Mais empresas no guarda-chuva da Cosan (CSAN3)? Compass deve estruturar nova companhia e pode aproveitar privatizações; entenda
Compass vê mercado de gás natural com demanda crescente no Brasil e espaço para expandir portfólio atual

Não é novidade que a Cosan (CSAN3) é um grande grupo, composto por diversas empresas nos setores de óleo e gás, energia, mineração e logística. É só lembrar de companhias como a Compass, Raízen (RAIZ4) e Rumo (RAIL3).
As duas últimas também com capital aberto na bolsa de valores brasileira.
Mas, embora o CEO da Cosan, Luis Henrique Guimarães, afirme que está satisfeito com o portfólio e ativos atuais do grupo, uma nova empresa deve ser estruturada dentro da Compass, que atua no segmento de gás natural.
Além disso, a Compass vê oportunidades de crescer com as empresas que já adquiriu e pode aproveitar a privatização de algumas distribuidoras de gás em estados do Centro-Sul do Brasil. É o que foi mostrado a analistas e jornalistas durante o Cosan Day.
Segundo o CEO da Compass, Nelson Gomes, a nova companhia já está sendo criada a partir do segmento atualmente chamado de “Marketing & Services”, e será composta por quatro outras áreas e/ou ativos:
- O Terminal de Regaiseficação de São Paulo (TRSP), que está sendo construído em Santos (SP) e deve entrar em operação em 2025;
- Uma plataforma B2B em Gás Natural Liquefeito (GNL);
- A joint venture criada recentemente com a Orizon, que está construindo uma unidade de biometano;
- E uma área de comercialização do gás e do biometamo que serão distribuídos a partir do terminal e da unidade em construção.
“Essa nova companhia está em gestação, ainda vai ter nome, e começamos a operá-la no início do ano que vem. O primeiro ativo dessa companhia é o terminal”, disse Gomes durante o evento.
Leia Também
Compass: capacidade do TRSP será ser modulada
De acordo com o CEO da Compass, com o novo terminal em Santos, a companhia poderá levar gás a áreas que não tem acesso à commodity ainda e há muito espaço para crescer nesse mercado no Brasil.
A partir do terminal, o GNL pode ser armazenado em navio e também pode ser distribuído por meio de caminhões. Para atender a outras empresas, a Compass ainda montou o que chamou de plataforma B2B.
A demanda potencial prevista do terminal é de 97 milhões de metros cúbicos por dia, que poderá ser levado a uma área distante até 1.200 km do porto.
Já o aumento de capacidade do terminal será feito conforme a demanda for ampliando.
“Quando olhamos para diesel e óleo combustível e gás natural, vamos partir com 14 milhões [de metros cúbicos] de capacidade total, 3 milhões já estão vendidos para a Comgás. Se conseguirmos conquistar 3% da demanda potencial, incrementaremos em mais 3 milhões por dia”, explicou o CEO.
- Como poder ganhar em dólar sem precisar falar inglês nem morar nos Estados Unidos? Conheça a estratégia mais eficiente clicando aqui
Venda de distribuidoras de gás no Nordeste
No segmento de distribuição de gás, onde a Compass detém a Comgas e a Commit (a antiga Gaspetro), Gomes também comentou sobre o portfólio atual de distribuidoras.
Com a aquisição da Gaspetro, foram adicionadas oito distribuidoras, totalizando 12 na companhia hoje.
Porém, a Commit já vendeu participações em cinco distribuidoras no Nordeste e a expectativa é que a transação seja concluída até o fim deste ano.
O CEO da Compass explica que a saída do Nordeste não se deve à qualidade dos ativos ou falta de potencial consumidor na região, mas sim à opção de dar maior foco às regiões do Centro-Sul do país, em distribuidoras de estados como Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.
Nessas unidades, Gomes também vê espaço para ganho de eficiência e afirma que mesmo a distribuidora mais eficiente da Commit tem indicadores muito abaixo dos da Comgas, por exemplo. Por isso, o plano é replicar a estratégia da Comgas na Commit.
Compass participará de leilões de privatização?
De acordo com o CEO da Compass, oportunidades sempre são observadas, incluindo em possíveis privatizações, como a da companhia de gás do Rio Grande do Sul, comprada pela empresa em leilão.
O executivo lembra que uma série de estados mostraram desejo de privatizar estatais de distribuição de gás, caso do Paraná, Espírito Santo e Minas Gerais, por exemplo.
Porém, não há nenhuma previsão de leilão marcado até o momento.
ONDE INVESTIR EM SETEMBRO - Novo programa do SD Select mostra as principais recomendações em ações, dividendos, FIIs e BDRs
Como a Compass vê a demanda do mercado de gás?
A visão da companhia é bastante otimista para a demanda do mercado de gás natural no Brasil em geral.
Entre os motivos estão a futura abertura do mercado livre de consumidores de gás e a crescente demanda por novos produtos, como o biometano.
Do lado da oferta, Gomes afirma que a Petrobras (PETR4) continua sendo player relevante no país e que há boas perspectivas para a exploração de gás na camada pré-sal, porém, os custos para a extração são elevados.
“A gente enxerga muita descoberta e investimento no pré-sal, mas gás do pré-sal é complexo, requer muito investimentos”, disse.
Por fim, Gomes comentou que o gás fornecido para o Brasil a partir da Bolívia deve continuar em declínio, com previsões de 2030 deve chegar próximo de zero.
Dupla listagem do Méliuz (CASH3): bilhete premiado ou aposta arriscada? O BTG responde
A plataforma aposta na listagem na OTC Markets para aumentar liquidez e fortalecer sua posição no mercado de criptomoedas, mas nem tudo são flores nessa operação
Petrobras indica nova diretora de sustentabilidade e passa a ser comandada por maioria feminina
Com a nomeação da engenheira Angélica Garcia Cobas Laureano, funcionária de carreira da Petrobras, a diretoria executiva da companhia passa a ter 55% de mulheres
Um novo vilão para o Banco do Brasil (BBAS3)? Safra identifica outro problema, que pode fazer as coisas piorarem
Apesar de o agronegócio ter sido o maior vilão do balanço do 1T25 do BB, com a resolução 4.966 do Banco Central, o Safra enxerga outro segmento que pode ser um problema no próximo balanço
Marfrig (MRFG3) avança na BRF (BRFS3) em meio a tensão na fusão. O que está em jogo?
A Marfrig decidiu abocanhar mais um pedaço da dona da Sadia; entenda o que está por trás do aumento de participação
SpaceX vai investir US$ 2 bilhões na empresa de Inteligência Artificial de Elon Musk
Empresa aeroespacial participa de rodada de captação da xAI, dona do Grok, com a finalidade de impulsionar a startup de IA
Taurus (TASA4) é multada em R$ 25 milhões e fica suspensa de contratar com a administração do estado de São Paulo por dois anos
Decisão diz respeito a contratos de fornecimento de armas entre os anos de 2007 e 2011 e não tem efeito imediato, pois ainda cabe recurso
Kraft Heinz estuda separação, pondo fim ao ‘sonho grande’ de Warren Buffett e da 3G Capital, de Lemann
Com fusão orquestrada pela gestora brasileira e o Oráculo de Omaha, marcas americanas consideram cisão, diz jornal
Conselho de administração da Ambipar (AMBP3) aprova desdobramento de ações, e proposta segue para votação dos acionistas
Se aprovado, os papéis resultantes da operação terão os mesmos direitos das atuais, inclusive em relação ao pagamento de proventos
Acionistas da Gol (GOLL54) têm até segunda (14) para tomar decisão importante sobre participação na empresa
A próxima segunda-feira (14) é o último dia para os acionistas exercerem direito de subscrição. Será que vale a pena?
Braskem (BRKM5) volta ao centro da crise em Maceió com ação que cobra R$ 4 bilhões por desvalorização de 22 mil imóveis
Pedido judicial coletivo alega perdas imobiliárias provocadas pela instabilidade geológica em cinco bairros da capital alagoana, diz site
É hora de adicionar SLC Agrícola (SLCE3) na carteira e três analistas dizem o que chama atenção nas ações
As recomendações de compra das instituições vêm na esteira do Farm Day, evento anual realizado pela companhia
MRV (MRVE3) resolve estancar sangria na Resia, mesmo deixando US$ 144 milhões “na mesa”; ações lideram altas na bolsa
Construtora anunciou a venda de parte relevante ativos da Resia, mesmo com prejuízo contábil de US$ 144 milhões
ESG ainda não convence gestores multimercados, mas um segmento é exceção
Mesmo em alta na mídia, sustentabilidade ainda não convence quem toma decisão de investimento, mas há brechas de oportunidade
Méliuz diz que está na fase final para listar ações nos EUA; entenda como vai funcionar
Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa
Governo zera IPI para carros produzidos no Brasil que atendam a quatro requisitos; saiba quais modelos já se enquadram no novo sistema
Medida integra programa nacional de descarbonização da frota automotiva do país
CVM adia de novo assembleia sobre fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3); ações caem na B3
Assembleia da BRF que estava marcada para segunda-feira (14) deve ser adiada por mais 21 dias; transação tem sido alvo de críticas por parte de investidores, que contestam o cálculo apresentado pelas empresas
Telefônica Brasil (VIVT3) compra fatia da Fibrasil por R$ 850 milhões; veja os detalhes do acordo que reforça a rede de fibra da dona da Vivo
Com a operação, a empresa de telefonia passará a controlar 75,01% da empresa de infraestrutura, que pertencia ao fundo canadense La Caisse
Dividendos e JCP: Santander (SANB11) vai distribuir R$ 2 bilhões em proventos; confira os detalhes
O banco vai distribuir proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, com pagamento programado para agosto
Moura Dubeux (MDNE3) surpreende com vendas recordes no 2T25, e mercado vê fôlego para mais crescimento
Com crescimento de 25% nas vendas líquidas, construtora impressiona analistas de Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander e Safra; veja os destaques da prévia
Justiça barra recurso da CSN (CSNA3) no caso Usiminas (USIM5) e encerra mais um capítulo da briga, diz jornal; entenda o desfecho
A disputa judicial envolvendo as duas companhias começou há mais de uma década, quando a empresa de Benjamin Steinbruch tentou uma aquisição hostil da concorrente