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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Jornalista formada pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), em 2025 foi eleita como uma das 50 jornalistas mais admiradas da imprensa de Economia, Negócios e Finanças do Brasil. Já passou pela redação do TradeMap.

DEDO GORDO

Citigroup é multado em mais de R$ 400 milhões — e tudo por causa do potencial erro de digitação de um trader de ações 

Os reguladores do Reino Unido aplicaram uma multa combinada de 62 milhões de libras por falhas nos sistemas de negociação em maio de 2022

Camille Lima
Camille Lima
22 de maio de 2024
15:27 - atualizado às 14:05
Fachada da sede do Citi
Fachada da sede do Citi - Imagem: Shutterstock

É improvável que você nunca tenha cometido um erro de digitação. Talvez alguma letra trocada em uma mensagem ou um e-mail importante com um “segue em anexo” sem o arquivo. Nesses casos, bastaria uma correção assim que notasse o erro, sem muito estresse — mas uma falha de digitação no setor financeiro gerou uma multa de mais de R$ 400 milhões ao Citigroup.

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Os reguladores do Reino Unido aplicaram uma multa combinada de 72,37 milhões de euros (R$ 404,7 milhões) nesta quarta-feira (22) por falhas nos sistemas de negociação do Citigroup Global Markets registradas há dois anos.

A Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês) disse que um erro cometido em 2 de maio de 2022 por um operador gerou uma cesta de ações muito maior do que o desejado.

Segundo a FCA, o trader pretendia vender ações no valor de US$ 58 milhões. Porém, o banqueiro cometeu um erro de digitação ao inserir a transação no sistema de gerenciamento de pedidos e, na realidade, lançou uma cesta gigante de ações de US$ 444 bilhões no mercado.

Os controles do grupo bancário conseguiram bloquear parte da cesta, mas US$ 189 bilhões foram indevidamente enviados para um algoritmo de negociação para venda “durante o resto do dia”. No total, foram vendidas ações no valor de US$ 1,4 bilhão antes que o trader cancelasse a transação, segundo o jornal Quartz.

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Há quem afirme que a negociação foi resultado de um “erro de dedo gordo” — isto é, que alguém acabou pressionando a tecla errada por engano. Em bom português, um simples erro de digitação.

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De qualquer modo, trata-se de uma especulação. Isso porque o porta-voz do Citigroup se recusa a tecer comentários referentes à possível origem do erro.

As multas ao Citigroup

Especulação ou não, a FCA impôs uma sanção financeira de quase 28 milhões de libras, enquanto a Autoridade de Regulação Prudencial do Banco da Inglaterra (PRA) multou a instituição em cerca de 34 milhões de libras.

Os reguladores reduziram as multas em 30% após um acordo com o Citigroup, que se comprometeu a resolver a questão. Sem esse desconto, a multa combinada teria ultrapassado a marca de aproximadamente 103 milhões de libras (R$ 675,86 milhões).

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“Temos o prazer de anunciar a solução deste assunto iniciado há mais de dois anos, que surgiu de um erro individual que foi identificado e corrigido em minutos”, afirmou um porta-voz do Citigroup à CNN.

“Tomamos imediatamente medidas para fortalecer nossos sistemas e controles e continuamos comprometidos em garantir total conformidade regulatória.”

A FCA também destacou que o trader ignorou manualmente um alerta “pop-up”, sem ser obrigado a ler todos os detalhes que ele continha, destacando um monitoramento “ineficaz” em tempo real do banco.

“Não houve nenhum bloqueio rígido que teria rejeitado esta grande cesta errônea de ações em sua totalidade e impedido que alguma delas chegasse ao mercado”, disse a FCA.

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“As empresas envolvidas na negociação devem ter controles eficazes para gerir os riscos envolvidos. O Citigroup não cumpriu os padrões que esperamos nesta área, resultando na multa de hoje”, disse o CEO do regulador PRA, Sam Woods.

Vale lembrar que esta não foi a primeira vez em que o Citigroup comete erros em negociações. Em 2020, o banco transferiu acidentalmente US$ 900 milhões em pagamentos de juros aos credores da empresa de cosméticos Revlon — mais de 100 vezes do montante pretendido.

Alguns credores devolveram o dinheiro, mas outros não — e, após levar a questão aos tribunais, um juiz decidiu em 2021 que o banco não teria permissão para recuperar os US$ 500 milhões restantes.

*Com informações de CNN, The Guardian, Quartz e Barron’s.

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