O melhor ponto de entrada para Cosan (CSAN3) é agora, diz BTG; para analistas, ação pode disparar 60% com “joias esquecidas”
Os analistas mantiveram a recomendação de compra para as ações CSAN3 e fixaram um preço-alvo de R$ 30 para os próximos 12 meses
Um dos maiores desafios para a maior parte dos investidores é saber o momento certo de comprar uma ação. Pois os analistas do BTG Pactual se mostram convictos sobre a Cosan (CSAN3).
Na visão do banco, os papéis da empresa estão baratos e “o melhor ponto de entrada para uma holding como a Cosan é agora”. Para os analistas, as “joias de R$ 32 bilhões” da companhia ainda devem impulsionar os ganhos em 2024.
Eles se referem às participações do grupo em empresas como Compass, Moove, além das operações agrícolas — nenhuma delas listada em bolsa.
O BTG manteve a recomendação de compra para as ações CSAN3 e fixou um preço-alvo de R$ 30 para os próximos 12 meses, implicando em um potencial de valorização de até 61% em um ano, considerando a cotação do último fechamento, de R$ 18,56.
“A Cosan não só mantém uma liquidez saudável, como também está à beira de uma rápida desalavancagem à medida que os negócios operacionais amadurecem.”
Os papéis acumulam baixa de 6,8% na bolsa em 2024 e estendem as perdas para o pregão de hoje. Por volta das 17h20, as ações recuavam 2,69%, negociadas a R$ 18,06.
Leia Também
A tese de investimento em Cosan (CSAN3)
O triângulo é considerado uma das formas mais estáveis e resistentes da natureza — e é justamente ele que sustenta a tese de compra do BTG Pactual para as ações da Cosan (CSAN3).
Os analistas enxergam uma tríade de fatores que podem destravar valor para a companhia daqui para frente: potencial de desalavancagem e de desbloqueio de valor e estreitamento do potencial de desconto de detenção.
Para o banco, a Cosan pode ser uma boa pedida para quem quer surfar o ciclo de redução de taxas de juros no Brasil.
Isso porque a empresa aumentou seu nível de endividamento ao longo dos últimos três anos, com mais de 10 fusões e aquisições (M&As) somando quase R$ 29 bilhões.
Segundo os analistas, a queda dos juros e a redução de investimentos na maioria das subsidiárias devem aumentar a conversão pro forma de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado em caixa da Cosan neste ano e, principalmente, em 2025.
“Veremos a relação de alavancagem descer para menos de 2 vezes em 2024 e para 1,5 vez daqui a dois anos”, projetam.
- VEJA TAMBÉM: ONDE INVESTIR EM FEVEREIRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS, BDRS E CRIPTOMOEDAS - MELHORES INVESTIMENTOS
O fim do ciclo de investimentos
Mas a redução da alavancagem está diretamente relacionada à capacidade da empresa de criar valor através de ciclos de investimento, de acordo com os analistas.
Segundo o BTG, durante as fases mais ativas dos ciclos de investimento, os investidores geralmente não pagam antecipadamente o valor da diversificação e do crescimento. “Quando esses investimentos amadurecem e passam a gerar caixa, o valuation aumenta.”
O último ciclo de investimentos foi marcado pela estreia da Cosan como acionista da Vale, mas também registrou injeções na Raízen, Compass, Rumo e Moove.
“Os acionistas deverão ser capazes de capturar o valor transferido da dívida para o capital próprio, uma vez que vemos a holding perto do seu pico de alavancagem. Esse processo pode ser ainda mais acelerado se as taxas domésticas de juros caírem mais rapidamente, tornando a ação uma das melhores opções do Brasil em nossa cobertura.”
As joias esquecidas da Cosan (CSAN3)
O banco ainda projeta possíveis eventos de desbloqueio de valor para a Cosan (CSAN3) nos próximos 12 meses.
Na visão do BTG Pactual, as ações da companhia são negociadas com um desconto significativo em relação ao SOTP — análise da soma das partes, em português — das suas subsidiárias.
Mas é importante destacar que isso não é uma questão unicamente da Cosan.
Normalmente, as holdings costumam negociar com descontos, uma vez que investidores exigem um preço mais baixo por possuírem uma participação numa empresa que “está mais distante do fluxo de dividendos das operações”, segundo os analistas.
Porém, para o BTG, a discussão é diferente no caso da Cosan. Isso porque a empresa não exerce apenas o controle de seus ativos, como também faz parte do pensamento estratégico por trás deles — o que pode gerar prêmio para os investidores.
Um exemplo disso é a participação da holding no capital votante da Raízen. Os analistas ainda veem oportunidades para investidores abocanharem parte das “joias esquecidas” da Cosan.
Isso porque o banco prevê que a Compass, a Moove e as operações agrícolas gerem um montante de R$ 32 bilhões em valor para a Cosan.
De acordo com os analistas, o investimento em CSAN3 permite aproveitar os descontos em unidades de negócios relevantes e geradoras de caixa, como a Compass, a Moove e a Radar. Afinal, como elas não possuem capital aberto, não é possível investir diretamente através da compra de ações na B3.
“No último aumento de capital privado, a Compass foi avaliada em R$ 18,8 bilhões, e acreditamos que muitos investidores continuam a usar isso como referência ao avaliar a Cosan.”
Na análise do BTG, a Cosan deve receber cerca de R$ 2,8 bilhões em dividendos de suas subsidiárias neste ano e R$ 3,5 bilhões em 2025.
Resultado fraco derruba a ação da Vamos (VAMO3) — mas para 4 analistas, ainda há motivos para comprar
Em reação ao desempenho, as ações chegaram a cair mais de 7% no início do dia, figurando entre as maiores perdas do Ibovespa
Oncoclínicas (ONCO3) atinge meta de R$ 1 bilhão para seguir em frente com aumento de capital. Isso é suficiente para reerguer as finanças?
Com a subscrição de R$ 1 bilhão alcançada no aumento de capital, a Oncoclínicas tenta reverter sua situação financeira; entenda o que vem pela frente
Banco do Brasil (BBAS3) no fundo do poço? Com previsão de lucro pressionado e ROE de um dígito, saiba se vale comprar as ações antes da virada
A conta do agro chegou — e continuará a pressionar: por que o Banco do Brasil deve ser o azarão da temporada de balanços outra vez?
CVM pressiona, credores cobram: Ambipar (AMBP3) adia balanço do 3T25 em meio ao enigma do caixa
Apenas alguns meses após reportar quase R$ 5 bilhões em caixa, a Ambipar pediu RJ; agora, o balanço do 3T25 vira peça-chave para entender o rombo
Braskem (BRKM5) tem prejuízo no 3T25, mas ação salta mais de 16%; entenda do que o mercado gostou
A companhia registrou prejuízo de R$ 26 milhões do terceiro trimestre depois de perdas de R$ 92 milhões no mesmo período de 2024, uma redação de 96%
Seca de dividendos da BB Seguridade (BBSE3)? Entenda o que levou o JP Morgan a rebaixar a ação para venda
Um dos pontos que entrou no radar dos analistas é a renovação do contrato de exclusividade com o Banco do Brasil, que vence em 2033, mas não é o único
11.11: o que prometem a Amazon e o KaBuM às vésperas da Black Friday
Varejistas apostam em cupons, lives e descontos relâmpago para capturar compras antes do pico da Black Friday
A engrenagem da máquina de lucros: Como o BTG Pactual (BPAC11) bate recordes sucessivos em qualquer cenário econômico
O banco de André Esteves renovou outra vez as máximas de receita e lucro no 3T25. Descubra os motores por trás do desempenho
Black Friday e 11.11 da Shopee: achadinhos de até R$ 35 que podem deixar sua casa mais prática
Entre utilidades reais e pequenos luxos da rotina, a Black Friday e o 11.11 revelam acessórios que tornam a casa mais funcional ou simplesmente mais divertida
A Isa Energia (ISAE4) vai passar a pagar mais dividendos? CEO e CFO esclarecem uma das principais dúvidas dos acionistas
Transmissora garante que não quer crescer apenas para substituir receita da RBSE, mas sim para criar rentabilidade
É recorde atrás de recorde: BTG Pactual (BPAC11) supera expectativa com rentabilidade de 28% e lucro de R$ 4,5 bilhões no 3T25
O balanço do BTG trouxe lucro em expansão e rentabilidade em alta; confira os principais números do trimestre
Valorização da Hypera (HYPE3) deve chegar a 20% nos próximos meses, diz Bradesco BBI; veja qual é o preço-alvo
Analistas veem bons fundamentos e gatilhos positivos para a empresa à frente
Desdobramentos da falência: B3 suspende negociações das ações Oi (OIBR3)
Segundo o último balanço da companhia, referente ao segundo trimestre, a empresa tinha 330 mil ações em circulação, entre ordinárias e preferenciais
MBRF (MBRF3): lucro recua 62% e chega a R$ 94 milhões no 3T25; confira os primeiros números após a fusão
Nas operações da América do Norte, os resultados foram impulsionados pela racionalização da produção e crescente demanda pela proteína bovina
Vale a pena investir na Minerva (BEEF3): Santander eleva preço-alvo e projeta alta de 25% com dividendos no radar
Analistas avaliam que queda de 14% após balanço foi um exagero, e não considera os fundamentos da empresa adequadamente
Vai renovar a casa? Esses eletrodomésticos estão com desconto de Black Friday no Magazine Luiza
Descontos no Magalu incluem geladeiras, TVs e lavadoras; confira detalhes antes de decidir
Tchau, Oi (OIBR3): como a empresa que já foi uma “supertele” sucumbiu à falência? A história por trás da ruína
A telecom teve sua falência decretada na tarde desta segunda-feira (10), depois de quase uma década de recuperação judicial — foram duas, uma atrás da outra
MBRF (MBRF3) arranca na B3 antes do primeiro balanço após a fusão, mas ciclo pode estar prestes a virar; o que esperar do 3T25
Ciclo da empresa pode estar prestes a virar: o crescimento da oferta de carne deve crescer, pressionando novamente as margens mais à frente
Justiça decreta falência da Oi (OIBR3) e liquidação dos ativos: “a Oi é tecnicamente falida”, diz juíza
A juíza determinou a continuação provisória das atividades da Oi até que os serviços sejam assumidos por outras empresas
Shopee, Mercado Livre e TikTok Shop transformam o 11.11 em prévia da Black Friday
Com o 11.11, varejo estende as ofertas por todo o mês e disputa a atenção do consumidor antes da Black Friday
