Queda livre das ações faz PagSeguro ter caixa maior do que valor de mercado em bolsa: oportunidade ou cilada?
Nas contas do JP Morgan, a PagSeguro possui R$ 9,6 bilhões em caixa líquido, excluindo os empréstimos, enquanto o free float é de R$ 9,5 bilhões
As empresas de maquininhas de cartão passam por momentos difíceis na bolsa. Mas a PagSeguro chamou a atenção dos analistas do JP Morgan — especialmente depois que as ações chegaram a acumular uma queda de cerca de 40% no último mês.
Isso porque, nas contas do banco norte-americano, a PagSeguro possui R$ 9,6 bilhões em caixa líquido, excluindo os empréstimos.
No entanto, o valor do free float — isto é, o valor de mercado das ações disponíveis para negociação em bolsa — é de R$ 9,5 bilhões. Lembrando que a dona do Pagbank possui ações listadas em Nova York e BDRs negociados na B3, com o código PAGS34.
Mas o que isso significa na prática? O fato de a empresa valer hoje menos que o dinheiro que possui em caixa representa uma oportunidade ou uma cilada para o investidor?
- VEJA TAMBÉM: Robô que pode gerar +R$ 600 por dia, em média, ganha versão para celular e funciona com 3 comandos; veja como baixar
Para começar, os analistas do JP Morgan explicam que parte dos R$ 9,6 bilhões que a PagSeguro mantém fazem parte de um fundo de R$ 45 bilhões, exigidos como garantia para as empresas de pagamento.
Mas o banco norte-americano acredita que a empresa pode promover mudanças nessa estrutura de capital e usar o dinheiro em caixa para acelerar as recompras de ações ou até mesmo distribuir dividendos aos acionistas.
Leia Também
Mesmo assim, o JP Morgan mantém recomendação neutra para a PagSeguro, destacando a pressão do aumento da Selic sobre os negócios e a falta de perspectivas positivas mais claras.
Uma oportunidade para PagSeguro
Ainda segundo o relatório do JP Morgan, esse montante em caixa poderia ser substituído pela venda de recebíveis da empresa, o que tende a gerar rendimentos maiores.
Geralmente, esses valores são oferecidos a 107% do CDI e, levando em conta uma Selic de 12% ao ano, o custo da operação seria de 12,8%. Levando em conta as projeções do banco para 2025, essa estratégia tende a ser mais lucrativa para a empresa.
Contudo, essa operação teria impacto negativo de cerca de R$ 1,1 bilhão em juros ao lucro da companhia. Atualmente, as estimativas de lucro antes dos impostos são de algo em torno de R$ 2,3 bilhões até o fim de 2024.
Setor de maquininhas passa por maus momentos
As ações da Cielo (CIEL3) deixaram de ser negociadas na bolsa brasileira em meados de agosto deste ano depois que Bradesco e Banco do Brasil lançaram uma oferta pela participação dos minoritários na B3.
E não é apenas a PagSeguro que enfrenta um momento difícil na bolsa. As ações da rival Stone (STOC31) acumulam queda de mais de 30% neste ano, ainda que as perspectivas para o futuro sejam relativamente boas.
De todo modo, parte do mercado teme pelo futuro das empresas de maquininhas. A entrada em operação do Pix por aproximação, por exemplo, pode extinguir a necessidade de um intermediário — isto é, as operadoras de maquininhas — para transações no comércio, pode colocar mais uma pedra no caminho do segmento.
JBS (JBSS32): BofA ‘perdoa’ motivo que fez mercado torcer o nariz para a empresa e eleva preço-alvo para as ações
Após balanço do terceiro trimestre e revisão do guidance, o BofA elevou o preço-alvo e manteve recomendação de compra para a JBS
Grupo Toky (TOKY3), da Mobly e Tok&Stok, aprova aumento de capital e diminui prejuízo, mas briga entre sócios custou até R$ 42 milhões
Empresa amargou dificuldades com fornecedores, que levaram a perdas de vendas, faltas de produtos e atraso nas entregas
Petrobras (PETR4) descobre ‘petróleo excelente’ no Rio de Janeiro: veja detalhes sobre o achado
A estatal identificou petróleo no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde e segue com análises para medir o potencial da nova área
Gigantes de frango e ovos: JBS e Mantiqueira compram empresa familiar nos EUA para acelerar expansão internacional
A maior produtora de frangos do mundo e a maior produtora de ovos da América do Sul ampliam sua presença global
Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) têm perdas bilionárias no trimestre; confira os números dos balanços
Os resultados são uma fotografia dos desafios financeiros que as duas companhias enfrentam nos últimos meses; mudanças na alta cúpula também são anunciadas
Nubank (ROXO34): o que fazer com a ação após maior lucro da história? O BTG responde
Na bolsa de Nova York, a ação NU renovava máximas, negociada a US$ 16,06, alta de 3,11% no pregão. No acumulado de 2025, o papel sobe mais de 50%.
IRB (IRBR3) lidera quedas do Ibovespa hoje após tombo de quase 15% no lucro líquido, mas Genial ainda vê potencial
Apesar dos resultados fracos no terceiro trimestre, a gestora manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa
Não aprendi dizer adeus: falência da Oi (OIBR3) é revertida. Tribunal vê recuperação possível e culpa gestão pela ruína
A desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, decidiu suspender os efeitos da decretação de falência, concedendo à companhia uma nova chance de seguir com a recuperação judicial
iPhones com até 45% de desconto no Mercado Livre; veja as ofertas
Ofertas são da loja oficial da Apple dentro do marketplace e contam com entrega Full e frete grátis
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
