Inter (INBR32): JP Morgan diz que ações estão baratas e destaca avanço do “esquema tático” 60-30-30
Analistas elevaram recomendação e preço-alvo das ações do Inter (INTR) de US$ 7,50 para US$ 8,50, um potencial de alta de 40% em relação ao fechamento da última terça-feira
Cada época do futebol tem o seu esquema tático de preferência, seja o 4-3-3, 3-5-2, ou qualquer outra combinação. E desde que o Inter apresentou um ousado plano batizado como 60-30-30, os “olheiros” do mercado financeiro passaram a acompanhar de perto a evolução do banco — entre eles os analistas do JP Morgan.
O banco norte-americano elevou a recomendação para as ações INTR, negociadas no exterior, e para os BDRs (recibos de ações do exterior negociados no Brasil) para overweight (o equivalente a “compra”) nesta quarta-feira (9).
Não é apenas a boa execução do “esquema tático” que vem chamando a atenção dos analistas, mas também o fato de que a queda recente dos papéis fez com que o Inter ficasse barato aos olhos do JP Morgan.
O preço-alvo para as ações INTR foi elevado de US$ 7,50 para US$ 8,50, um potencial de alta de 40% em relação ao fechamento da última terça-feira (8).
Já para os BDRs, o preço-alvo foi elevado de R$ 38,00 para R$ 45,00, um potencial de valorização de quase 30%.
“No geral, acreditamos que a empresa se beneficiará dos ventos favoráveis dos bancos digitais em termos de custo e menor custo para atender”, escrevem os analistas.
Leia Também
A tática do Inter (INBR32): 60-30-30
Mas afinal, o que é o tal plano 60-30-30?
Recapitulando, no início de 2023, a Inter lançou seu plano “60-30-30” até 2027, que consiste em alcançar a marca de 60 milhões de clientes, uma taxa de eficiência de 30% e um retorno sobre patrimônio (ROE, em inglês) de 30%.
Para efeitos de comparação, nos resultados do segundo trimestre, o Inter apresentou o número de 33 milhões de clientes, uma taxa de eficiência de 48% e um ROE de 9,8%.
“O Inter decepcionou no passado, mas os resultados estão melhorando e é difícil argumentar contra o banco digital”, afirmam os analistas, que veem a fintech negociada a uma relação de 10x P/E (preço sobre lucro, medida do mercado para avaliar se uma ação está cara ou barata) em 2025.
Pix parcelado deve ajudar resultados
Os analistas ressaltam ainda que o plano foi apresentado antes do surgimento de outras funcionalidades de “potencial risco positivo” para o banco digital.
Por exemplo, o Pix parcelado, modalidade permite que os lojistas ofereçam parcelamento de compras utilizando o Pix, uma alternativa aos cartões de crédito, que geralmente têm juros mais altos.
O próprio Inter oferece essa opção com juros em torno de 5,5%, comparados aos 14% dos cartões de crédito.
É verdade que o Pix Finance não será a “bala de prata” para resultados mais robustos no Inter, como explicam os analistas.
Isso porque outras fintechs — como o próprio Nubank — vem ajustando suas linhas de crédito para torná-las mais competitivas frente à nova modalidade, o que deve amortecer os impactos positivos do Pix parcelado.
O que pode embolar o meio de campo do Inter
O Inter já deixou a desejar no passado, mas as projeções para o banco são positivas, ainda que algum ajuste para baixo tenha sido feito.
O JP Morgan reduziu em 3% a estimativa de lucro para o banco digital neste ano, para R$ 943 milhões. Esse número representa um ROE de 10,8%. No entanto, para 2025, a projeção de lucro cresceu 5%, para R$ 1,5 bilhão, implicando em um ROE de aproximadamente 15%.
O Inter tem melhorado seu ROE nos últimos trimestres após um forte ajuste nos custos de operação e reajuste nos empréstimos. O JP Morgan não trabalha com um ROE de 30%, como prevê o Inter na sua estratégia 60-30-30, mas os analistas enxergam algo próximo dos 20%.
Os potenciais riscos negativos que os analistas do JP Morgan enxergam para o Inter incluem uma diminuição no número de clientes ativos devido a uma piora na qualidade do serviço e uma dificuldade em materializar o ganho de eficiência em um curto espaço de tempo — isto é, transformar isso em resultados no balanço.
Também podem influenciar negativamente no resultado do banco os custos legais mais altos devido ao aumento das provisões para ações judiciais, além do gasto com segurança de dados dos clientes.
Mais de 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
