Oi (OIBR3): Credores aprovam venda para empresa de internet V.tal — em mais um passo rumo ao fim da recuperação judicial
No entanto, diante da “complexidade dos termos e condições descritos na proposta”, alguns desses credores pediram mais informações sobre determinados pontos do acordo

A Oi (OIBR3) deu um passo em direção ao fim da recuperação judicial. Após duas rodadas de leilão, os credores aprovaram na última terça-feira (8) a venda da ClientCo, sua unidade de banda larga, para a empresa de internet V.tal.
Foi um negócio “caseiro”, já que a V.tal possui a Oi como acionista minoritária — a empresa de redes neutras é controlada pelo BTG Pactual.
Considerada uma etapa crucial da reestruturação de dívidas, os credores tinham dez dias corridos, contados a partir do leilão realizado no fim de setembro, para aprovar — ou rejeitar — a proposta feita pela V.tal.
Única oferta do dia, a V.tal propôs abocanhar a divisão de banda larga da Oi por R$ 5,683 bilhões na audiência realizada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
A operação agora foi aprovada pelos credores opção de reestruturação I e os credores da dívida ToP sem Garantia 2024/2025 Reinstated – Opção I.
No entanto, diante da “complexidade dos termos e condições descritos na proposta”, alguns desses credores pediram mais informações sobre determinados pontos do acordo, segundo fato relevante enviado à CVM.
Leia Também
A proposta apresentada pela operadora de rede neutra não envolve o pagamento de dinheiro vivo. A “moeda” envolve a troca de ações, perdão e dívida de compromissos da operadora.
A V.tal pretende emitir R$ 4,99 bilhões em ações pela ClientCo. A oferta inclui ainda R$ 375 milhões a partir de créditos extraconcursais detidos pela V.tal contra a Oi; e R$ 308 milhões em debêntures.
A expectativa é que a nova versão da proposta com os esclarecimentos apresentados seja integrada aos autos da recuperação judicial da Oi em até um dia após o recebimento do documento pela Administração Judicial.
Além da operação de fibra, o recente acordo com os reguladores para se livrar dos custos regulatórios de manter operações de telefonia fixa traz algum alento à Oi, que enfrenta o segundo processo de recuperação judicial. A operadora vale hoje pouco mais de R$ 1,6 bilhão na B3.
Relembre a primeira rodada do leilão da Oi (OIBR3)
Vale relembrar que a primeira rodada, realizada em julho, também rendeu apenas um lance.
Na época, a Ligga, empresa de telecomunicações ligada ao empresário Nelson Tanure, ofereceu R$ 1,05 bilhão pela antiga Oi Fibra.
Mas o plano de recuperação judicial da Oi, aprovado em abril, estabelecia um valor mínimo de R$ 7,3 bilhões para o negócio.
O objetivo da venda é justamente fortalecer o caixa da companhia para o cumprimento do plano.
Como a cifra proposta pela Ligga foi muito inferior à prevista, a rodada do leilão foi suspensa para que a administração judicial da companhia apresentasse a oferta para análise e deliberação dos credores, que a rejeitaram no final de julho.
- Leia também: analista aponta que a bolsa está ainda mais barata e recomenda 10 ações para comprar “com desconto”
V.tal versus Ligga Telecom
Embora a V.tal tenha sido a única empresa a apresentar uma proposta na segunda etapa do leilão, a Ligga Telecom também estava no páreo na disputa pela unidade de banda larga da Oi, mesmo após ter sua oferta rejeitada na primeira rodada.
No fim de setembro, a Justiça do Rio de Janeiro autorizou a participação da Ligga no novo certame. No entanto, antes do leilão, a Justiça reviu a decisão e retirou a empresa do páreo, atendendo ao pedido da V.tal.
A companhia ligada a Tanure solicitou que não fosse obrigada a apresentar documentos de declaração de concordância e adesão aos termos do plano de recuperação judicial da operadora e ao edital do novo leilão.
No entanto, na avaliação da Justiça, o argumento da V.tal fazia sentido: a segunda rodada do leilão seria diferente da primeira e, portanto, a declaração da Ligga de conformidade com as regras do edital no primeiro certame não teria a mesma validade.
VEJA TAMBÉM — Como ganhar dinheiro em outubro: onde investir em cripto, dividendos, FIIs, ações e BDRs
Banco do Brasil (BBAS3) cai mais de 5% e Ibovespa recua 2,1% em dia de perdas generalizadas; dólar sobe a R$ 5,509
Apenas cinco ações terminaram o pregão desta terça-feira (19) no azul no Ibovespa; lá fora, o Dow Jones renovou recorde intradia com a ajuda de balanços, enquanto o Nasdaq foi pressionado pelas fabricantes de chip
Banco do Brasil (BBAS3) numa ponta e Itaú (ITUB4) na outra: após resultados do 2T25, o investidor de um destes bancos pode se decepcionar
Depois dos resultados dos grandes bancos no último trimestre, chegou a hora de saber o que o mercado prevê para as instituições nos próximos meses
Do fiasco do etanol de segunda geração à esperança de novo aporte: o que explica a turbulenta trajetória da Raízen (RAIZ4)
Como a gigante de energia foi da promessa do IPO e da aposta do combustível ESG para a disparada da dívida e busca por até R$ 30 bilhões em capital
Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal
De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda
Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)
Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão