JP Morgan tira BRF (BRFS3) da geladeira: ações da dona da Sadia e Perdigão disparam na B3 com recomendação de compra
Analistas do banco norte-americano veem BRF barata mesmo após disparada de 173% em 12 meses na B3
Após quase uma década de prejuízos, o mercado encontra-se “traumatizado” com a BRF — e nem mesmo a disparada de 173% dos papéis na B3 em 12 meses foi capaz de reconquistar a confiança de parte dos investidores. Mas para o JP Morgan, é hora de tirar as ações BRFS3 da “geladeira” e colocar na carteira de investimentos.
Para os analistas, os papéis da dona da Sadia e da Perdigão estão baratos e podem subir ainda mais na bolsa brasileira.
Os analistas elevaram a recomendação para as ações BRFS3 para “overweight” — equivalente a “compra” —, com preço-alvo de R$ 20 para o fim de 2024, implicando em um potencial de valorização de 23% em relação ao último fechamento.
Os papéis do frigorífico iniciaram o pregão desta segunda-feira (15) em alta na bolsa brasileira, a maior do Ibovespa. Por volta das 10h20, as ações subiam 6,15%, negociadas a R$ 17,25 na B3. Em 2024, os ativos acumulam alta de 24%.
Confira a cobertura de mercados em tempo real do Seu Dinheiro aqui.
A tese otimista para BRF (BRFS3)
De acordo com o JP Morgan, o verdadeiro impulsionador da visão mais otimista para a BRF (BRFS3) é o mercado internacional. Isso porque os analistas projetam uma aceleração do resultado no exterior, o que deve levar a uma escalada dos lucros da companhia no primeiro trimestre deste ano.
Leia Também
Para o banco norte-americano, o mercado brasileiro já registrava uma tendência positiva para rentabilidade e custos para a empresa de proteínas, com bons preços de alimentos processados, recuperação nas margens de aves In-Natura e resultados mais tangíveis no programa de eficiência BRF Mais.
Na avaliação dos analistas, os preços de exportação de aves continuam a melhorar diante da perspectiva mais equilibrada do cenário de oferta e demanda, devido às fracas exportações dos Estados Unidos.
As perspectivas mais otimistas para os mercados interno e internacional levaram o banco a aumentar as estimativas para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da BRF para o primeiro trimestre em 9,2%, para R$ 1,81 bilhão, com uma margem Ebitda de 13,5%.
“Em termos de valuation, a empresa ainda parece negociar relativamente barata”, afirmou o banco, em relatório.
Nas contas do JP Morgan, BRF atualmente negocia a um múltiplo de 5,2 vezes a relação valor de firma sobre Ebitda (EV/Ebitda) para 2024, abaixo da média de cinco anos da companhia, de 6,4 vezes.
“Olhando para a geração de caixa, também vemos melhorias com a expectativa de que a BRF gere R$ 2,77 bilhões de fluxo de caixa livre (FCF) em 2024, com um rendimento de 10%”, escreveram os analistas.
Segundo o banco, esse patamar de FCF deve ser apoiado pela melhoria dos números operacionais, redução nas despesas financeiras líquidas e nível de investimentos (Capex) estável.
A força do mercado internacional
Para os analistas, as margens do segmento internacional devem se expandir — levando à melhoria dos resultados da BRF (BRFS3) no começo de 2024.
“Essas melhorias observadas nos levam a revisar nossas estimativas para o 1T24 nas operações internacionais, com preços fortes e volumes saudáveis suportando um crescimento de receita de 10,2% ao ano e um sólido Ebitda de US$ 170 milhões, com margem de 13,1%.”
Diante dos sinais de recuperação da relação de oferta e demanda, as exportações de aves do Brasil continuam a ver uma melhora nos preços, com alta de 6% no acumulado do ano, de acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Outro ponto positivo para o desempenho do mercado internacional é a diminuição das exportações de aves dos EUA, que atingiram os níveis mais baixos desde fevereiro de 2005, “o que fornece suporte adicional aos fundamentos do mercado avícola no Brasil”, segundo os analistas.
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
Mas e o Brasil?
Para o JP Morgan, as margens do Brasil devem permanecer elevadas no curto prazo, tanto para os alimentos processados quanto para o frango In-Natura.
Já em relação aos custos, os analistas projetam preços mais comportados para o milho em 2024, devido à ampla oferta do grão após uma safra melhor que o esperado. Vale relembrar que a commodity agrícola é atualmente o principal gasto da BRF (BRFS3).
“No segmento Brasil, esperamos que os preços ainda fiquem ligeiramente mais fracos em termos anuais, levando a uma receita marginalmente decrescente. No entanto, a melhor perspectiva de custos continua sustentando um Ebitda atraente”, afirmam os analistas.
“A cereja do bolo é o programa de eficiência BRF Mais, que deve continuar avançando em 2024, além de melhorar as tendências do FCF”, escreveu o JP Morgan.
Afinal, a BRF+ capturou R$ 3,8 bilhões em 2023 — e a companhia já prevê abocanhar outros R$ 1,8 bilhão neste ano, o que deve apoiar a lucratividade da empresa de proteínas.
Os riscos para a BRF (BRFS3)
No mundo dos investimentos, o exercício de futurologia não garante o retorno futuro — e, segundo o JP Morgan, existem cinco potenciais riscos para a previsão otimista para a BRF (BRFS3) que podem levar a tese a ruir.
O primeiro deles é a chance de o real se valorizar em relação ao dólar, o que pressionaria os negócios de exportação da companhia.
Além disso, uma perspectiva de preços pior do que o esperado, com deterioração das condições de mercado, pode impactar o desempenho da BRF (BRFS3) neste ano.
Do lado dos custos, o aumento dos preços do milho e do farelo de soja poderiam adicionar ainda mais pressão à operação da dona da Sadia e Perdigão.
Outra questão que pode afetar a BRF é uma potencial mudança de estratégia de negócios — que atualmente encontra-se sob revisão, segundo a gestão da empresa.
E por fim, assim como outras empresas do setor de frigoríficos, a questão sanitária também impõe riscos sobre o negócio da BRF. A propagação da gripe aviária no Brasil, por exemplo, poderia levar a proibições de exportação e impactar os resultados da companhia.
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) nas alturas: ações disparam após acordo sobre fusão — mas esses bancões explicam por que ainda não é hora de investir nos papéis
As negociações para a criação de uma nova gigante aérea avançam, mas analistas apontam desafios e riscos econômicos
Empresas recompram R$ 26 bilhões das próprias ações na B3 em 2024. E vem mais por aí — saiba para onde o investidor deve olhar neste ano
Na ponta vendedora aparecem os investidores estrangeiros e institucionais, com montantes de R$ 32 bilhões e R$ 39 bilhões, respectivamente
Cosan (CSAN3) zera participação na Vale (VALE3) com venda de bloco de ações em leilão na B3; objetivo é levantar cerca de R$ 9,1 bilhão para reforçar caixa e seguir mais leve
No total são 173.073.795 ações da Vale (VALE3) que estavam nas mãos da Cosan (CSAN3), o equivalente a uma participação de 4,05%
A Nova Zelândia é aqui: Ibovespa tenta manter recuperação em dia de IBC-Br e varejo nos EUA depois de subir quase 3%
Enquanto a temporada de balanços começa em Wall Street, os investidores buscam sinais de desaquecimento econômico no Brasil e nos EUA
Onde investir 2025: essas são as 9 ações favoritas para lucrar na bolsa em 2025 — e outros 5 nomes para garantir dividendos pingando na conta
Para quem estiver disposto a desafiar o pessimismo macroeconômico, há quem veja 2025 como uma janela interessante para aproveitar ativos atraentes; veja as indicações
Hora de acelerar: Itaú BBA diz quais são as melhores ações ligadas ao setor automotivo — e os papéis para “deixar de lado” em 2025
Alta dos juros e volatilidade cambial devem favorecer empresas com balanços saudáveis e foco em exportação, enquanto as endividadas ou com baixa demanda enfrentam desafios
IRB Re (IRBR3) é uma das “melhores apostas” do BTG Pactual para 2025 — e aqui estão os motivos por trás do otimismo
