Itaú BBA volta a cobrir Pão de Açúcar (PCAR3) e vê varejista “no caminho certo”; é hora de comprar a ação?
Estimativa do banco é de preço-alvo em R$ 3,70 para a ação após alta de 19%
Nos últimos anos, “mudança” se tornou a palavra-chave no Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que hoje é uma varejista de alimentos 100% brasileira depois que o francês Casino deixou de ser seu controlador. O GPA está prestes a encerrar seu ciclo de vendas das participações no Éxito e na Cnova. E agora também volta a entrar na lista de ações cobertas pelo Itaú BBA.
Entretanto, embora os analistas do banco considerem que a empresa está “no caminho certo”, o Itaú ainda classifica a empresa como “marketperform”, o equivalente a uma posição neutra, sem recomendar a compra das ações da varejista de “supermercados premium”.
O “novo GPA”
O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) passou por mudanças significativas nos últimos anos. A empresa mudou sua posição estratégica para focar nos supermercados premium voltados para o mercado brasileiro após a cisão da rede colombiana Éxito, no ano passado.
Na visão do Itaú, a série de iniciativas que o Grupo promoveu em seu plano de reestruturação, iniciado em 2022, trouxe benefícios e uma melhora substancial na estrutura de capital do Pão de Açúcar. Em março, o GPA promoveu um aumento de capital que levantou R$ 704 milhões.
Medidas como a venda de ativos não essenciais, o posicionamento como uma marca premium forte e a boa presença nos canais digitais colocaram a empresa “no caminho certo”. Mas apesar do que os analistas chamam de “(re)ganhos” consistentes da participação da bandeira Pão de Açúcar no mercado brasileiro, ainda não há “nenhuma” garantia de avaliação que apoie uma visão otimista dos analistas do banco - pelo menos por enquanto.
- As melhores recomendações da Empiricus na palma da sua mão: casa de análise liberou mais de 100 relatórios gratuitos; acesse aqui
Prejuízo até 2025
Mesmo com as melhorias operacionais e a nova estrutura de capital do Pão de Açúcar, o BBA não espera um resultado positivo nas contas da companhia em 2025, e tudo indica que o GPA pode amargar prejuízo. Isso porque a empresa ainda pode ser impactada pelos juros altos.
Leia Também
“Isso provavelmente manterá as despesas financeiras líquidas da empresa em níveis elevados, o que continuará a pesar nos resultados financeiros. Decidimos, portanto, esperar à margem por um garantia de avaliação mais clara para apoiar uma postura mais otimista, mas reconhecemos que a empresa está exposta a uma perspectiva mais brilhante no futuro”, afirma o BBA.
Os analistas do Itaú estimam prejuízo de R$ 745 milhões em 2024. Para o ano que vem, as perdas devem diminuir para R$ 206 milhões. Em 2023, o GPA teve lucro líquido de R$ 85 milhões. Para receita líquida, o banco projeta R$ 18,8 bilhões em 2024 - uma queda em relação aos R$ 19,2 bilhões em 2023. Em 2025, o avanço será de R$ 20 bilhões. Por fim, o Itaú estima um preço-alvo de R$ 3,70 para a ação da empresa, após uma valorização potencial de 19%.
“É provável que o GPA sustente suas tendências de melhoria de rentabilidade à medida que as iniciativas de recuperação (por exemplo, melhores sortimentos de produtos e estratégias de preços) são implementados nas principais bandeiras”, afirmam os analistas.
Ações caem
Após a avaliação do Itaú BBA, as ações do GPA (PCAR3) amargaram queda na tarde desta sexta-feira (31), com baixa de 5,14%, liderando o ranking negativo no Ibovespa.
Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.
*Com informações de Estadão Broadcast
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk