Petrobras (PETR4): Lucro menor e nada de dividendos extraordinários — veja o que você precisa saber sobre o balanço do 4T23
A Petrobras já vinha dando sinais de que os dividendos extraordinários poderiam não vir; queda do preço do petróleo pesou sobre o lucro

O preço menor do petróleo pesou nos resultados da Petrobras (PETR4) no quarto trimestre de 2023.
Com a queda nas cotações do seu principal produto, a estatal registrou lucro líquido de R$ 31 bilhões.
O montante representa uma redução de 28,4% na comparação com o mesmo período de 2022.
O resultado ficou cerca de 10% abaixo da projeção média dos analistas, que apontava para R$ 34,6 bilhões, de acordo com as prévias do Broadcast.
Outro banho de água fria
A queda no lucro líquido foi um banho de água fria para os investidores, mas não foi o único.
Para além do resultado, o que todo investidor queria saber é se a Petrobras iria anunciar dividendos extraordinários depois que o comando da companhia sinalizou que poderia sacrificar o pagamento aos acionistas em prol do aumento de investimentos em transição energética.
Leia Também
A sinalização se confirmou.
A Petrobras não vai pagar dividendos extraordinários referentes ao quarto trimestre de 2023.
De qualquer modo, isso não significa que a Petrobras não vá pagar nenhum provento referente ao período.
Ela vai, mas eles ficarão limitados a 45% do fluxo de caixa livre nos últimos três meses do ano passado, conforme a fórmula aprovada em julho último.
Diante disso, a Petrobras vai distribuir dividendos ordinários de R$ 1,09894844 por ação, totalizando R$ 14,2 bilhões. O provento será pago em duas parcelas, uma em maio e outra junho.
'Valor que se reverte para a sociedade brasileira'
O anúncio eleva a R$ 72,4 bilhões o total de dividendos referentes ao exercício de 2023.
Em carta aos acionistas, o presidente da Petrobras qualificou o montante como "um valor que se reverte para a sociedade brasileira.
- O que está em jogo para a Petrobras (PETR4) após o balanço do 4T23? Descubra a resposta na edição especial do Giro do Mercado, no dia 8 de março, às 12h. Clique aqui para se inscrever na transmissão gratuitamente.
Uma neblina sobre os dividendos da Petrobras
Os analistas estavam divididos sobre o valor que a Petrobras iria pagar aos acionistas.
A Guide Investimentos, por exemplo, previa uma distribuição alinhada aos montantes depositados para os acionistas nos últimos trimestres, sem dividendos extraordinários.
Já o Itaú BBA projetava que a Petrobras pagaria entre US$ 4,7 bilhões e US$ 8,5 bilhões em dividendos extraordinários no quarto trimestre de 2023.
A neblina que se formou sobre os dividendos da estatal veio do comando na empresa.
Em entrevista à Bloomberg no fim de fevereiro, Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, disse que seria "mais conservador do que agressivo" na distribuição de dividendos.
O discurso causou uma forte pressão sobre as ações da petroleira na bolsa brasileira — que chegaram a desabar mais de 5% na B3 naquele pregão.
No mesmo dia, a estatal tentou clarear a situação indicando que não havia nenhuma decisão tomada em relação à distribuição de dividendos ainda não declarados.
Na ocasião, a petroleira reafirmou que as deliberações futuras teriam como base a nova política de remuneração aos acionistas da companhia.
Lembrando que, em julho do ano passado, a estatal mudou a política de dividendos.
A nova regra prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor, a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre.
No quarto trimestre de 2023, o fluxo de caixa livre da Petrobras fechou em R$ 39,8 bilhões, 18,4% abaixo do mesmo período de 2022.
- Vamos analisar o balanço do 4T23 da Petrobras (PETR4) para você. No dia 08/03, o analista Ruy Hungria e o gestor João Piccioni participarão da edição especial do Giro do Mercado para discutir em detalhes os números da petroleira. Inscreva-se AQUI para a transmissão gratuita.
Céu claro para a Petrobras?
Os resultados financeiros da Petrobras acabaram sendo ofuscados por toda polêmica em torno dos dividendos, mas nem por isso são menos importantes.
Em 2023 como um todo, o lucro líquido da estatal somou R$ 124,6 bilhões, uma baixa de 33,8% em relação a 2022.
A queda foi atribuída à redução do preço internacional do petróleo no ano passado.
O preço médio do barril do petróleo do tipo Brent no decorrer de 2023 foi de US$ 82,62. Trata-se de uma cotação 18,4% inferior aos US$ 101,19 de preço médio registrado em 2022.
Apesar disso, o lucro líquido apurado em 2023 foi o segundo melhor resultado da história da Petrobras.
Já a receita líquida da Petrobras no quarto trimestre de 2023 totalizou R$ 134,26 bilhões, uma diminuição de 15,3% em base anual. Em 2023, a receita foi de R$ 511,99 bilhões, queda de 20,2% ante 2022.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) encolheu 8,5% no quarto trimestre em uma comparação ano a ano, para US$ 66,85 bilhões. Em 2023 somou R$ 262,23 bilhões, uma queda de 23% ante 2022.
A dívida líquida da Petrobras subiu para US$ 44,69 bilhões no fim de 2023, um resultado 7,7% maior do que os US$ 43,7 bilhões registrados no quarto trimestre de 2022.
Já os investimentos da estatal no quarto trimestre de 2023 subiram 23,7% ante o mesmo período de 2022, para US$ 3,55 bilhões.
Ainda em relação ao quarto trimestre de 2023, a Petrobras chegou ao fim do período com R$ 86,67 bilhões em caixa, 35,2% a mais do que no fim do terceiro trimestre.
Petrobras (PETR4) opera em queda, mas nem tudo está perdido: chance de dividendo bilionário segue sobre a mesa
A estatal divulgou na noite de terça-feira (29) os dados de produção e vendas do período de janeiro e março, que foram bem avaliados pelos bancos, mas não sobrevive às perdas do petróleo no mercado internacional; saiba o que está por vir com relação ao balanço
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
CPFL (CPFE3), Taesa (TAEE11), Embraer (EMBR3) e SLC Agrícola (SLCE3) vão distribuir quase R$ 4 bilhões em dividendos
A maior fatia é da CPFL, que pagará R$ 3,2 bilhões em proventos adicionais ainda sem data definida para pingar na conta dos acionistas
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Yudqs (YDUQ3) e Cogna (COGN3) vão distribuir R$ 270 milhões em dividendos; veja quem mais paga
A maior fatia dos proventos é da Yudqs, que pagará R$ 150 milhões em proventos adicionais no dia 8 de maio
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Engie (EGIE3) distribui mais R$ 715 milhões em dividendos e total pago no ano chega a R$ 1,8 bilhão; confira os prazos
O montante anunciado agora se junta aos R$ 1,2 bilhão previamente anunciados pela companhia de energia em 2024
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa