‘Come to Brazil’ virou negócio: produtora 30e vai fazer mais de 300 shows em 2025, competindo com T4F e Live Nation
Com shows ecléticos e turnês de grandes proporções, a 30e fechou uma parceria com um dos maiores espaços de evento do país
Se, alguns anos atrás, os fãs brasileiros precisavam implorar aos artistas que viessem ao Brasil, comentando freneticamente “Come to Brazil” em postagens nas redes sociais, agora, o jogo virou. Tantos artistas estão vindo para o país que é difícil ter orçamento (e energia, convenhamos) para acompanhar tudo.
Parte da responsabilidade por esse frenesi de eventos musicais é a produtora musical 30e, criada por um ex-Faria Limer em pleno período pós-pandêmico, em 2021.
Se ele enxergava um boom da vida social depois da Covid-19 ou se simplesmente decidiu tentar a sorte, não sabemos. Mas fato é que Pepeu Correa não pode ser mais considerado um outsider com sorte de principiante.
Depois de produzir megashows de uma gama bem eclética de artistas – de Evanescence a Roberto Carlos – e algumas das maiores turnês do ano – a Superturnê de Jão e a despedida do Natiruts –, a 30e tem se reafirmado como uma concorrente relevante para a T4F (SHOW3) e para a divisão brasileira da Live Nation.
- E MAIS: Varejista que caiu 20% na bolsa americana pós-resultados trimestrais é aposta de compra para analista brasileiro: chance de ‘destravar valor’
Por outro lado, o Rock in Rio e o Lollapalooza podem ficar tranquilos. A 30e não pretende criar o próprio festival. “O modelo de turnê é super vencedor”, comenta Correa.
Vencedor e caro, há de se admitir. Em uma turnê internacional, o custo é entre R$ 20 e 40 milhões por show.
Leia Também
Mas a conta está fechando para a 30e. O CEO comenta que desde o ano passado, o braço de shows da produtora está “andando sozinho”, com EBITDA positivo.
Correa também revela uma das “regras de ouro”: uma turnê não pode representar mais de 10% do faturamento da empresa. Se este for o caso, a decisão precisa passar pelo comitê administrativo da companhia.

O que faz um artista vir para o Brasil?
Em um cenário de alta do dólar, que bateu os R$ 6 nesta semana, trabalhar com quem quer receber em moeda forte não é um trabalho fácil.
As negociações, que às vezes começam dois anos antes da data do evento, já levam em consideração a oscilação do câmbio e funcionam em um sistema parecido com o setor de construção civil.
No final, o que muda é quanto é a porcentagem repassada para o artista, explica o executivo.
“Isso pode diminuir a vontade do artista de vir pro Brasil”, diz. Vale lembra que o mercado nacional não compete com Estados Unidos ou Europa. Os principais concorrentes são a Ásia e a Oceania, continentes por onde os artistas costumam estender às outras legs (etapas) das turnês.
Memes à parte, o “come to Brazil” e a emoção do público brasileiro fazem a diferença na hora dessa decisão. “A gente vende isso [para os artistas gringos]”, comenta Correa.
Para atender às expectativas dos fãs, que “está procurando cada vez mais uma experiência ao vivo de alto padrão”, a 30e se juntou a um parceiro de peso: o Allianz Parque.
Allianz vs. Morumbi
A estratégia de produtoras de musicais de fecharem exclusividade com venues (o jargão do mercado para os locais dos eventos) ganhou força no Brasil no último ano.
Enquanto a Live Nation fechou com o Morum(bis), a 30e apostou no estádio do Palmeiras para receber os shows de maior público.
Recentemente, a produtora também anunciou investimentos milionários no CineJoia.
Estes investimentos, tanto no estádio quanto na casa de eventos do centro, incluem melhorias na infraestrutura. No Allianz, um novo palco hiper tecnológico, transportado em 17 contêineres de Roterdã ao Brasil, foi entregue em agosto. Para montá-lo, a equipe precisa de apenas sete horas, o que ajuda a conciliar a programação de shows e jogos.
Uma programação bem movimentada já está prevista para o ano que vem: mais de 300 shows estão programados. Entre eles, a turnê de Gilberto Gil e o CarnaUOL com Christina Aguilera.
Caso abra uma brecha na agenda, não faltam pretendentes para ocupar o estádio. “Falo mais não do que sim”, comenta Correa.
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
