Suzano (SUZB3) revisa estimativas de custos devido à alta do dólar e da inflação e ações caem na B3 durante Investor Day
O CEO da empresa de papel e celulose, Beto Abreu, disse que investidores não deveriam esperar por uma grande aquisição da companhia nos próximos anos
O ano de 2024 ainda não chegou ao fim, mas a Suzano (SUZB3) já tem divulgado ao mercado novas estimativas para os próximos anos do negócio de papel e celulose.
Em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira (12), a companhia anunciou uma atualização nas estimativas de longo prazo para os desembolsos operacionais de 2027, agora estimados em R$ 1.900 por tonelada.
O valor inclui o custo de caixa de produção de R$ 746 por tonelada; custos e despesas logísticas, de vendas e administrativas em R$ 654 por tonelada e investimentos de manutenção (capex de manutenção) de R$ 500 por tonelada, de acordo com a empresa.
Segundo a Suzano, a revisão incorpora fatores como a atualização monetária prevista para 2025, as variações cambiais e de índices inflacionários em 2024 e ajustes operacionais.
Suzano eleva previsão de investimentos
Nesta semana, a gigante de papel e celulose também elevou a previsão de investimentos (Capex) para 2024 de R$ 16,5 bilhões para R$ 17,1 bilhões. A atualização, aprovada pelo conselho de administração da companhia, incluiu também R$ 12,4 bilhões para 2025.
Leia Também
Dentre os motivos para o aumento dos valores este ano, a Suzano apontou a desvalorização do real frente ao dólar, o que afeta as aquisições de ativos florestais.
No Investor Day da Suzano, CEO fala sobre aquisições
Por falar em investimentos, os investidores da Suzano não deveriam esperar por uma grande aquisição da companhia nos próximos anos, segundo o CEO Beto Abreu.
Em apresentação para investidores nesta quinta-feira, o executivo afirmou que a companhia continua avaliando o mercado e eventuais aquisições devem trazer escala.
Vale lembrar que, neste ano, a companhia adquiriu, por meio de uma subsidiária, os ativos da Pactiv Evergreen, empresa de embalagens dos Estados Unidos.
O valor do acordo é de US$ 110 milhões (cerca de R$ 661 milhões, na cotação atual) e será pago em dinheiro, à vista, no fechamento da operação. Em junho, a Suzano também comprou 15% da Lenzing, por cerca de R$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 7,8 bilhões).
Para o ano que vem, a companhia de papel e celulose deve manter uma política financeira mais conservadora, segundo a apresentação aos investidores. O foco será em crescimento, disciplina na alocação de capital, liquidez robusta para enfrentar a volatilidade. A companhia ainda terá o desafio de manter a alavancagem sob controle, atualmente em 3x.
Mercado reage com ações em queda, mas fundamentos permanecem sólidos
As novas projeções operacionais e o Investor Day não impediram a queda nas ações da companhia nesta quinta-feira, com SUZB3 caindo 1,17%, a R$ 63,35, por volta das 15h.
Embora alguns investidores possam estar preocupados com o aumento temporário dos gastos com capex, o BTG Pactual afirmou que não vê nenhuma alteração estrutural no caso da empresa, em relatório divulgado nesta semana pelo banco de investimentos.
Segundo os analistas, a variação de R$ 1,4 bilhão corresponde a cerca de 2% do valor de mercado da companhia, o que é considerado um valor relativamente baixo.
Em relação às aquisições, o BTG Pactual disse, em outro relatório recente, que sem probabilidade de fazer novas fusões, a Suzano também deve focar em consolidar sua posição no mercado, o que é um sinal positivo, de acordo com analistas do banco.
Apesar de desafios no curto prazo, como as quedas nos preços da celulose, as ações da Suzano permanecem atrativas por estarem subvalorizadas, de acordo com o BTG.
Além disso, com o real próximo de suas máximas históricas, os analistas do banco também esperam uma aceleração na redução do endividamento da companhia.
Com isso, o BTG acredita que os fundamentos da Suzano continuam sólidos e mantém a recomendação de compra para SUZB3, com um preço-alvo de R$ 81 para 2025 — equivalente a um potencial de valorização de 26% sobre o fechamento anterior da ação.
*Com informações do Valor
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas