Multiplan (MULT3): sócio histórico quer vender mais de 111 milhões de ações MULT3 — e essa pode ser uma oportunidade de destravar valor para os acionistas
Confirmando as expectativas do mercado, o fundo de pensão dos professores canadenser anunciou a intenção de desfazer-se de toda sua participação na empresa

Acionista da Multiplan (MULT3) há 18 anos e um dos maiores investidores da companhia, o Ontario Teacher’s Pension Plan anunciou que pretende desfazer-se de toda a posição na administradora de shoppings.
Sócio histórico da empresa, o fundo de pensão dos professores canadense já havia vendido cerca de 18,5% do capital, o que corresponde à metade de sua participação, no final de abril. A fatia em questão não estava ligada ao acordo de acionistas que o OTPP tem com o fundador da Multiplan, José Isaac Peres.
Agora, confirmando as expectativas do mercado, o fundo informou que quer vender os 18,5% restantes. O percentual corresponde a mais de 111 milhões de ações, mas o montante não deve ser despejado no mercado.
Isso porque o acordo de acionistas entre o OTPP e Peres prevê que a fatia não pode ser pulverizada em bolsa — ou seja, deve ser vendida inteiramente para um único comprador.
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O próprio fundador pode vir a ser o comprador, por meio da Multiplan Participações (MPAR). A MPAR tem 90 dias para dizer se vai o não exercer seu direito de preferência e ficar com a fatia, o que elevaria a participação da família Peres para quase 44%.
Caso a MPAR opte por ficar de fora do negócio, o fundo canadense poderá negociar as ações com outros potenciais compradores.
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Como o movimento pode beneficiar as ações da Multiplan (MULT3)?
A notícia sobre a venda dos papéis repercute de maneira negativa no mercado nesta terça-feira (25). Por volta das 11h45, as ações MULT3 operavam em queda de 1,21%, a R$ 22,77.
Mas, apesar da reação, analistas acreditam que o movimento pode gerar uma oportunidade para os demais acionistas.
O Itaú BBA, por exemplo, assume dois cenários: que a Multiplan faça a recompra das ações ou que a participação vá para a MPAR. Em ambos os casos, o banco de investimento enxerga o potencial para destravar valores "significativos" nos próximos dois anos.
"No entanto, acreditamos que há uma chance maior de upside para o último cenário, porque ele permitiria à família Peres aumentar sua participação e abriria espaço para dividendos maiores por meio da aceleração na desalavancagem da MPAR".
O Santander também vê os fundadores como "os compradores naturais" da fatia do fundo canadense com base em três fatores:
- A Multiplan já negocia a um valuation "excessivamente" descontado e os analistas acreditam que a falta de liquidez da posição OTPP pode resultar em um preço "ainda melhor";
- A companhia e Peres historicamente exercem seu direito de preferência em seus melhores ativos, mesmo que exija o uso de uma "alta dose de alavancagem";
- O fato que o acordo de acionistas é "rigoroso", pois exige que o potencial comprador também cumpra os termos e veta a venda a qualquer empresa ou investidor que já tenha exposição ao setor de shoppings no Brasil.
Vale destacar que tanto o Santander quanto o Itaú BBA recomendam compra para as ações da Multiplan, com preços-alvo de R$ 33,50 e R$ 32, respectivamente.
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