai encontrar preços baixos — segundo Kaufman, “uma joalheria não pode fazer liquidação” — mas pode se deparar com um ambiente um pouco diferente. 

Está nos planos do novo CEO fazer mudanças nas lojas — menos por estética e mais pela otimização do negócio. 

“O tempo da ida ao cofre até a joia chegar ao cliente é demorado hoje e perdemos muitas vendas. Isso vai mudar. Vamos fazer pequenas alterações nas lojas que vão ajudar a impulsionar as vendas”, disse Kaufman. 

Embora não tenha dado detalhes sobre as mudanças na Vivara porque, segundo o CEO, “muita gente da concorrência fica sabendo e isso nos prejudica”, elas devem passar pela abertura de novos pontos de venda. 

“Quando fomos para o Nordeste, muita gente se assustou. Naquele momento, as lojas eram muito pequenas — com 30 metros quadrados, em média. Hoje temos lojas de 180 metros. Vejo espaço para colocar mais lojas em São Paulo e conseguir um valor [para o acionista] ainda maior”, disse. 

O fundador da Vivara também falou de mudanças estratégicas que a marca deve passar sob sua gestão — e deu outro recado aos investidores. 

“Vamos ter mudanças estratégicas, mas eu jamais faria algo que provocasse uma ruptura na estrutura da companhia”, afirmou. “Sempre fui prudente, escolhendo bem os ricos que vou tomar”, acrescentou. 

VALE (VALE3) ESTÁ CHEIA DE IMPASSES: VALE A PENA COMPRAR MESMO ASSIM?

Ter ou não ter Vivara?

A decisão de ter ou não uma joia da Vivara é pessoal — vai do gosto e do bolso de cada um — mas quando se trata das ações VIVA3, os analistas de mercado podem ajudar.

O JP Morgan, por exemplo, recomenda a compra dos papéis, embora sinalize que espera uma visibilidade maior sobre as estratégias do negócio depois da mudança de comando da companhia. 

O banco norte-americano chama atenção para o fato de a nomeação de Kaufman não ter sido unânime e ter gerado conflitos dentro do conselho da Vivara. 

“Era esperado que a mudança surpresa causasse uma reação negativa no mercado, já que a Vivara tem sido uma das varejistas com melhor desempenho listadas na bolsa”, diz o JP Morgan em relatório. 

Já o BTG Pactual diz que as mudanças no comando da Vivara, somado ao fato de a ação estar sendo negociada a 14 vezes o preço sobre o lucro, não oferecem ainda uma oportunidade de compra do papel. 

“Juntamente com as preocupações de governança levantadas pelos investidores durante o fim de semana, e apesar das atuais margens saudáveis e da estrutura de capital da empresa, a troca de comando deverá continuar a pesar nas ações”, diz o BTG. 

O banco disse ainda que a conferência com Kaufman “não forneceu informações importantes sobre quaisquer mudanças potenciais na estratégia atual no Brasil — como a bandeira Life, que tem sido um sucesso nos últimos anos — ou sobre o ritmo da expansão internacional”. 

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PONDERAÇÃO PARA INVESTIDORES

Nem toda boa notícia é favorável: entenda por que o UBS mudou sua visão sobre Itaú (ITUB4), mesmo com resultados fortes

10 de julho de 2025 - 10:17

Relatório aponta que valorização acelerada da ação e preço atual já incorporam boa parte dos ganhos futuros do banco

LUZ VERDE

Azul (AZUL4) dá mais um passo na recuperação judicial e consegue aprovação de petições nos EUA

9 de julho de 2025 - 19:02

A aérea tem mais duas audiências marcadas para os dias 15 e 24 de julho que vão discutir pontos como o empréstimo DIP, que soma US$ 1,6 bilhão

PRÁTICAS IRREGULARES

A acusação séria que fez as ações da Suzano (SUZB3) fecharem em queda de quase 2% na bolsa

9 de julho de 2025 - 17:54

O Departamento do Comércio dos EUA identificou que a empresa teria exportado mercadorias com preço abaixo do normal por quase um ano

MAIORES DETENTORES DE BITCOIN

Uma brasileira figura entre as 40 maiores empresas com bitcoin (BTC) no caixa; confira a lista

9 de julho de 2025 - 16:45

A empresa brasileira tem investido pesado na criptomoeda mais valiosa do mundo desde março deste ano

PROPORÇÃO 1 PARA 3

Em um bom momento na bolsa, Direcional (DIRR3) propõe desdobramento de ações. Veja como vai funcionar

9 de julho de 2025 - 16:07

A proposta será votada em assembleia no dia 30 de julho, e a intenção é que o desdobramento seja na proporção de 1 para 3

VALE MAIS QUE CANADÁ E MÉXICO

Nvidia (NVDA34) é tetra: queridinha da IA alcança a marca inédita de US$ 4 trilhões em valor de mercado

9 de julho de 2025 - 13:14

A fabricante de chips já flertava com a cifra trilionária desde a semana passada, quando superou o recorde anteriormente estabelecido pela Apple

