Eneva (ENEV3) lança oferta primária na B3 e pode captar mais de R$ 4 bilhões com follow-on na bolsa
Considerando apenas o lote inicial, a operação deve movimentar pelo menos R$ 3,2 bilhões — e parte da demanda já está garantida
Pouco mais de dois meses depois de anunciar um follow-on bilionário na bolsa brasileira, a Eneva (ENEV3) lançou na noite da última terça-feira (1) a tão esperada oferta subsequente de ações na B3.
Considerando apenas a distribuição do lote inicial, de no mínimo 228,57 milhões de ações ordinárias (ON), a companhia pode captar pelo menos R$ 3,2 bilhões com a oferta. E essa parte da operação já está garantida.
- Receio com o Ibovespa? BTG destaca níveis elevados de proteção entre os investidores e ações que podem se beneficiar; veja aqui
O follow-on ainda poderá ser aumentado em até aproximadamente 31,25% do total de ações do lote base — ou seja, em até 71,4 milhões de papéis — se houver eventual excesso de demanda.
O preço por ação ainda não foi definido, mas deverá ser superior à marca de R$ 14 por papel. Considerando o exercício total do lote adicional, a transação poderia superar a casa dos R$ 4,2 bilhões em captação.
É importante ressaltar que a oferta de ações é destinada exclusivamente a investidores profissionais, isto é, pessoas físicas ou jurídicas que possuem investimentos financeiros superiores a R$ 10 milhões e tenham validado por escrito essa condição.
A operação será coordenada pelo BTG Pactual, ao lado do Itaú BBA e do Bradesco BBI. A expectativa é que as novas ações lançadas pelo follow-on comecem a ser negociadas na B3 em 14 de outubro.
Leia Também
Para onde vão os recursos captados com a oferta de ações
Inicialmente, a oferta de ações da Eneva (ENEV3) será constituída de distribuição primária — isto é, quando os recursos levantados vão diretamente para o caixa da empresa.
A Eneva pretende utilizar os recursos líquidos que captar para acelerar a implementação do plano de negócios e a estratégia de longo prazo em segmentos de atuação, incluindo a estruturação de projetos greenfield e brownfield em leilões de geração de energia.
A companhia ainda pretende destinar o dinheiro a investimentos em exploração e produção (E&P), acelerando as campanhas nas bacias do Parnaíba e do Amazonas e o desenvolvimento da bacia do Paraná.
Também estão no radar investimentos no mercado de gás não conectado à malha (off-grid), com a oferta de soluções para clientes industriais e para o mercado de transporte rodoviário.
O montante captado ainda será usado para a realização de operações de compra e fusão (M&A), como a aquisição Gera Maranhão e da Linhares Participações.
Por fim, a companhia pretende também otimizar a estrutura de capital, fortalecendo o balanço e reduzindo o patamar de alavancagem.
No segundo trimestre, o indicador mensurado pela relação entre endividamento líquido e Ebitda era de 4,36 vezes nos últimos 12 meses, com uma dívida líquida consolidada de R$ 17,8 bilhões.
- Veja também: O efeito das eleições municipais para quem investe; Guia completo está disponível para leitores do Seu Dinheiro
Demanda garantida no follow-on da Eneva (ENEV3)
Embora o negócio ainda não tenha sido lançado na bolsa, pelo menos parte da demanda pelas ações da Eneva (ENEV3) está garantida.
O Partners Alpha — veículo de investimento mantido por alguns sócios sêniores do Grupo BTG Pactual — se comprometeu a adquirir todo o lote base da oferta de ações ao preço de R$ 14,00.
O compromisso de subscrição do grupo será implementado por meio de duas ofertas: uma prioritária e outra institucional.
Nos termos do acordo, o Partners Alpha vai exercer totalmente o seu direito de prioridade — e também poderá receber os direitos de outros acionistas, total ou parcialmente, cedidos de acordo com os procedimentos operacionais.
Após o exercício dos direitos de prioridade pelo Partners Alpha, a parcela restante do compromisso de subscrição será implementada por meio da alocação na oferta institucional da intenção de investimento apresentada pelo grupo de sócios do BTG.
No entanto, o montante será reduzido para assegurar a alocação dos acionistas que exercerem o Direito de Prioridade e poderá, a critério da Companhia e dos Coordenadores, ser reduzido para assegurar a alocação dos investidores de mercado e de outras Pessoas Vinculadas Não Sujeitas ao Cancelamento de Intenções de Investimento.
O Banco BTG, o Fundo de Investimento em Participações BPAC3 Multiestratégia (FIP BPAC3) e o Eneva Fundo de Investimento Financeiro em Ações Responsabilidade Limitada (Eneva FIA) se comprometeram a ceder totalmente os direitos de prioridade ao Partners Alpha e às suas afiliadas.
Além disso, os coordenadores da oferta se comprometeram com uma “garantia firme de liquidação” para assegurar que todas as ações ofertadas sejam vendidas.
Basicamente, é como se os bancos estivessem "apostando" que todas as ações serão vendidas e, caso isso não aconteça, eles próprios compram as ações restantes, assumindo o risco.
No entanto, essa garantia não se aplica ao lote inicial de ações com o qual o Partners Alpha se comprometeu.
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
