“Fraco, mas melhor que o esperado”: os números do Carrefour que fazem esses bancões recomendarem a compra das ações CRFB3
Com melhora da inflação por aqui, a rede de supermercados e hipermercados somou R$ 27,8 bilhões em vendas brutas totais no período
Enquanto a temporada de balanços corporativos ganha tração por aqui, o Carrefour (CRFB3) anunciou na noite de terça-feira (23) os números operacionais preliminares do primeiro trimestre de 2024 — poucas semanas antes da divulgação oficial do resultado trimestral.
A rede de supermercados e hipermercados somou R$ 27,8 bilhões em vendas brutas totais no período, um aumento de 2,5% no comparativo com o mesmo intervalo de 2023.
Segundo o varejista, os números foram ajudados pela inflação de alimentação no domicílio (LTM), que encerrou o trimestre em +2,5% ao ano, “levando à recuperação dos preços e melhor dinâmica de volume com clientes B2B, que retornaram a um padrão de compra mais normalizado”.
Já o volume bruto de mercadorias (GMV, indicador de volume de receita gerada nos canais digitais) do e-commerce subiu 52% na base anual, a R$ 2,4 bilhões entre janeiro e março deste ano.
O indicador foi impulsionado pelo crescimento de 117,5% nas vendas 1P alimentar (em que o produto é vendido pelo lojista do marketplace diretamente) que atingiu R$ 1,2 bilhão no trimestre.
Enquanto isso, do lado das lojas físicas, a empresa terminou o primeiro trimestre com 1.074 unidades pelo Brasil, resultado da inauguração de sete novas unidades — sendo cinco lojas no modelo de autoatendimento “pague e leve” (cash & carry) e dois postos Carrefour Express —, e fechamento de 121 lojas no período.
Leia Também
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
As ações do Carrefour (CRFB3) começaram o dia no azul, mas perderam o fôlego no início da tarde. Por volta das 12h, os papéis recuavam 0,44%, negociados a R$ 11,31. No ano, os ativos marcam desvalorização de 8% na B3.
Destaques da prévia do Carrefour (CRFB3)
As vendas das lojas “pague e leve” (cash & carry) do Carrefour (CRFB3) chegaram a 19,3 bilhões no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Nossas vendas no trimestre refletiram uma melhora na dinâmica de volume, especialmente do B2B, cujo volume se recuperou diante de um ambiente inflacionário mais normal”, afirmou a empresa, em documento enviado à CVM.
O tráfego B2C (empresa para consumidor) nas lojas também aumentou em meio à adição de serviços como padarias, açougues e frios em 58 lojas do Carrefour. “O plano é continuar a implementar esses serviços em aproximadamente 120 lojas até o final do ano”, afirmou a rede de supermercados e hipermercados.
Já as vendas do varejo totalizaram R$ 6,9 bilhões no período, uma queda de 10,7% frente ao primeiro trimestre de 2023, pressionadas pela uma redução de 24% na área de vendas, com 25 lojas de varejo convertidas em Atacadão e 140 lojas de varejo fechadas nos últimos 12 meses.
No Sam’s Club, as vendas subiram 21,5% no comparativo anual, para R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre. Segundo o Carrefour, o desempenho foi impulsionado pelos clientes “omnicanal” — estratégia que unifica a experiência do cliente em todos os canais, unindo o físico ao digital — e pelo aumento da base de membros ativos.
“Os clientes omnicanal foram particularmente importantes para o desempenho do segmento, pois seus gastos são consideravelmente superiores aos dos clientes puramente on-line e/ou off-line.”
Por sua vez, o faturamento do Banco Carrefour totalizou R$ 15,9 bilhões entre janeiro e março, alta de 15,6% na base ano a ano.
- Os balanços do 1T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research e saiba quais ações comprar neste momento. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
Hora de colocar CRFB3 no carrinho
Na visão do Itaú BBA, as vendas do Carrefour (CRFB3) foram fracas no primeiro trimestre de 2024, mas vieram levemente acima do esperado pelos analistas.
“No geral, o desempenho de vendas fraco, mas melhor do que o previsto, aliado à produtividade mais saudável das lojas convertidas, sugere um melhor impulso operacional no futuro”, afirmou o banco, em relatório.
Os analistas possuem recomendação “outperform” — equivalente a compra — para as ações CRFB3, com preço-alvo de R$ 15,5 para o fim de 2024, implicando em um potencial de valorização de 36,4%, em relação ao último fechamento.
Na avaliação do banco, a rede de supermercados atualmente possui um “equilíbrio positivo” entre risco e recompensa. Nas contas dos analistas, o varejista atualmente negocia a um múltiplo de 11,4 vezes a relação preço sobre lucro (P/E) para 2025.
Para o Santander, os números do Carrefour no primeiro trimestre vieram em linha com o esperado pelos analistas e mostram uma “recuperação sequencial”.
Segundo o banco, a surpresa positiva da prévia operacional foi o Banco Carrefour, que “continuou apresentando forte recuperação no primeiro trimestre, com o faturamento bruto melhor que o esperado”.
Na visão dos analistas, o mercado aguarda os resultados completos do varejista, que devem ser divulgados em 7 de maio. Confira aqui o calendário completo de balanços do 1T24.
Porém, nas previsões do Santander, as vendas mesmas lojas (SSS) do Carrefour devem ficar abaixo de seus rivais Assaí (ASAI3), que divulga o balanço hoje, e Grupo Mateus (GMAT3).
O Santander possui recomendação outperform para as ações CRFB3, com preço-alvo de R$ 16 para o fim deste ano, uma alta potencial de 40,8% em relação às cotações do fechamento anterior.
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
