O pior já passou para o Magazine Luiza (MGLU3)? Saiba o que esperar do balanço do 4T23 que a varejista divulga hoje
A expectativa dos analistas é que o Magalu registre um lucro líquido ajustado de R$ 40,5 milhões no quarto trimestre, segundo a média das projeções compiladas pela Bloomberg

Depois de um longo e doloroso ciclo de juros altos que derrubou os resultados — e as ações na B3 —, o Magazine Luiza (MGLU3) deve começar a dar sinais de que o pior ficou para trás no balanço do quarto trimestre de 2023.
Pelo menos essa é a expectativa dos analistas para os os números que a varejista divulga na noite desta segunda-feira (18), após o fechamento dos negócios na bolsa.
O Magalu deve registrar um lucro líquido ajustado de R$ 40,5 milhões no quarto trimestre, de acordo com a média das projeções compiladas pela Bloomberg. Caso confirme a estimativa, a empresa vai reverter o prejuízo de R$ 15,2 milhões dos últimos três meses de 2022.
Lembrando que, depois de muita especulação e a descoberta de erros contábeis no balanço, o Magazine Luiza passou por uma capitalização de pouco mais de R$ 1 bilhão. A família Trajano e o banco BTG Pactual garantiram a demanda e colocaram dinheiro novo para reforçar o caixa da varejista.
Seja como for, os analistas diminuíram o ceticismo com as ações da varejista depois da injeção bilionária de capital e do cenário macro mais favorável. Veja as principais estimativas do consenso Bloomberg para o Magalu no 4T23:
- Lucro líquido: R$ 40,5 milhões;
- Receita líquida: R$ 10,8 bilhões;
- Ebitda: R$ 740,7 milhões;
- Dívida líquida: R$ 6,22 bilhões.
LEIA TAMBÉM: Ainda há esperanças para o varejo, segundo analista Larissa Quaresma; veja quais são os 3 papéis do setor recomendados para este mês
Magazine Luiza (MGLU3): efeito Copa e disputa pelo e-commerce
Na visão da XP Investimentos, o Magalu deve registrar resultados mistos no trimestre, com receita líquida ainda fraca, mas melhora nos níveis de lucratividade.
Leia Também
Para o Safra, a varejista ainda deve ser impactada pela base de comparação forte — já que o quarto trimestre de 2022 foi impulsionado pela venda de televisões para a Copa do Mundo.
Por sua vez, o Santander ainda espera um avanço tímido no volume geral de vendas (GMV) total do Magazine Luiza, para R$ 18,2 bilhões.
Na avaliação do Itaú BBA, o Mercado Livre deve continuar em destaque no e-commerce no trimestre, mas o Magazine Luiza (MGLU3) deve ganhar margem no trimestre.
Para os analistas do banco, o Magazine Luiza deve ganhar 0,8 ponto percentual de margem Ebitda no quarto trimestre de 2023, para 6,8%, ajudado pelo foco maior em rentabilidade, apesar de tendências mais fracas de GMV.
A Genial Investimentos acredita que a margem bruta deve ser o principal destaque do balanço da varejista
“Após o ‘evento Americanas’, entendemos que o mercado deva adotar uma postura mais racional para Black Friday em termos de rentabilidade”, afirmam os analistas.
“Ao somarmos esse ponto de racionalidade ao fato de que o marketplace do Magalu deve ganhar espaço em mix de vendas, acreditamos que a companhia tem espaço para apresentar um trimestre histórico em margem bruta.”
Com o crescimento da margem bruta aliado à redução de despesas feita em 2023, os analistas projetam que o Magalu deva apresentar uma margem Ebitda próxima aos níveis de 2020.
O que esperar das ações
Apesar da expectativa de melhora nos números, os analistas de modo geral mantêm o pé atrás com as ações do Magazine Luiza (MGLU3).
Os papéis da varejista contam hoje com três recomendações de compra e sete de manutenção, de acordo com dados da plataforma TradeMap.
O Santander está no grupo dos que possuem recomendação neutra para as ações MGLU3.
Para os analistas, o Magalu atualmente enfrenta quatro principais riscos em seu caminho.
Um deles é a piora do cenário macroeconômico, levando a um ritmo mais lento que o esperado de crescimento de vendas e recuperação de margens.
Outro temor apontado pelos analistas é uma concentração em categorias de bens duráveis, como eletrônicos, nas lojas físicas e no e-commerce.
O Magazine Luiza enfrenta ainda forte concorrência no segmento de marketplace, que poderia levar à deterioração da rentabilidade, ainda de acordo com os analistas.
Por fim, o Santander destaca o risco de uma alta alavancagem e encargos com despesas financeiras que limitem as oportunidades de investimento.
No fim de fevereiro, o Citi rebaixou a recomendação da ação MGLU3 de “compra/alto risco” para “neutra/alto risco” e cortou o preço-alvo para R$ 2,50, acompanhando a perspectiva de um crescimento mais moderado da varejista no médio prazo.
Os analistas veem a ação do Magalu sendo negociada a 81 vezes o múltiplo preço por lucro (P/E) para 2024 e 20 vezes para 2025. Segundo o banco, esse patamar de valuation “não é atraente, dado o perfil de crescimento de médio prazo da empresa agora”.
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas