Surge um novo gigante do petróleo: Depois da Exxon e da Chevron, Diamondback anuncia fusão de US$26 bilhões na bacia do permiano
Com a fusão multibilionária com a Endeavor, a petroleira se transformará na terceira maior produtora de óleo e gás na bacia
Ainda que o Carnaval seja uma tradição brasileira, o gigantesco “bloquinho do petróleo” de Wall Street parece preparado para iniciar a folia nesta segunda-feira (12), com mais uma aquisição multibilionária no setor de óleo e gás nos Estados Unidos.
A Diamondback Energy anunciou nesta manhã que comprará a petroleira privada Endeavor Energy Partners, em um acordo de “apenas” US$ 26 bilhões — equivalente a cerca de R$ 128,8, nas cotações atuais.
A empresa conseguiu vencer a rival ConocoPhilips na corrida por uma das principais produtoras privadas de petróleo dos EUA que se arrastava há semanas.
As ações da Diamondback reagem em forte alta no pregão de hoje. Por volta das 13h, os papéis subiam 10,11% na Nasdaq, negociados a US$ 167,08.
O negócio entre as gigantes de petróleo dos EUA
A Diamondback concordou em desembolsar US$ 26 bilhões — incluindo a dívida líquida da Endeavor — para abocanhar a rival Endeavor, sendo US$ 8 bilhões em dinheiro e cerca de 117,3 milhões de ações.
Com isso, os acionistas da Diamondback passarão a deter aproximadamente 60,5% da empresa combinada, enquanto os investidores da Endeavor ficarão com uma fatia de cerca de 39,5% da nova companhia.
Leia Também
A venda acontece quase 45 anos depois que o petroleiro texano Autry Stephens iniciou a empresa, em 1979, que veio a se tornar a Endeavor em 2000.
As operações da Endeavor contam com aproximadamente 350 mil acres na região permiana de Midland e espera produzir cerca de 350 mil a 365 mil barris de petróleo equivalente por dia (boepd) em 2024.
Com a fusão com a Endeavor, a Diamondback se transformará em um dos maiores exploradores na bacia permiana do Texas e Novo México, um extenso depósito de óleo de xisto e betume existente no subsolo da América do Norte.
“Esta combinação cumpre todos os critérios exigidos para uma combinação bem-sucedida: lógica industrial sólida com sinergias tangíveis, melhor alocação combinada de capital e acréscimo financeiro significativo a curto e longo prazo. Com esta combinação, Diamondback não só fica maior, como também melhor”, disse o CEO Travis Stice.
Para ser mais precisa, a empresa combinada leva a medalha de bronze no ranking de maiores produtores de petróleo e gás na bacia, com uma produção de 816 mil barris de petróleo e gás por dia (boepd).
A companhia fica atrás somente da Exxon Mobil, com uma produção de 1,3 milhão de boepd após a fusão com a Pioneer, e da Chevron, com 867 mil barris de óleo equivalente por dia.
Vale lembrar que a corrida pela área restante de perfuração de xisto já soma mais de 20 negócios nos últimos anos. Além da Diamondback, a Chevron e a Exxon recentemente anunciaram compras bilionárias em meio à onda de consolidação na Bacia do Permiano.
- VEJA TAMBÉM: PODCAST TOUROS E URSOS - O ano das guerras, Trump rumo à Casa Branca e China mais fraca: o impacto nos mercados
As projeções da fusão multibilionária
A expectativa é que a nova empresa resultante da fusão conte com 838 mil acres combinados e produza 816 mil barris de petróleo equivalente por dia.
Já em relação às sinergias, as empresas de petróleo projetam US$ 550 milhões ao ano, chegando a mais de US$ 3 bilhões em valor líquido nos próximos dez anos.
Esse montante considera a estimativa de aproximadamente US$ 325 milhões em sinergias de capital e custos operacionais. A Diamondback espera que as sinergias operacionais sejam realizadas em 2025 pela empresa combinada.
Por sua vez, a expectativa é de US$ 150 milhões em alocação de capital e sinergias de terras. Já para sinergias de custos financeiros e corporativos, a projeção chega em torno de US$ 75 milhões.
“A Diamondback provou ser uma operadora de baixo custo de primeira linha na Bacia do Permiano nos últimos doze anos, e essa combinação nos permite trazer essa estrutura de custos para um ativo maior e alocar capital para uma posição de estoque pro forma mais forte”, afirmou Travis Stice, CEO da Diamondback, em nota.
A Diamondback espera que a fusão seja concluída no quarto trimestre de 2024. O negócio está sujeito ao cumprimento de condições como a aprovação da transação pelos acionistas da empresa.
No fechamento, a compradora ainda deverá assinar um acordo de acionistas com os investidores da Endeavor, que incluirá direitos de nomeação de diretores.
Após a conclusão da aquisição, os executivos da Endeavor, Carlos Meloy e Lance Robertson, passarão a fazer parte do conselho de administração.
*Com informações de Reuters e Financial Times.
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master
Ele foi o segundo maior banco privado do Brasil e seu jingle resistiu ao tempo, mas não acabou numa boa
Do auge ao colapso: o caso Bamerindus marcou o FGC por décadas como um dos maiores resgates do FGC da história — até o Banco Master
Cedae informa suspensão do pagamento do resgate de CDBs do Banco Master presentes na sua carteira de aplicações
Companhia de saneamento do Rio de Janeiro não informou montante aplicado nos papéis, mas tinha R$ 248 milhões em CDBs do Master ao final do primeiro semestre
A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro
Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB
De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília
Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro
O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento
Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)
Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar
Liquidado: de crescimento acelerado à crise e prisão do dono, relembre como o Banco Master chegou até aqui
A Polícia Federal prendeu o dono da empresa, Daniel Vorcaro, em operação para apurar suspeitas de crimes envolvendo a venda do banco para o BRB, Banco de Brasília.
BTG Pactual (BPAC11) quer transformar o Banco Pan (BPAN4) em sua subsidiária; confira proposta
Segundo fato relevante publicado, cada acionista do Pan receberá 0,2128 unit do BTG para cada ação, exceto o Banco Sistema, que já integra a estrutura de controle. A troca representa um prêmio de 30% sobre o preço das ações preferenciais do Pan no fechamento de 13 de outubro de 2025
Polícia Federal prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; BC decreta liquidação extrajudicial da instituição
O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, que vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Azzas 2154 (AZZA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam mais de R$ 300 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP)
Dona da Arezzo pagará R$ 180 milhões, e fabricante de ônibus, R$ 169 milhões, fora os JCP; veja quem tem direito aos proventos
XP (XPBR31) anuncia R$ 500 milhões em dividendos e recompra de até R$ 1 bilhão em ações após lucro recorde no 3T25
Companhia reportou lucro líquido de R$ 1,33 bilhão, avanço de 12% na comparação anual; veja os destaques do balanço
Banco do Brasil (BBAS3) lança cartão para a altíssima renda de olho nos milionários; veja os benefícios
O cartão BB Visa Altus Liv será exclusivo para clientes com mais de R$ 1 milhão investido, gastos médios acima de R$ 20 mil e/ou renda mínima de R$ 30 mil
A ação que pode virar ‘terror’ dos vendidos: veja o alerta do Itaú BBA sobre papel ‘odiado’ na B3
Apesar da pressão dos vendidos, o banco vê gatilhos de melhora para 2026 e 2027 e diz que shortear a ação agora pode ser um erro
JBS (JBSS32): BofA ‘perdoa’ motivo que fez mercado torcer o nariz para a empresa e eleva preço-alvo para as ações
Após balanço do terceiro trimestre e revisão do guidance, o BofA elevou o preço-alvo e manteve recomendação de compra para a JBS
