Mais um dia de sangria para a Usiminas: Ação USIM5 cai 4% na B3 hoje — e aqui estão os motivos por trás da queda
Após o balanço mais fraco que o esperado no segundo trimestre, a ação agora reage às notícias de um novo episódio na briga judicial com a CSN (CSNA3)
A Usiminas voltou a atrair os holofotes nesta segunda-feira (29), em mais um pregão de sangria para as ações USIM5 na bolsa brasileira.
Por volta das 11h25, os papéis caíam 4,58% na B3, a R$ 6,04, figurando entre as maiores quedas do Ibovespa pela manhã. No ano, a siderúrgica já acumula desvalorização de 32% na B3.
Após o balanço mais fraco que o esperado no segundo trimestre, a ação agora reage às ao novo episódio na briga judicial com a CSN (CSNA3).
Segundo fato relevante enviado à CVM nesta manhã, a Justiça decidiu que a CSN deverá diminuir a participação na companhia de 12,9% para menos de 5% do capital social.
De acordo com a empresa, a rival deveria vender as ações na forma do Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) celebrado entre a CSN e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em 2014.
Entretanto, segundo a Usiminas, a CSN perdeu o prazo estipulado pela Justiça para vender as ações sem ter cumprido a decisão judicial. Vale destacar que o processo corre em segredo de justiça.
Leia Também
- Ação siderúrgica com dividendos projetados de 10% é uma das recomendações para quem busca renda extra na bolsa; conheça gratuitamente
A briga judicial da Usiminas (USIM5)
Segundo reportagem publicada na Folha de S. Paulo, a discussão na Justiça Federal de Minas Gerais foi apresentada pela Usiminas (USIM5) contra o Cade, com o objetivo de manter os efeitos do termo de compromisso fechado em 2014.
O acordo dava um prazo de cinco anos para que a CSN vendesse as ações USIM5 que detinha, reduzindo a posição para menos de 5%.
Acontece que esse prazo não foi cumprido e, em 2022 — três anos após o vencimento do período estipulado —, o próprio Cade decidiu mudar a determinação.
O regulador antitruste decidiu que a CSN poderia manter a participação acionária por tempo indeterminado, desde que não usasse as ações para exercer direitos políticos, como votar em assembleias de acionistas.
Entretanto, segundo a decisão judicial, a falta de prazo pelo Cade tornou vulnerável à concorrência. "Passados dez anos, a obrigação necessária à reparação da prática anticoncorrencial nunca foi cumprida", disse o procurador.
Na avaliação do juiz do caso, o Cade ainda abriu janela para uma rediscussão das definições sobre a CSN e a Usiminas, o que resultou em insegurança jurídica e violação da garantia daquilo que já tinha sido julgado.
No ano passado, a Justiça determinou que fosse mantida a sentença de primeiro grau, com o prazo de um ano para o desinvestimento da CSN na Usiminas. O período venceu em 29 de junho deste ano.
A CSN afirmou que respeita as decisões judiciais e que "não exerce seus direitos políticos nem de gestão junto a Usiminas".
"Não há razão para qualquer urgência na venda das ações. Também não podem as ações serem vendidas pelo valor muito inferior ao de aquisição", escreveu, à Folha.
Ação da Usiminas (USIM5) rebaixada
Além da questão judicial com a CSN (CSNA3), a Usiminas (USIM5) ainda sente o peso do rebaixamento por um bancão de investimentos norte-americano.
O Bank of America (BofA) reduziu a recomendação para as ações da siderúrgica de “neutro” para “underperform” — equivalente a venda — após resultados abaixo do esperado no segundo trimestre de 2024.
Os analistas ainda cortaram o preço-alvo de R$ 9 para R$ 6, implicando em uma queda potencial de 5% em relação ao último fechamento.
- VALE, USIMINAS, E MAIS: Analistas da Empiricus Research vão ‘traduzir’ os resultados do 2T24 das principais mineradoras do mercado. Clique aqui para receber.
Nas contas do banco, a ação da Usiminas (USIM5) atualmente é negociada a um múltiplo de 6,4 vezes a relação valor de firma sobre Ebitda (EV/Ebitda) para 2024, com geração de 7,1% em fluxo de caixa livre (FCF).
Já para o ano que vem, os analistas projetam um múltiplo de 4,1 vezes EV/Ebitda e 6,1% de rendimento de FCF (FCFY), ainda que “uma melhora continue distante e permaneçam as incertezas sobre a execução”.
Além disso, na previsão dos analistas, um investimento (capex) adicional pode ser anunciado em 2025 para a extensão da vida útil de uma mina da divisão de mineração, o que pressionaria o FCF para território negativo.
*Com informações da Folha de S. Paulo.
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
