Executivo da Braskem (BRKM5) esquiva-se de comentar desistência da Adnoc e fala sobre paralisação das operações no RS; ações caem 14% após balanço
Pedro Freitas, diretor financeiro e de relações com os investidores, comentou que a empresa não está envolvida diretamente com os debates de outras companhias
Os dias não têm sido fáceis para a Braskem (BRKM5) — e esta quinta-feira (9) parece ser mais um “daqueles”. As ações da petroquímica recuavam cerca de 14% nas primeiras horas da tarde de hoje, após mais um balanço negativo. No fechamento desta quinta, os papéis da empresa caíam 2,18%, e estavam sendo negociados a R$ 19,28.
O que chamou a atenção não foi apenas o prejuízo de R$ 1,345 bilhão no primeiro trimestre de 2024. O resultado não foi nem mesmo compensado pelo o aumento do spread da Braskem — isto é, a diferença no custo da matéria prima e no nível de produção —, que resultou em um Ebitda (medida utilizada pelo mercado para avaliar a geração de caixa de uma empresa) bilionário. Mais detalhes sobre o balanço estão no final da matéria.
Acontece que, na última segunda-feira (6), o mercado foi comunicado que a venda da participação da Novonor (antiga Odebrecht) na companhia havia praticamente voltado à estaca zero após a Adnoc, petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos, desistir de avaliar o negócio.
O mercado penalizou as ações BRKM5 desde então, com uma queda acumulada de 9,5%. Sobre o tema, Pedro Freitas, diretor financeiro e de relações com os investidores, se esquivou de uma pergunta feita por um analista na chamada de resultados que ocorreu nesta quinta-feira (9).
“O que a lei fala é que se alguma decisão ou evolução se mantiver dentro de um sigilo contratual e não houver um vazamento na imprensa, não há obrigação de divulgação”, disse Freitas.
- A temporada de balanços do 1T24 já começou: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research e saiba quais ações comprar neste momento. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
Acionistas majoritários da Braskem (BRKM5)
Recapitulando, a Novonor detém 50,1% do capital votante da empresa, enquanto a Petrobras (PETR4) figura como a segunda maior fatia, de 47%. Outros acionistas possuem 2,9% do restante.
Leia Também
“A gente foi informado domingo sobre a decisão da Adnoc, recebemos uma correspondência da Novonor e imediatamente replicamos aí para o mercado”, comenta Freitas.
Mesmo assim, segundo ele, o acionista majoritário da empresa ainda está engajado no processo de venda da participação.
Assim, o executivo afirma que a empresa segue no processo de due diligence — isto é, fazendo uma devassa nos números da companhia para uma potencial aquisição.
Além da antiga Odebrecht, a Petrobras também está de olho na venda da sua fatia de participação. Ao menos é o que afirmou Jean Paul Prates, presidente da estatal, em uma conversa com os mesmos investidores árabes em fevereiro deste ano.
Segundo Prates, a Adnoc buscou o executivo para tentar entender como seria um cenário em que ambas as companhias atuassem como sócias na Braskem.
E os problemas da Braskem nos bairros de Maceió?
Um dos principais assuntos quando se fala em Braskem são os desdobramentos do afundamento de três bairros de Maceió (AL). A exploração de minério pela empresa na capital aconteceu de 1976 a 2019 e resultou em uma grave instabilidade no solo da região.
Segundo o mais recente balanço da empresa, a desocupação da área de risco está concluída. O chamado Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação já conseguiu espaço para os moradores de 99,7% dos imóveis.
Além disso, ao final de 2023, o saldo líquido das provisões era de aproximadamente R$ 5,2 bilhões, sendo que no final de março/24 passou a R$ 4,9 bilhões. O montante total de provisões com o evento está estimado em R$ 15,5 bilhões.
- Onde investir em abril:
Paralisação das atividades no Rio Grande do Sul
Por fim, o próprio CEO da Braskem, Roberto Bischoff, falou rapidamente na call de resultados sobre os problemas enfrentados no sul do Brasil.
“Nós concluímos a interrupção da operação de forma segura de todas as plantas. Isso representa cerca de 30% da nossa capacidade de produção”, diz Bischoff.
“Uma parte pode ser realocada em outras localidades que hoje operam em capacidade mais baixa, mas outras não têm substituto imediato”.
Sobre a retomada das atividades, tanto o presidente quanto o diretor financeiro concordam que o problema principal foi fazer o desligamento do maquinário de maneira segura. A volta da operação só deve acontecer após uma análise da logística mais aprofundada.
Principais destaques do balanço:
- Lucro / prejuízo: O prejuízo líquido da Braskem no 1T24 foi de R$ 1,345 bilhão, revertendo o lucro de R$ 184 milhões do 1T23 e registrando queda de 15% em relação ao 4T23, quando a empresa teve prejuízo de US$ 1,575 bilhão.
- Ebitda: O Ebitda Recorrente da empresa no 1T24 foi de R$ 1,140 bilhão, um aumento de 7% em relação ao 1T23, quando a empresa registrou R$ 1,049 bilhão.
- Receita: A Receita Líquida de Vendas da Braskem no 1T24 foi de R$ 17,920 bilhões, uma queda de 8% em relação ao 1T23, quando a empresa registrou R$ 16,691 bilhões.
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
