O Bradesco (BBDC4) vai reagir? Conheça o plano do CEO do banco para fazer frente à concorrência; ações despencam 15% após balanço fraco
Principal meta que o banco divulgou é aumentar a participação no mercado de crédito dos atuais de 14% para uma faixa entre 15% e 19%
O Bradesco (BBDC4) vai reagir? Principal responsável por responder a esta questão, o novo CEO do banco, Marcelo Noronha, reuniu a imprensa para detalhar o aguardado plano estratégico para os próximos anos.
O próprio Noronha reconheceu que não tem uma bala de prata. Mas demonstrou que tem pressa. Para colocar o plano de pé, foram 60 dias de trabalho, interrompidos apenas nas noites de Natal e Réveillon.
O grande objetivo é entregar uma rentabilidade crescente ao longo dos próximos cinco anos. De todo modo, 2024 ainda será um ano de transição, de acordo com Noronha.
Em termos numéricos, a principal meta que o banco divulgou é aumentar a participação no mercado de crédito dos atuais de 14% para uma faixa entre 15% e 19%.
O Bradesco também aposta em pequenas e médias empresas, no qual já é historicamente forte. O objetivo é ampliar o número de 1,7 milhão para 2 milhões a 2,5 milhões.
Por fim, a expectativa é que o plano melhore o índice de eficiência operacional em 8 pontos percentuais.
Leia Também
Lembrando que o balanço do Bradesco no quarto trimestre veio bem abaixo do esperado pelo mercado. O lucro líquido do banco em 2023 foi R$ 16,297 bilhões, uma queda anual de 21,2%. "Não é o resultado que a gente gostaria de entregar", admitiu Noronha.
No pregão desta quarta-feira, os investidores ainda não compraram a visão estratégica do banco. Por volta de 13h, as ações do Bradesco (BBDC4) despencavam 15%, a R$ 14,10, em reação aos resultados fracos de 2023.
- Quer receber em primeira mão as análises dos balanços do 4T23? Clique aqui para receber relatórios de investimentos gratuitos, feitos pelos profissionais da Empiricus Research.
Bradesco (BBDC4): tecnologia e "estranhos no ninho"
Boa parte das mudanças do novo plano estratégico do Bradesco será interna. O banco reduziu a estrutura hierárquica e pretende concentrar os esforços para acelerar a transformação tecnológica.
"Vamos crescer o time de tecnologia", disse Noronha, durante a apresentação aos jornalistas na sede do banco na Cidade de Deus, em Osasco (SP). A expectativa é ter entre 3 mil a 4 mil funcionários a mais na área.
De modo geral, dois times vão tocar o banco: um no dia a dia e outro para tocar as mudanças do plano estratégico.
Do ponto de vista da organização, a grande mudança foi a criação de uma área de negócios digitais separada do varejo. Aliás, o vice-presidente que vai cuidar dessa nova unidade virá de fora da Cidade de Deus.
"Essa é uma quebra de paradigma para o banco", diz Noronha, em uma referência à cultura histórica do Bradesco de formar os quadros da alta cúpula com pratas da casa.
VEJA TAMBÉM EM A DINHEIRISTA - Posso parar de pagar pensão alimentícia para filha que não vejo há quatro anos?
De olho na alta renda
Outra peça importante do plano estratégico do Bradesco é a criação de um novo segmento dentro da alta renda, para atender clientes com renda mensal acima de R$ 25 mil.
Atualmente, o Prime possui apenas uma segmentação, para quem ganha a partir de R$ 8 mil. O Bradesco conta hoje com 1,7 milhão de clientes de alta renda, então o desafio é aumentar a quantidade de dinheiro que eles têm no banco.
Do ponto de vista de marcas, nada muda por enquanto. Ou seja, o Bradesco vai seguir apostando nos bancos digitais Next, Digio e na corretora Ágora de forma separada.
Trata-se de uma estratégia distinta, por exemplo, do Itaú. Aliás, o rival histórico do Bradesco anunciou o lançamento ainda no primeiro trimestre de um único superapp.
O foco do Bradesco será na "proposta de valor", de acordo com Noronha. "Em todas as áreas de clientes, a centralidade vai aflorar", afirmou, ao destacar que projetos como o Digio funcionam como um "laboratório" para o banco.
- LEIA TAMBÉM: Bradesco (BBDC4) decepciona mais uma vez: lucro do 4T23 fica muito abaixo da expectativa do mercado e cai 21% em 2023
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