Os analistas mantiveram recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 56,50 para os próximos 12 meses, alta potencial de quase 20% frente ao último fechamento
Agora vai? Ibovespa engata alta de mais de 2% junto com Nova York e chega aos 122 mil pontos; dólar fecha em baixa de R$ 6,0252
Dados de inflação e da indústria nos EUA mexem com as bolsas aqui e lá fora, mas tem banco grande dizendo que a euforia pode ser exagerada; entenda os motivos
Fale agora ou cale-se para sempre: com aval do Cade, Dasa (DASA3) e Amil dão passo final para criar segundo maior grupo de hospitais do Brasil
Acabou o prazo para manifestações de terceiros ou avocação do Tribunal do Cade com relação à decisão da Superintendência-Geral de aprovar, sem restrições, a criação da Ímpar
O Grand Slam do Seu Dinheiro: Vindo de duas leves altas, Ibovespa tenta manter momento em dia de inflação nos EUA
Além da inflação nos EUA, Ibovespa deve reagir a Livro Bege do Fed, dados sobre serviços e resultado do governo
Vai voar mais alto? Embraer (EMBR3) aumenta lista de encomendas com venda de caças ao Uruguai; ações sobem na B3
Em agosto do ano passado, a Força Aérea do Uruguai firmou um contrato com a Embraer para adquirir uma aeronave, com a possibilidade de adquirir mais cinco
É hora de se preparar para o bear market na bolsa brasileira: BTG revela 6 ações domésticas para defender a carteira
O banco cita três passos para se posicionar para o mercado de baixa nos próximos meses: blindar a carteira com dólar e buscar ações de empresas com baixa alavancagem e com “beta” baixo
BTG corta preço-alvo da XP (XPBR31), mas ainda vê potencial de alta de 50% para ação negociada em NY; o que esperar da empresa em 2025?
Para se recuperar, papel depende mais da melhoria do cenário macroeconômico do que de aspectos micro
Ações da MRV saltam 5% e lideram altas do Ibovespa após prévia “arrasa-quarteirões” do 4T24. É hora de comprar MRVE3?
Segundo o diretor financeiro Ricardo Paixão, o maior destaque foi que, pela primeira vez na história, a MRV gerou caixa tanto no negócio principal como em todas as subsidiárias
Itaú BBA corta projeções para a bolsa brasileira, mas ainda vê escalada de 20% do Ibovespa até o fim de 2025 — e revela 10 ações para investir neste ano
Para os analistas, a bolsa encontra-se com um valuation favorável, mas a dinâmica de resultados corporativos em 2025 tem um viés levemente negativo
Bradesco BBI pode se tornar um dos maiores acionistas da CCR (CCRO3) — e tudo por causa das dívidas do Grupo Mover
O banco pode se tornar um dos maiores acionistas da companhia de infraestrutura ao assumir quase toda a participação do Mover, um dos principais investidores da empresa
Olha nos classificados: Depois da leve alta de ontem, Ibovespa se prepara para mais um dia difícil pela frente hoje
Petróleo acima dos US$ 80 e juros das Treasuries de 10 anos próximos de 5% mantêm pressão sobre os mercados financeiros internacionais
Mais uma vitória para os irmãos Batista: Justiça derruba decisão que favorecia o “rei do gás” e valida compra de usinas pela Âmbar
O presidente do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região validou os contratos de usinas termelétricas da Eletrobras compradas pela Âmbar em meados de 2024 por R$ 4,7 bilhões
Ações da Petz (PETZ3) saltam quase 9% com expectativa renovada de aval do Cade para fusão com a Cobasi
No fim de semana, o noticiário foi dominado por rumores de que a aprovação do Cade para a combinação de negócios das gigantes do mercado pet está próxima de sair do papel
BTG Pactual (BPAC11) pode saltar 40% em 2025 e ainda pagar bons dividendos, diz JP Morgan — mas há outros bancos na mira dos analistas
BTG e outro gigante do setor bancário são escolhas populares entre os investidores, que hoje preferem ações com rendimentos elevados com proventos ou com menor risco de queda de lucros