PRÉVIA OPERACIONAL

Cyrela (CYRE3) quase triplica valor de lançamentos e avança no MCMV; BTG reitera compra — veja destaques da prévia do 2T25

9 de julho de 2025 - 11:33

Na visão do banco, as ações são referência no setor, mesmo com um cenário macro adverso para as construtoras menos expostas ao Minha Casa Minha Vida

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Braskem (BRKM5) saltam mais de 10% na bolsa brasileira com PL que pode engordar Ebitda em até US$ 500 milhões por ano

9 de julho de 2025 - 11:31

O que impulsiona BRKM5 nesta sessão é a aprovação da tramitação acelerada de um programa de incentivos para a indústria petroquímica; entenda

REAÇÃO À PRÉVIA OPERACIONAL

Tenda (TEND3): prévia operacional do segundo trimestre agrada BTG, que reitera construtora como favorita do setor, mas ação abre em queda

9 de julho de 2025 - 10:31

De acordo com os analistas do BTG, os resultados operacionais foram positivos e ação está sendo negociada a um preço atrativo; veja os destaques da prévia o segundo trimestre

NOVO OBSTÁCULO

Mais um acionista da BRF (BRFS3) pede a suspensão da assembleia de votação da fusão com a Marfrig (MRFG3). O que diz a Previ?

9 de julho de 2025 - 10:31

A Previ entrou com um agravo de instrumento na Justiça e com um pedido de arbitragem para contestar a relação de troca proposta, segundo jornal

PLANO EM ANDAMENTO

Jeff Bezos vende mais US$ 666 milhões em ações da Amazon (AMZN34); saiba para onde está indo esse dinheiro

8 de julho de 2025 - 20:07

Fundador da Amazon já se desfez de quase 3 milhões de papéis só em julho; bilionário planeja vender cerca de 25 milhões de ações até maio de 2026

O QUE FAZER COM AS AÇÕES?

Ação do Inter (INTR) ainda tem espaço para subir bem, segundo o Citi — mas rentabilidade de 30% em 2027 ainda não convence

8 de julho de 2025 - 17:08

O Citi elevou estimativas para lucro e rentabilidade do Inter, além de aumentar o preço-alvo das ações, mas acha que plano 60-30-30 não deve se concretizar por completo

PUXANDO FERRO?

Produção pode salvar o segundo trimestre da Vale (VALE3)? Citi faz as contas e mantém cautela

8 de julho de 2025 - 16:14

Para o banco americano, os resultados do 2T25 devem apresentar melhora da produção e potencial alta no minério de ferro, que está sob pressão

SEM SINAL, SEM PROBLEMA

BitChat: fundador do Twitter lança app que rivaliza com o WhatsApp e funciona sem internet

8 de julho de 2025 - 16:04

Aplicativo criado por Jack Dorsey permite trocar mensagens via Bluetooth ou Wi-Fi local; projeto mira privacidade, descentralização e resistência à censura

ANTES DOS RESULTADOS

JBS (JBSS32) cai mais de 3% na B3 após previsões nada saborosas para o segundo trimestre

8 de julho de 2025 - 15:44

Goldman, XP e Itaú BBA cortam projeções e destacam a pressão nos EUA em um trimestre amargo para a gigante das carnes

OTIMISMO CAUTELOSO

Itaú BBA eleva projeção para o Ibovespa até o fim de 2025; saiba até onde o índice pode chegar

8 de julho de 2025 - 14:07

Banco destaca cenário favorável para ações brasileiras com ciclo de afrouxamento monetário e menor custo de capital

GATILHO OU DETRATOR?

Falta de OPA na Braskem não é o que preocupa o BTG: o principal catalisador da petroquímica está em outro lugar — e não tem nada a ver com Tanure

8 de julho de 2025 - 13:36

Embora as questões de governança e mudança de controle não possam ser ignoradas, o verdadeiro motor (ou detrator) é outro; veja o que dizem os analistas

APOSTA NO AGRO

Enquanto Banco do Brasil (BBAS3) sofre o peso do agronegócio, Bradesco (BBDC4) quer aumentar carteira agrícola em até 15% na safra 2025/26

8 de julho de 2025 - 12:43

O Bradesco traçou uma meta ousada: aumentar sua carteira agrícola entre 10% e 15% para a safra 2025/2026; veja os detalhes da estratégia

NÃO DEIXOU BARATO

XP cobra na Justiça a Grizzly Research por danos milionários após acusações de esquema de pirâmide 

8 de julho de 2025 - 11:07

A corretora acusa a Grizzly Research de difamação e afirma que o relatório causou danos de mais de US$ 100 milhões, tanto em perdas financeiras quanto em danos à sua reputação

SEM FUSÃO

Fundador da Hypera (HYPE3) estabelece acordo para formar bloco controlador — e blindar a empresa contra a EMS; entenda

8 de julho de 2025 - 10:45

Mesmo com a rejeição da oferta pela Hypera em outubro do ano passado, a EMS segue demonstrando interesse pela aquisição da rival

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar